Austrália exige reforço de segurança para Rio 2016
21 de junho de 2016
Após atleta australiana ser assaltada na cidade, país envia carta com exigências ao prefeito Eduardo Paes e diz que estuda levar segurança privada para os Jogos e impôr toque de recolher a seus esportistas.
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Após uma atleta paralímpica da Austrália ter sido assaltada no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Australiano exigiu nesta terça-feira (21/06) que a cidade reforce imediatamente a segurança antes que algo mais grave aconteça.
"Exigimos que o número das forças de segurança seja revisto e que elas sejam destacadas antecipadamente, especialmente perto das instalações de treinos e competições", disse a chefe de missão da equipe olímpica australiana, Kitty Chiller.
Os pedidos foram enviados em uma carta para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e para o comitê organizador da Rio 2016.
A velejadora paralímpica australiana Liesl Tesch e a fisioterapeuta Sarah Ross foram assaltadas no domingo no Aterro do Flamengo, uma zona turística do Rio e local de treinamento de vários atletas. As duas foram abordadas por dois homens armados, que levaram suas bicicletas.
Em entrevista a uma emissora de televisão australiana, Tesch disse que o assaltante apontou a arma em sua direção e a empurrou. A atleta chegou a cair no chão. "Foi absolutamente horrível. Nós estamos abaladas, mas fisicamente bem", relatou.
"Não foi um incidente isolado. Chegou o momento de tomar medidas para garantir a segurança a todos os membros de nossas equipes que forem ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos", ressaltou Chiller.
Além de Tesch, o velejador espanhol Fernando Echavarri foi assaltado na cidade por homens armados no mês passado e, no início de junho, a atleta de tiro brasileira Anna Paula Desborusses foi baleada na cabeça ao tentar fugir de um assalto.
Medidas extras
Após o incidente, o Comitê Olímpico Australiano decidiu ainda contratar empresas de segurança privadas e está cogitando ampliar a proibição imposta a atletas de visitar favelas para outras áreas da cidade e impor um toque de recolher.
Chiller disse que os atletas foram orientados sobre como agir em casos de assalto. Entre as recomendações, está entregar os pertences e não reagir.
"Se estamos levando 750 pessoas no nosso time, queremos que as 750 pessoas voltem a salvo e em segurança", reforçou Chiller.
Os organizadores dos Jogos Olímpico no Rio de Janeiro planejaram 85 mil policiais para patrulhar a cidade, o dobro do número usado em Londres no evento de 2012.
CN/rtr/ap/afp
Dez esperanças de medalha para o Brasil
Meta do COB é conquistar no mínimo 27 medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. Entre multicampeões, potências mundiais e promessas, confira quais são as modalidades que podem levar o Brasil para o pódio no Rio.
Foto: Getty Images
Robert Scheidt - vela
Em busca de seu sexto pódio em Jogos Olímpicos, o maior medalhista brasileiro (junto com o também velejador Torben Grael), Robert Scheidt voltou à classe Laser, pela qual é eneacampeão mundial. Na vela, destaque também para a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais na classe 49er FX e eleitas as melhores velejadoras do mundo em 2014, além de Ricardo Winicki, na classe RS-X.
Foto: Imago
Sarah Menezes - judô
Desde Los Angeles 1984, o judô brasileiro conquistou medalhas em todas as edições dos Jogos Olímpicos. A atual campeã olímpica Sarah Menezes é forte candidata a repetir a dose no Rio de Janeiro. Rafael Silva, o Baby, as campeãs mundiais Mayra Aguiar e Rafaela Silva, além do veterano Tiago Camilo, também estão bem colocados nos rankings de suas respectivas categorias.
Foto: Getty Images/B. Mendes
Arthur Zanetti - ginástica
Único campeão olímpico latino-americano na história da ginástica olímpica, Arthur Zanetti vem dominando as provas nas argolas, onde conquistou um ouro e uma prata nos dois últimos mundiais. Ao lado de Diego Hypólito e Sérgio Sasaki, primeiro brasileiro a ser finalista no individual geral nos Jogos Olímpicos, em Londres 2012, Zanetti quer levar o Brasil ao inédito pódio na competição por equipes.
Foto: Reuters
Fabiana Murer - atletismo
Em 2008, equipamento roubado; em 2012, a culpa foi do vento. Após duas decepcionantes participações, Fabiana Murer quer se redimir com uma medalha no Rio de Janeiro. A missão da campeã mundial do salto com vara de 2011, porém, é complicada: a cubana Yarisley Silva, melhor marca do ano, a americana Jennifer Suhr e a russa Yelena Isinbayeva, dona do recorde mundial, são as principais concorrentes.
Foto: Imago
Bruno Fratus - natação
A cena de Bruno Fratus (dir.) cumprimentando César Cielo, em Londres 2012, não irá se repetir nos Jogos do Rio. Com a ausência de Cielo, Fratus se tornou a principal esperança de medalhas. Bronze no Mundial de 2015, ele detém o segundo melhor tempo nos 50m livres em 2016. Outros bons nomes são Felipe França, Nicholas Santos, além de Thiago Pereira, maior medalhista pan-americano da história.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Walton
Duda Amorim - handebol
A seleção feminina de handebol conquistou o inédito título mundial em 2013, na Sérvia. Treinada pelo dinamarquês Morten Soubak, a equipe espera superar a campanha de Londres (6º lugar) e se recuperar do fraco Mundial de 2015, quando caiu nas oitavas de final. O time conta com Alexandra Nascimento e Duda Amorim (foto), eleitas as melhores jogadoras do mundo em 2012 e 2014, respectivamente.
Foto: Imago
Isaquias Queiroz - canoagem
Atual bicampeão mundial da prova não olímpica do C1 500m e medalhistas nos últimos dois mundiais nas provas C1 1.000m, C1 200m e C2 200m, Isaquias Queiroz quer conquistar a primeira medalha olímpica para a canoagem brasileira. Atenção também para a mineira Ana Sátila, que esteve em Londres com apenas 16 anos e foi campeã mundial júnior de slalom em 2014.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch
Yane Marques - atletismo
Grande surpresa em Londres 2012, quando conquistou a inédita medalha de bronze no pentatlo moderno, Yane Marques manteve a sequência de bons resultados, conquistando uma prata e um bronze em dois mundiais da modalidade. Além disso, ela já conseguiu derrotar as últimas duas campeãs olímpicas: Laura Asadauskaite, da Lituânia, e Lena Schöneborn, da Alemanha.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Schmidt
Ágatha e Bárbara Seixas - vôlei
Nenhuma modalidade deu tantas medalhas olímpicas ao esporte brasileiro como o vôlei: 20, sendo seis de ouro. O Brasil é potência mundial na quadra e na areia, tanto no masculino como no feminino. Destaque para as duplas femininas do vôlei de praia, que ocuparam todas as três posições do pódio na Holanda, coroando Ágatha e Bárbara Seixas como campeãs mundiais de 2015.
Foto: Getty Images/G. Arroyo Moreno
Neymar - futebol
Pentacampeão mundial, fábrica de craques e maior exportador de jogadores do mundo. Em Jogos Olímpicos, no entanto, o futebol brasileiro tem um retrospecto decepcionante: três pratas, em 1984, 1988 e 2012. Para quebrar o jejum, o craque Neymar está pedindo dispensa do Barcelona para aproveitar a segunda chance em dois anos de ser campeão no Maracanã e levar o Brasil ao ouro inédito.