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Aumenta número de "blue cards" emitidos na Alemanha

10 de janeiro de 2018

Alemanha é país da UE que mais concede a versão europeia do "green card" americano. Popularidade do "cartão azul", que facilita a permanência de trabalhadores altamente qualificados no país, cresceu nos últimos anos.

Blue card
Para obter o "blue card" na Alemanha, é necessário ter uma oferta de emprego ou trabalho com um salário bruto mínimo

O chamado blue card, ou cartão azul, está ficando mais popular na Alemanha, segundo dados do Departamento Nacional para Refugiados e Imigração (Bamf, na sigla em alemão).

Comparável ao visto de trabalho green card dos Estados Unidos, o EU Blue Card (nome oficial do visto) permite que estrangeiros que não possuem passaporte de um país europeu trabalhem nos países do bloco. Ele é emitido por 25 dos 28 países-membros da União Europeia (UE). 

Na Alemanha, a norma europeia passou a valer em agosto de 2012, com a Lei de Aplicação da Diretriz de Alta Qualificação da UE. Ela define a que condições um candidato ao blue card precisa atender: é necessário apresentar tanto um diploma universitário reconhecido na Alemanha quanto a comprovação de uma oferta de emprego ou trabalho com um salário bruto de pelo menos 50.800 euros.

Nas profissões conhecidas como escassas, porém, basta um salário bruto de 39.624 euros. Fazem parte dessa categoria profissionais formados em matemática, informática, ciências naturais e carreiras técnicas, assim como em medicina.

Os dados mais atuais do Bamf mostram que, no primeiro semestre de 2017, 11.034 pessoas conseguiram um emprego com ajuda do blue card na Alemanha. Nos 12 meses anteriores, 17.362 pessoas obtiveram o visto. A projeção para o ano inteiro, portanto, é de um aumento de mais de 25%.

Em 2013, um ano após a introdução do blue card, 11.290 cidadãos de países não europeus obtiveram uma dessas permissões de trabalho na Alemanha. Em 2014, foram 11.848 pessoas, e em 2015, 14.468.

Atração de profissionais qualificados

Em 2016, o Bamf realizou um levantamento em que o blue card foi bem avaliado. "O estudo mostra que a Alemanha oferece possibilidades de imigração atrativas para profissionais altamente qualificados e que os profissionais – especialmente aqueles mais escassos e portanto procurados – aproveitam essas oportunidades", disse então diretor do órgão alemão, Frank-Jürgen Weise.

Na época do estudo, o Bamf avaliou as respostas de 4.340 detentores do blue card. Desses profissionais, 89% trabalhavam em ramos de grande demanda na Alemanha, como engenharia, ciências naturais, informática e medicina. Quase um terço dos entrevistados havia indicado querer ficar permanentemente na Alemanha; 39% projetavam ficar pelo menos dez anos; e 22%, entre cinco e dez anos.

Segundo o jornal Rheinische Post, a maior parte dos detentores de um visto blue card na Alemanha são indianos, o equivalente a 22,8%. Depois, vêm os chineses, russos, ucranianos e sírios, nesta ordem.

Em comparação com os outros países-membros da UE, a Alemanha é a nação que mais emite esse tipo de visto de trabalho. Em 2016, 95% de todos os blue cards concedidos no bloco foram emitidos no país. 

RK/dw/dpa

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