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Aumenta número de imigrantes envolvidos com clãs na Alemanha

26 de novembro de 2019

Polícia observa surgimento de novos grupos, que começam a disputar espaço com antigas famílias do crime organizado. Imigrantes suspeitos seriam provenientes principalmente da Síria e do Iraque.

Carros da polícia parados em Mannheim
Operação da polícia contra um clã em MannheimFoto: picture picture-alliance/dpa/Bildfunk/PR-Video/R. Priebe

O número de "imigrantes suspeitos" em investigações sobre clãs criminosos na Alemanha está em ascensão, segundo o Departamento Federal da Polícia Criminal alemã (BKA).  De acordo com o presidente do órgão, Holger Münch, em um terço dos inquéritos contra clãs árabes criminosos imigrantes aparecem como suspeitos.

"Isso significa que devemos nos manter muito atentos ao fenômeno", afirmou Münch em uma reportagem exibida pela emissora de televisão alemã ARD nesta segunda-feira (25/11). De acordo com a reportagem, os imigrantes em questão seriam principalmente cidadãos da Síria e do Iraque que chegaram à Alemanha nos últimos anos.

Diante dos novos desenvolvimentos, investigadores não descartam que conflitos entre clãs de longa data e novos possam resultar em confrontos graves no futuro, pois alguns dos imigrantes chegados recentemente possuem "experiência de combate". "Essa é uma qualidade bem diferente do que temos no momento", afirmou o chefe da polícia de Essen, Frank Richter.

Richter contou que foi observado que os imigrantes têm concorrido com clãs árabes e libaneses e os colocado sob pressão. Embora iraquianos tenham trabalhado durante um tempo para clãs antigos no tráfico de drogas, novos grupos que tentam assumir esse negócio estão sendo agora observados, afirma.

Segundo o secretário do Interior de Berlim, Andreas Geisel, cerca de 20 famílias fazem parte desse meio na capital alemã e até oito delas são intensamente ativas no crime organizado. Ao todo, milhares de pessoas fariam parte desses grupos. A polícia local já realizou neste ano 300 operações contra esses clãs.

Somente no estado da Renânia do Norte-Vestfália, 720 operações foram realizadas contra clãs neste ano, segundo o jornal Rheinische Post. Desde julho de 2018, foram realizadas 860 buscas. Os investigadores observaram mais de 26,1 mil pessoas nesse período, e foram registrados mais de 10 mil delitos e 350 suspeitos detidos.

No último final de semana, Ibrahim Miri, líder de um clã libanês, foi deportado para seu país de origem, depois de ter entrado ilegalmente na Alemanha. Entre 1989 e 2014, Miri foi condenado 19 vezes na Alemanha, por roubo, tráfico de drogas, entre outros crimes. Em março, ele  foi solto e deportado para o Líbano. No fim de outubro, ele reapareceu em Bremen, onde entrou com um pedido de refúgio.

CN/dw/dpa/afp

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