Nos seis primeiros meses de 2014, imigração cresce 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Maioria dos 677 mil estrangeiros que chegaram ao país vem da Romênia, da Polônia e da Bulgária.
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O número de imigrantes registrados na Alemanha aumentou significativamente no ano passado, divulgou o Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis) nesta quinta-feira (19/02). Na primeira metade de 2014, 667 mil pessoas emigraram para o país, 112 mil ou 20% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Ao mesmo tempo, 427 mil pessoas deixaram Alemanha nos primeiros seis meses de 2014, 22% a mais do que em 2013. Ou seja, mais pessoas entraram do que saíram do país, mais precisamente 240 mil a mais.
O relatório publicado pelo Destatis aponta que a maioria dos imigrantes veio da Romênia (98 mil), Polônia (96 mil) e Bulgária (38 mil). Da Croácia, membro da União Europeia (UE) desde 2013, vieram outras 21 mil pessoas, 202% a mais do que no ano anterior.
O Destatis afirma que o grande aumento no número de imigrantes provenientes da Romênia e da Bulgária se explica pela liberdade total de movimento na UE, concedida aos trabalhadores do país no início de 2014.
A chegada de imigrantes da África também aumentou 51%, e da Ásia, 37%. A guerra civil na Síria resultou num aumento de 242% no fluxo de imigrantes do país, com 22 mil sírios chegando à Alemanha.
Aumento das deportações
Também nesta quinta-feira, o jornal alemão Neue Osnabrücker noticiou que, no ano passado, a Alemanha realizou o maior número de deportações dos últimos oito anos, com um total de 10.884 deportados.
Em 2014, o país também recebeu o maior fluxo de refugiados desde o início dos anos 1990. No total, mais de 202 mil pessoas pediram asilo no país, cerca de 60% a mais do que no ano anterior. O Departamento Federal de Migração e Refugiados estima que o número aumente em cerca de 50% em 2015, com 300 mil requerentes de asilo.
Dez motivos para amar a Alemanha
A Alemanha é um dos destinos turísticos mais procurados da Europa. E o país é cada vez mais popular. Cerveja, futebol e belas florestas e castelos podem ser a explicação.
Foto: picture-alliance
Cerveja, cerveja, cerveja
Existe o clichê de que ninguém bebe mais cerveja do que os alemães. O que não é verdade, pois, em média, os vizinhos austríacos e tchecos consomem muito mais. Mas quando se trata da qualidade da cerveja, as cervejarias alemãs são imbatíveis e têm sido assim por cerca de 500 anos, graças à Lei da Pureza alemã.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe
Berlim é sexy
A capital alemã recebeu 11 milhões de visitantes somente em 2013, e o número de turistas não para de crescer. A maioria deles são jovens em busca de agito. Eles podem ter como objetivo levar um pouco da alegria de viver berlinense para casa, vivenciar a história ao passar por monumentos, andar de skate numa pista de um aeroporto desativado ou apenas relaxar num bar descolado.
Foto: Svea Pöstges
Além do chucrute
Os alemães adoram suas especialidades regionais, de "Eisbein" (joelho de porco) com chucrute ou couve com salsicha, conhecido como "Pinkel". Eles apreciam sua comida substanciosa, mas também gostam de provar novos sabores. As grandes cidades alemãs são repletas de opções gastronômicas. Até mesmo os veganos têm vez, e ganharam o primeiro supermercado dedicado a eles do país em Berlim.
Foto: Jörg Beuge - Fotolia.com
Florestas míticas
Os alemães têm uma relação muito especial com suas florestas, o que é compreensível, já que um terço do país é coberto por elas. A Alemanha é campeã em florestas na Europa. Um passeio pela mata permite relaxar, observar a troca das estações e renovar as energias.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Paixão por futebol
Quem acha que os alemães são pouco emotivos nunca passou um domingo à tarde num estádio de futebol ou bar com telão do país. Quase nenhuma outra situação une alegria e sofrimento como um jogo da Bundesliga. Os melhores momentos são aqueles como a recente final da Copa do Mundo no Brasil, quando o país inteiro ficou em festa.
Foto: picture-alliance/AP
De Beethoven a techno
Pátria de Bach e Beethoven, a Alemanha costuma ser associada à música clássica. Mas o país também é terra da música techno, que alcançou o auge de sua popularidade nos anos 1990, sobretudo em Berlim. A música eletrônica alemã é conhecida mundo afora. E quem ainda gosta dessas batidas tem diversão garantida em clubes berlinenses como Berghain e Watergate.
Foto: picture-alliance/dpa
Castelos e palácios
Há milhares de castelos e palácios na Alemanha, mas o Neuschwanstein, na Baviera, é o mais conhecido. Até mesmo Walt Disney se deixou inspirar e decidiu usar a silhueta do castelo como logotipo de sua produtora. Cerca de 1,4 milhão de turistas visitam o Neuschwanstein a cada ano para ver seus esplêndidos aposentos, incluindo o famoso Salão dos Cantores.
Foto: DW/M. Roddewig
Autobahn
Quem nunca sonhou em dirigir em alta velocidade e deixar todo mundo para trás? Isso é possível numa "Autobahn" (autoestrada) da Alemanha. Mas muitos trechos, que limitam a velocidade a 120 quilômetros por hora, e tráfego intenso impedem que se dirija com rapidez continuamente.
Foto: picture alliance/zb
"Gemütlichkeit" alemã
Trata-se de um termo do idioma alemão como "Zeitgeist" ou "Wanderlust": único e, portanto, quase impossível de se traduzir. "Gemütlichkeit" descreve um estado de espírito alegre e confortável ao mesmo tempo. E os alemães podem se sentir assim, em casa, seguros no aqui e agora, tanto em meio a centenas de pessoas num "Biergarten" quanto sozinhos no topo de uma montanha.
Foto: picture-alliance/dpa
Mercados de Natal
Hoje em dia, os mercados de Natal no estilo alemão são encontrados em todo o mundo. Mesmo que muitos reclamem dos dias escuros e das baixas temperaturas no período do Advento, o "Glühwein" (vinho quente) vendido nos mercadinhos é delicioso. E todas as tradições que envolvem luzes e velas, como a pirâmide natalina, esquentam os corações e os lares alemães.