Austrália reabre fronteiras para viajantes vacinados
21 de fevereiro de 2022
País ficou quase dois anos sem receber turistas internacionais devido à pandemia de covid-19, tendo adotado uma das restrições de viagem mais rígidas do mundo.
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Viajantes internacionais retornaram à Austrália nesta segunda-feira (21/02) com a abertura das fronteiras para turistas vacinados, após o país impor, durante quase dois anos, algumas das restrições de viagem mais rígidas do mundo para combate à covid-19.
Nos dois principais aeroportos internacionais australianos, em Sydney e Melbourne, familiares e amigos corriam dos portões de desembarque para encontrar seus entes queridos após vários meses separados.
Bernie Edmonds estava emocionado ao abraçar sua neta de oito anos, Charlotte, que acabara de desembarcar em Sydney. "É ótimo tê-la de volta. Ela terá que ir embora de novo, mas nós a traremos de volta", afirmou o avô, em entrevista à agência de notícias AFP.
Já Jody Tuchin se disse muito animada ao buscar sua melhor amiga, que não via desde 2018. "Ela voltou a tempo do meu casamento, daqui a quatro dias", contou.
Em lágrimas, a britânica Sue Witton abraçou seu filho Simon, quando ele foi buscá-la no aeroporto de Melbourne. "Foram 724 dias separados, ele é meu único filho, e eu estou sozinha, então isso significa o mundo para mim", disse a repórteres.
Em março de 2020, a Austrália fechou suas fronteiras para quase todos, exceto cidadãos e residentes permanentes, a fim de conter o aumento de casos de covid-19.
A restrição de viagem rendeu ao país o apelido de "Fortaleza Austrália": além do limite estrito às chegadas internacionais, os próprios cidadãos ficaram proibidos de deixar o país sem uma justificativa válida.
Recuperação longa e lenta do setor
Nesta segunda-feira, um voo da companhia aérea Qantas partindo de Los Angeles foi o primeiro a pousar em Sydney, às 6h20 (16h20 do domingo em Brasília), seguido por chegadas de Tóquio, Vancouver e Cingapura.
"É justo dizer que todos esperamos muito tempo para receber os visitantes de volta à Austrália", comentou o presidente executivo da Qantas, Alan Joyce. A companhia aérea australiana espera transportar mais de 14 mil passageiros para a Austrália nesta semana.
Muitos acreditam ser esse o início de uma longa e lenta recuperação para o setor de turismo, devastado pela pandemia. "Acho que veremos uma recuperação muito, muito forte", disse o ministro do Turismo, Dan Tehan, que recebeu os primeiros viajantes do voo da Qantas no aeroporto de Sydney, vestindo uma camiseta com os dizeres: "Bem-vindos de volta".
O governo australiano lançou uma campanha de publicidade no valor de 40 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 148 milhões) visando atrair os turistas de volta. Contudo, apenas 56 voos internacionais estão programados para aterrissar no país nas 24 horas após a reabertura das fronteiras, muito menos do que os níveis pré-pandemia. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, afirmou "não ter dúvidas" de que o número de viajantes irá aumentar com o tempo.
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Para não fazer como Djokovic
A reabertura de fronteiras abrange apenas os visitantes com esquema vacinal completo. Segundo a ministra do Interior, Karen Andrews, o status de vacinação de cada passageiro será checado antes de sua chegada ao país, a fim de evitar polêmicas como a do tenista sérvio Novak Djokovic.
O atleta recebeu um visto por meio de um processo automatizado antes de deixar a Espanha para disputar o Aberto da Austrália em janeiro, mas foi impedido de competir e deportado após chegar a Melbourne porque não estava vacinado contra a covid-19.
Diferentemente do resto do território, o estado da Austrália Ocidental, que abrange um terço do país, não reabrirá suas fronteiras nesta segunda-feira. A medida foi postergada até 3 de março.
Até recentemente, o estado seguiu uma política de zero covid, isolando-se do resto do país. A decisão resultou em que fosse mais fácil para os australianos viajar a Paris do que a Perth e acabou levando a ações judiciais, mas se mostrou muito popular entre os residentes do estado.
ek/av (AFP, AP)
As melhores cidades do mundo para se viver
Em 2019, Viena mantém a liderança entre 140 cidades avaliadas por consultoria britânica. Canadá e Austrália dominam o top 10. Critérios foram estabilidade, saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura.
