Autoridades alemãs são alvo de críticas após atentado
22 de dezembro de 2016
Revelação de que tunisiano suspeito de ataque em mercado de Natal de Berlim era conhecido da polícia e, mesmo assim, não foi preso nem deportado da Alemanha, gera questionamentos sobre serviços de segurança.
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Enquanto a polícia promove uma caçada internacional para encontrar o tunisiano Anis Amri, de 24 anos – principal suspeito do ataque ao mercado de Natal em Berlim –, a perplexidade da opinião pública aumenta. O imigrante era criminoso conhecido das autoridades, ex-presidiário problemático na Itália e, mesmo assim, escapou de ser preso e deportado na Alemanha.
Amri era um requerente de refúgio que teve seu pedido rejeitado e tinha um histórico de delitos, tendo ficado sob observação da polícia alemã por suspeita de planejar um ataque. Por falta de evidências, o monitoramento foi suspenso.
O mandado de detenção europeu revela que ele usou até seis identidades distintas, com três diferentes nomes, cinco sobrenomes, cinco datas de nascimento e três nacionalidades (tunisiana, egípcia e libanesa). Ele também conseguiu evitar a deportação devido a entraves burocráticos com a Tunísia, que negou durante muito tempo que ele fosse cidadão do país.
"Falha catastrófica"
"Eles o conheciam. E não fizeram nada", diz a manchete do tabloide berlinense B.Z.
O presidente do Partido Liberal Democrata (FDP), de oposição, Christian Lindner, classificou o ataque de Berlim como consequência de uma "falha catastrófica" das autoridades. "Houve claramente uma falha do Estado, que não pode ser tolerada", disse. "Quem representa uma ameaça deve ser monitorado de forma consistente. Para isso, os requisitos técnicos e de pessoal têm que ser criados", declarou.
O vice-presidente do partido da chanceler federal Angela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), Armin Laschet, criticou o trabalho das autoridades de segurança. As informações que temos desde ontem só podem nos abalar, ao vermos como as autoridades têm trabalhado", lamentou durante entrevista de rádio.
Horas perdidas
Parecia bom demais para ser verdade quando a polícia disse na segunda-feira que havia prendido um suspeito uma hora após o ataque – um paquistanês que aparentemente tinha sido identificado por uma testemunha ocular.
No momento em que a polícia o libertou na noite de terça-feira, por falta de evidências, já haviam sido perdidas 24 horas, durante as quais o público não havia sido informado de que o assassino armado ainda estava foragido.
A polícia disse que uma equipe forense encontrou apenas uma carteira contendo documentos de Amri na cabine do caminhão na tarde de terça-feira. As autoridades esperaram até a tarde de quarta-feira para emitir uma ordem europeia de detenção, divulgando o nome completo, a idade e a fotografia de Amri e advertindo a população de que o homem é perigoso.
Amri havia sido observado entre março e setembro deste ano por serviços de contraterrorismo, que sabiam que ele tinha contato com radicais islâmicos e poderia estar planejando um ataque.
Ele havia tido contato com o pregador iraquiano Abu Walaa, mais conhecido como Ahmad Abdulaziz Abdullah A., preso pela polícia alemã em novembro por estabelecer uma rede de recrutamento em nome do grupo "Estado Islâmico".
Suspeito de roubo
Promotores de Berlim afirmam que Amri havia sido suspeito de planejar um roubo destinado a levantar dinheiro para comprar armas automáticas, "possivelmente para realizar um ataque". A vigilância mostrou que ele estava trabalhando como traficante de drogas em Berlim, e o esquema de observação sobre ele foi suspenso em setembro.
Amri tinha usado identidades diferentes para viajar entre estados alemães, disse, sob anonimato, um investigador ao jornal Bild, "mas aparentemente nunca houve provas suficientes para prendê-lo".
Polícia alemã intensifica buscas por suspeito de atentado
01:06
O semanário Der Spiegel noticiou que os serviços de segurança grampearam telefonemas do suspeito, tendo ouvido até mesmo que Amri havia se oferecido para praticar um ataque suicida – mas que ele usou expressões codificadas, que não podiam consideradas provas que pudessem levar a uma prisão.
No debate feroz em torno do caso Amri, muitos se perguntam se as possíveis falhas se devem a um aparato de segurança incompetente ou sobrecarregado. A polícia diz que uma vigilância pessoal e telefônica 24 horas por dia de um suspeito exige uma equipe rotativa de até duas dúzias de policiais. Os serviços de segurança alemães afirmam que estão vigiando cerca de 540 islâmicos radicais que consideram potencialmente perigosos.
