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"Não" a centro budista na Áustria

14 de fevereiro de 2012

Em plebiscito, comunidade a 100 quilômetros de Viena veta a construção do que poderia se tornar o maior centro budista da Europa, inteiramente financiado por uma fundação privada.

Gföhl
GföhlFoto: Creative Commons

Moradores de uma pequena comunidade rural na Áustria decidiram nas urnas impedir a construção de um centro budista que poderia vir a ser o maior da Europa. Em um referendo realizado em Gföhl, a 90 quilômetros ao norte da capital, Viena, 67% dos eleitores votaram contra o projeto arquitetônico no último domingo (12/02). Pouco mais da metade dos habitantes participaram da votação.

A iniciativa de impedir a construção de uma estupa budista na localidade de 4 mil habitantes foi liderada pelos católicos conservadores da localidade, com o apoio dos partidos políticos populistas de direita FPÖ e BZÖ. Segundo os críticos, o projeto não é necessário porque a maioria na região é católica.

O prefeito Karl Simlinger defendia a ideia, pois via na obra boas perspectivas para o turismo e a economia de sua localidade. O centro budista com capacidade para 200 pessoas poderia atrair a Gföhl anualmente de 3 a 5 mil visitantes. A iniciativa seria financiada por uma fundação privada.

O complexo seria construído em dois hectares de área, abrigando uma estupa de 30 metros de altura e 20 metros de diâmetro, uma residência para os monges e um estacionamento para os visitantes. A ideia surgiu do monge coreano Bop Jon Sunin, de 60 anos, que viaja como missionário pelo mundo. Segundo ele, o idílico local é cheio de energia positiva.

Autor: Andreas Meyer-Feist (br)
Revisão: Roselaine Wandscheer

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