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Ativista joga torta no rosto de líder esquerdista alemã

28 de maio de 2016

Sahra Wagenknecht é atingida por torta de chocolate em congresso de A Esquerda. Ativistas "antifascismo" a comparam com política da AfD devido a declaração sobre refugiados.

Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt

Um ativista infiltrado no congresso nacional do partido A Esquerda jogou neste sábado (28/05) uma torta de chocolate no rosto da deputada alemã Sahra Wagenknecht, uma das líderes da principal força opositora no Bundestag (Parlamento alemão).

Wagenknecht, líder da bancada esquerdista, ficou com o rosto completamente coberto de creme. Ela foi socorrida pelo vice-líder da bancada parlamentar dos esquerdistas, Dietmar Bartsch, e pela copresidente do partido Katja Kipping.

O ataque inusitado ocorreu durante o discurso inaugural do congresso, realizado na cidade de Magdeburg, no leste alemão, e foi reivindicado por uma autodenominada iniciativa antifascista.

O grupo distribuiu panfletos com a expressão "Tortas para misantropos", nos quais reprova declarações de Wagenknecht sobre refugiados e a compara a Beatrix von Storch, uma polêmica política do partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD) que sofreu um ataque similar durante uma reunião de seu partido em fevereiro.

Após o ataque, Kipping e Bartsch cobriram Wagenknecht com uma blusaFoto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt

Wagenknecht foi criticada por membros do próprio partido por ter afirmado que a Alemanha não pode receber todos os refugiados. "Claro que existe um limite. A Alemanha não tem como comportar mais 1 milhão de refugiados", afirmou, no início do ano, gerando críticas da bancada de A Esquerda e da liderança do partido. Em 2015, a Alemanha acolheu mais de 1 milhão de solicitantes de refúgio.

Um porta-voz de A Esquerda disse que o partido apresentou queixa contra uma mulher e um homem que aparentemente se inscreveram para o congresso como jornalistas. "Este não foi só um ataque a Sahra, foi um ataque a todos nós", lamentou o vice-presidente do partido, Bernd Riexinger, que condenou o ocorrido e apontou o compromisso de Wagenknecht "contra a discriminação e o racismo".

Wagenknecht disse que o pior não foi a torta no rosto, mas ser comparada com Von Storch. Ela disse que se tratou de uma ação de "analfabetos políticos".

FC/dpa/efe/rtr/ard

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