País vive o mês de janeiro mais quente desde 1939, com asfalto derretido e noites acima de 36 graus Celsius.
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A Austrália vive atualmente a maior onda de calor de sua história. O mês passado foi não apenas o dezembro mais quente já registrado desde o início das medições, como teve também o dia de maior calor. E, em janeiro, os termômetros continuam quebrando marcas.
Toda a vasta área continental da Austrália foi afetada pela onda de calor em algum momento, e vários locais registraram temperaturas recordes para os meses de dezembro e janeiro. Algumas marcas foram quebradas por margens grandes.
Em Wauchope, cerca de 370 quilômetros ao norte de Sydney, o diário local Argus relatou que o betume estava derretendo na rodovia principal. Operários da cidade espirraram água para resfriar a superfície e evitar que ela ficasse presa nos pneus de carros.
No leste australiano, os recordes de calor foram quebrados com temperaturas próximas dos 50 graus Celsius.
E não foram quebrados apenas recordes sob o calor efetivo do sol. Em Noona, 800 quilômetros a oeste de Sydney, a temperatura mais baixa durante a noite foi de 35,9 graus Celsius – recorde de calor noturno no país.
"Já temos cinco dias seguidos com temperaturas acima dos 40 graus", disse Blair Trewin, do Departamento de Meteorologia, em entrevista à emissora local ABC. Segundo ele, trata-se do mês de janeiro mais quente desde 1939.
Segundo meteorologistas, as temperaturas devem abrandar no fim de semana, mas aumentarão novamente na próxima semana. "Há algumas indicações de mais uma onda de calor extremo no final da próxima semana", disse Trewin.
A vasta área continental da Austrália tem enfrentado condições extremas desde dezembro. As temperaturas atingiram altas recorde, e os serviços de emergência estão em alerta máximo para a ocorrência de incêndios florestais.
A pequena cidade de Marble Bar, que se apresenta como a cidade mais quente do país, registrou no final de dezembro um pico de 49,3 graus Celsius.
"Tudo isso é por causa de um sistema de alta pressão [atmosférica] vindo do Mar da Tasmânia, que está se movendo lentamente e estabeleceu um padrão ao longo de vários anos", explicou Nick Neynens, do Departamento de Meteorologia. "É uma situação muito estável, sem muita mudança."
Altas temperaturas não são incomuns na Austrália durante seu verão árido – incêndios florestais ocorrem com frequência. Mas, recentemente, os períodos de calor têm sido mais quentes e mais intensos.
PV/rtr/dpa
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Tanto animais quanto seres humanos sofrem com as altas temperaturas no verão europeu, mas isso não incomoda a maioria das borboletas. A má notícia é que em breve elas terão problemas. Entenda por quê.
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Dias de cão no verão
A Europa teve recordes de temperatura neste verão. Enquanto na Espanha foi registrada a máxima de 46°C, em algumas cidades alemãs os termômetros marcaram em torno dos 40°C. Mas se a maioria dos animais lutava contra o calor, houve uma notável exceção.
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Clima quente e seco
Para a maioria das espécies de borboletas, a onda de calor foi muito bem-vinda, pois em algumas regiões europeias o verão é tipicamente chuvoso. "O tempo de voo delas é restringido por frio e umidade. E, se não voam, não se alimentam", diz Paul Ashton, chefe do departamento de Biologia da Universidade Edge Hill, no Reino Unido. Então, ao menos para borboletas adultas: sem chuvas, sem problemas.
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Sem lugar para pôr ovos
Embora o clima quente e seco seja bom para o tempo de voo e a alimentação das borboletas, é provável que mesmo assim elas enfrentem problemas. "Considerando o outono, a postura e a eclosão dos ovos, pode haver dificuldades no futuro", aponta Ashton. Após longos períodos de calor extremo, as folhas onde as borboletas normalmente depositam seus ovos podem secar.
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Espécie exigente e ameaçada
A borboleta marrom de argus ("Aricia agestis"), encontrada na Escócia e norte da Inglaterra, não pode simplesmente mudar para outra folha se a planta que escolheu está seca. A espécie deposita seus ovos exclusivamente na "rock rose", planta da família "Cistaceae" que só cresce em solo rochoso – o que significa que ela murcha mais rápido em climas quentes e secos.
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Poucas lagartas famintas à vista
A falta de plantas para postura de ovos significa menos lagartas. Portanto, embora seja provável que se vejam mais borboletas neste verão europeu, não se esperam toneladas de lagartas para o outono. A longo prazo, a onda de calor também não é boa para as borboletas. O declínio do número de insetos em todo mundo também se aplica às borboletas.
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Refúgio de flores silvestres
Para salvar borboletas e outros insetos, como as abelhas, muitas cidades começaram a plantar flores silvestres. Moradores de Bonn, na Alemanha, criaram este campo: "Bonn blüht und summt" (Bonn floresce e faz zumbido), que garante comida para os insetos no verão e um local de descanso no inverno.
Foto: DW/ C. Bleiker
Mais frio é melhor
A longo prazo, o aquecimento global prejudica mariposas como a fritilária-dos-pântanos. Essas espécies de alta altitude estão adaptadas a voar em condições muito frias. Na Escócia, a fritilária-dos-pântanos vive em elevações acima de 600 metros. Quando o tempo esquenta, ela voa mais alto. Mas há um limite de altitude que pode alcançar – e morre se não encontrar as plantas que precisa.
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Fim da destruição de habitat
O pesquisador Ashton diz que uma das principais razões para o declínio das borboletas, além do aquecimento global, é a perda de habitat. "É em parte devido às circunstâncias e em parte devido à intensificação agrícola", explica o ecologista. Se quisermos continuar vendo borboletas, e não apenas em vitrines, precisamos agir agora. Plantar belas flores silvestres no quintal pode ser um começo!