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Terrorismo

Atirador deixa ao menos 59 mortos em Las Vegas

2 de outubro de 2017

Do alto de hotel, aposentado abre fogo contra plateia de show, mata dezenas e fere mais de 500, no maior massacre com arma de fogo da história recente dos Estados Unidos. Polícia investiga motivação.

Público se protege em meio aos tiros
Público se protege em meio aos tirosFoto: Getty Images/D. Becker

Um homem abriu fogo durante um festival de música country em Las Vegas, nos Estados Unidos, na noite deste domingo (01/10) e deixou ao menos 59 mortos e 527 feridos. 

Os disparos foram feitos do 32º andar do hotel Mandalay Bay contra as 22 mil pessoas que assistiam a um concerto que acontecia em uma área aberta ao lado do prédio.

O atirador foi encontrado morto em um quarto do hotel. A polícia suspeita que ele tenha se suicidado. Ele foi identificado como o contador aposentado Stephen Paddock, um homem branco de 64 anos, sem antecedentes criminais e morador de Nevada. No quarto, policiais encontraram 17 armas, entre elas fuzis de assalto.

Leia também: Quem é o autor do massacre em Las Vegas?

O "Estado Islâmico" reivindicou o ataque e disse que Paddock era um de seus "soldados", tendo se convertido ao islã há alguns meses. Aaron Rouse, agente especial do FBI em Las Vegas, afirmou, no entanto, que "não foi determinada qualquer ligação com um grupo terrorista internacional".

Correria durante o concertoFoto: Getty Images/D. Becker

"Que diabos ele estava fazendo com armas automáticas? Ele não tinha histórico militar nem nada do tipo", disse o irmão do atirador. "Ele era um cara que vivia numa casa na cidade de Mesquite, dirigia até Vegas, apostava e comia burritos." 

O ataque está sendo considerado a maior chacina por arma de fogo da história dos Estados Unidos, ultrapassando a marca anterior, que pertencia ao massacre de Orlando, de junho de 2016, que deixou 49 mortos.

Leia também: Sobreviventes descrevem o pânico em Las Vegas

O xerife do condado em que fica Las Vegas, Joseph Lombardo, disse que "inúmeras armas de fogo foram encontradas no quarto que o atirador ocupava". Paddock teria agido sozinho e foi descrito pela polícia como um "lobo solitário", sem ligação com grupos terroristas. "Não sabemos qual era o seu sistema de crenças", disse o xerife.

Entre os mortos estão dois policiais que não estavam em serviço, além de dois canadenses, segundo a imprensa do país. O hospital local de Las Vegas informou que, entre os feridos, 14 estão em estado crítico. 

Ferido é carregado em meio aos tirosFoto: Getty Images/E. Miller

A polícia chegou a anunciar que estava fazendo buscas por uma mulher identificada como Marilou Danley, que estaria com o atirador no momento do ataque. Pouco depois, no entanto, os policiais afirmaram que ela não tinha qualquer relação com o episódio. 

O festival Route 91 Harvest era realizado na Las Vegas Strip, uma das famosas avenidas da cidade repleta de hotéis e cassinos, nas proximidades do hotel Mandalay Bay. 

Uma parte da Las Vegas Strip foi fechada ao público e todos os voos foram temporariamente interrompidos no aeroporto McCarran International.

Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Donald Trump, classificou a chacina como "um ato de pura maldade" e enviou condolências às famílias das vítimas. Ele pediu que o país se mantenha unido e anunciou que viajará a Las Vegas.

Mais tarde, a Casa Branca afirmou que ainda é cedo para debater sobre o controle de armas, um assunto não mencionado por Trump em seu pronunciamento sobre o massacre. "Hoje é um dia para consolar os sobreviventes e lamentar as mortes", afirmou a porta-voz do governo, Sarah Sanders. "Seria prematuro discutirmos política quando ainda não sabemos completamente todos os fatos."

RC/ap/dpa/afp/rtr

O massacre em Las Vegas

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