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Nobel da Paz

8 de outubro de 2010

Comitê em Oslo escolhe Liu Xiaobo, defensor da liberdade de expressão e de eleições livres na China, para o Prêmio Nobel da Paz.

Liu XiaoboFoto: AP

O ativista chinês e defensor da democracia na China Liu Xiaobo, de 54 anos, receberá o Prêmio Nobel da Paz de 2010. O comitê norueguês do Prêmio Nobel justificou a escolha, anunciada nesta sexta-feira (9/10), pela sua "ampla e pacífica luta pelos direitos humanos na China".

Com a distinção, o comitê destaca a situação dos direitos humanos na China, num momento em que Pequim busca um papel de maior relevância no cenário internacional. O nome do dissidente era fortemente cotado para o prêmio, o que provocou duras críticas do governo em Pequim.

Figura importante do movimento pró-democracia, tendo participado dos movimentos estudantis na Praça da Paz Celestial, em 1989, o professor de literatura Liu foi condenado em 25 de dezembro de 2009 a 11 anos de prisão por "subversão". As autoridades chinesas acusam o dissidente de ter sido um dos 300 signatários de um manifesto em prol de uma China democrática, com liberdade de expressão e eleições livres.

Após os protestos na Praça da Paz Celestial em 1989, Liu ficou detido durante 20 meses e depois passou três anos em um campo de trabalho de "reeducação".

O vice-ministro de Relações Exteriores da China, Fu Ying, havia anteriormente advertido para a responsabilidade do Instituto Nobel, dizendo que a concessão do prêmio prejudicaria as relações entre China e Noruega, países que estão negociando um acordo de comércio bilateral. Pequim também criticou Oslo energicamente após a distinção do líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, com o Nobel da Paz em 1989.

O prêmio é tradicionalmente entregue em Oslo no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte do seu criador, o industrial sueco Alfred Nobel.

RW/lusa/rtd
Revisão: Soraia Vilela

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