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Ativista chinês Xu Zhiyong deixa prisão após quatro anos

15 de julho de 2017

Acusado de "reunião ilegal e perturbação da ordem pública", um dos ativistas mais conhecidos da China é libertado depois de cumprir pena. Sua saída acontece poucos dias depois da morte do Nobel da Paz Liu Xiaobo.

China Bürgerrechtler Xu Zhiyong aus Haft entlassen
Xu cumpriu pena por "reunião ilegal e perturbação da ordem pública"Foto: picture-alliance/dpa/Z. Qingfang

O ativista político chinês Xu Zhiyong, cofundador do movimento civil Novo Cidadão, que pedia mais transparência ao governo em Pequim, deixou a prisão neste sábado (15/07) depois de cumprir uma pena de quatro anos por "reunião ilegal e perturbação da ordem pública".

Além de Xu Zhiyong, foram presos na época dezenas de outros membros do movimento Novo Cidadão. Neste sábado, ele deixou a prisão ao lado de seu advogado, que informou que seu cliente está em boas condições físicas. Ele disse ainda esperar que o ativista possa viver como um homem livre, em vez de prisão domiciliar.

"Não me convém falar", respondeu o ativista ao chegar em casa, quando foi indagado sobre se estava sendo vigiado – uma prática comum para ativistas no Império do Meio, mesmo depois de já terem sido condenados e terem cumprido a pena. A frase é comum na China para as pessoas que estão submetidas à vigilância ou que receberam advertências do governo para não falarem publicamente.

China censura Liu Xiaobo até após a morte

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Xu, de 44 anos, é considerado moderado e um dos ativistas de direitos humanos mais conhecidos da China. Ele foi detido em julho de 2013 e condenado em janeiro de 2014.

Ele tentava principalmente mobilizar o apoio público para a luta contra a corrupção. Entre outras reivindicações, ele exigia mais transparência sobre a fortuna de altos funcionários públicos.

A página chinachange.org, gerida nos Estados Unidos e especializada em casos de direitos humanos, publicou neste sábado que vários amigos que tentaram visitar o ativista em casa foram impedidos de fazê-lo por agentes de segurança vestidos à paisana.

A saída de Xu Zhiyong acontece poucos dias depois da morte do intelectual e Nobel da Paz Liu Xiaobo, que renovou as preocupações sobre a crescente repressão do regime chinês contra os dissidentes.

As autoridades chinesas garantiram neste sábado que Liu Xia, a viúva do Nobel da Paz Liu Xiaobo, "está livre", mas os amigos mais próximos denunciariam que não podem contatá-la e que ela está sob a vigilância do regime.

CA/lusa/afp/rtr

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