Foto: Bob Berwyn
1. Viena, Áustria
Com 99,1 de um total de 100 pontos possíveis, Viena é a cidade mais habitável do mundo pelo 2º ano consecutivo no ranking da Economist Intelligence Unit (EIU), que pertence ao mesmo grupo da revista "The Economist". Neste ano, a capital austríaca já havia sido apontada como a cidade com a melhor qualidade de vida pela empresa de consultoria Mercer, um título que defendeu todos os anos desde 2009.
Foto: Bob Berwyn
2. Melbourne, Austrália
Antes de ser desbancada do primeiro lugar por Viena em 2018, Melbourne liderou a lista "Global Liveability Index" por sete anos consecutivos. Com 98,4 pontos em 2019, ficou outra vez em segundo lugar, apesar de ter recebido 100 pontos nos quesitos saúde, educação e infraestrutura. Graças à sua próspera cena artística, Melbourne é considerada por muitos a capital cultural da Austrália.
Foto: Fotolia/peshkov
3. Sydney, Austrália
De acordo com o estudo, Sydney subiu do quinto para o terceiro lugar neste ano devido aos constantes esforços para enfrentar os impactos da mudança climática, melhorando a pontuação em relação aos aspectos ambiental e cultural. Mas a cidade mais populosa da Austrália ainda permanece um ponto atrás de sua rival, Melbourne.
Foto: picture alliance/dpa/robertharding
4. Osaka, Japão
Osaka caiu do terceiro para o quarto lugar na lista deste ano. A cidade entrou para o ranking das dez cidades mais habitáveis em 2018, após uma redução nas taxas de criminalidade e uma melhoria geral na qualidade do transporte. A cidade portuária é um forte centro econômico do Japão e tem a segunda maior área metropolitana depois de Tóquio.
Foto: Getty Images/UIG/Dukas
5. Calgary, Canadá
Embora tenha caído da quarta para a quinta posição na pesquisa deste ano, Calgary continua sendo a cidade mais habitável da América do Norte, superando as rivais canadenses Vancouver e Toronto. Com 1,3 milhão de habitantes, Calgary é reconhecida por sua alta qualidade de vida.
Foto: picture-alliance/blickwinkel/M. Lohmann
6. Vancouver, Canadá
Vancouver foi a primeira do ranking de 2002 a 2010 e novamente em 2015. Apesar de cair alguns pontos, a cidade mais populosa da Columbia Britânica somou 97,3 pontos, com pontuações perfeitas em saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura.
Foto: Don Emmert/AFP/Getty Images
7. Toronto, Canadá
Toronto completa as cidades da América do Norte na lista das dez melhores para se viver no mundo, com uma pontuação geral de 97,2 em termos de habitabilidade. A metrópole mais populosa do Canadá também foi nomeada a cidade contemporânea mais multicultural do mundo. Metade (51%) de seus moradores vem de fora do Canadá. Na cidade moram pessoas de 230 nacionalidades.
Foto: picture alliance/All Canada Photos
8. Tóquio, Japão
Tóquio passou por uma grande transformação por causa dos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2020. Isso fez a cidade somar 97,2 pontos no estudo da Economist Intelligence Unit. A capital japonesa também é conhecida por ser uma das cidades mais seguras do mundo. Ela é popular entre os turistas que procuram tanto o ultramoderno como o tradicional.
Foto: Getty Images/AFP/K. Nogi
9. Copenhague, Dinamarca
Depois de Viena, Copenhague é a segunda cidade europeia na lista das dez mais habitáveis do planeta. Apesar do custo de vida relativamente alto, a capital da Dinamarca oferece uma excelente infraestrutura e uma ótima assistência à saúde. Um de seus fortes é o incentivo ao ciclismo. Até 2025, a meta do governo municipal é que 50% das pessoas se desloquem de bicicleta de casa para o trabalho.
Foto: Morten Jerichau/Wonderful Copenhagen
10. Adelaide, Austrália
Adelaide é a terceira cidade australiana na lista das dez melhores para se viver no mundo em 2019. Com uma população de 1,3 milhão de habitantes, a chamada Cidade das Igrejas, pelo grande número de templos religiosos, é menor que Melbourne e Sydney, mas está se tornando cada vez mais conhecida por suas vinícolas de classe mundial, praias intocadas e crescente cena gastronômica.