Na lista negra dos EUA
Amri chegou à Alemanha em julho de 2015, em uma época em que um afluxo histórico de migrantes e refugiados sobrecarregava as autoridades. Seu pedido de refúgio foi rejeitado em junho deste ano, mas Amri não podia ser deportado porque não tinha passaporte, e Túnis negou que ele fosse cidadão tunisiano.
Finalmente, o novo passaporte da Tunísia chegou na quarta-feira, dois dias depois do ataque, informou Ralf Jäger, secretário do Interior do estado de Renânia do Norte-Vestfália, antes de acrescentar friamente que preferia não comentar o atraso.
A Alemanha tem repetidamente acusado a Tunísia e outros Estados no norte da África de impedirem a repatriação de seus cidadãos da Alemanha.
Outro acréscimo inquietante à lista de perguntas está o fato de Amri ser conhecido como um criminoso perigoso na Itália e considerado uma ameaça pelos Estados Unidos.
Um funcionário americano não identificado disse ao jornal New York Times que Amri consta da lista de passageiros não autorizados a entrar nos EUA, teria no passado supostamente pesquisado na internet como construir uma bomba e tinha tido contato com o EI através do serviço de mensagens Telegram.
Problemas em cárceres italianos
Na Itália, aonde Amri havia chegado por barco da Tunísia em 2011, ele havia estado preso por quase quatro anos, por incendiar uma escola usada para abrigar refugiados e por outros delitos, como roubo, ameaças e agressão.
Segundo autoridades italianas, o tunisiano era um prisioneiro problemático. O Ministério da Justiça italiano confirmou nesta quinta-feira que Amri foi repetidamente repreendido e transferido de prisões sicilianas por má conduta. Segundo registros de penitenciárias, ele intimidou prisioneiros e tentou provocar insurreições.
Ao todo, Amri esteve encarcerado em seis prisões diferentes na Sicília. Mas a Itália aparentemente não registrou sinais de que ele estava se tornando extremista.
"Em maio de 2015, ele foi colocado em detenção para deportação, mas foi liberado semanas depois, livre para viajar pela Alemanha", escreveu o Die Welt. "Ele chegou a ficar numa cela para deportação, mas teve que ser liberado no dia seguinte", disse Stephan Mayer, porta-voz para assuntos domésticos dos partidos CDU e CSU no Parlamento alemão, à emissora local RBB nesta quinta-feira. Ele acrescentou que o caso mostra onde estão as falhas nas políticas de refúgio da Alemanha e recomendou que a detenção para deportação seja prolongada.
A Itália apenas emitiu um alerta para ele em todo espaço Schengen neste ano, de acordo com Der Spiegel. Quando Amri encaminhou seu pedido de refúgio na Alemanha, ele afirmou inicialmente ser um egípcio que fugia da repressão do Estado, mas não conseguiu responder a perguntas básicas sobre o país, segundo a revista. O pedido de refúgio foi negado, mas, devido ao fato de ele não poder ser expulso, ele recebeu um documento de permanência provisório, enquanto esperava a deportação – papel encontrado pela polícia na cabine do caminhão.
MD/afp/efe/ap/dpa
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters
Explosões em Bagdá deixam mortos
Ao menos 28 pessoas morreram e outras 54 ficaram feridas em consequência de duas explosões registradas no centro de Bagdá. De acordo com policiais, dois suicidas detonaram seus explosivos no bairro de Al-Sinek. Este foi o pior atentado desde outubro, quando um suicida se explodiu numa cerimônia de condolências num bairro xiita, matando ao menos 34 pessoas. (31/12)
Foto: Reuters/A. al-Mashhadani
Trégua na Síria
Em vigor desde a meia-noite, o cessar-fogo foi mantido no primeiro dia em grande parte da Síria, apesar de confrontos isolados que resultaram em ao menos uma pessoa morta, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. As violações expuseram a fragilidade do acordo negociado entre Turquia e Rússia na mais recente tentativa de encerrar um conflito que já dura seis anos. (30/12)
Foto: Getty Images/AFP/G. Ourfalian
China inaugura ponte mais alta do mundo
A China inaugurou a ponte para trânsito mais alta do mundo, erguida a 565 metros acima do rio Nizhu e que liga as províncias de Yunnan e Guizhou. Com 1.341 metros de comprimento e um custo de cerca de 138 milhões de euros, a ponte Beipanjiang começou a ser construída em 2013 e foi concluída em setembro. Mais de mil engenheiros e operários chineses participaram na construção. (29/12)
Foto: picture-alliance/dpa/VCG/MAXPPP
Turquia e Rússia acordam cessar-fogo na Síria
A Turquia e a Rússia fecharam um acordo de cessar-fogo na Síria. O acordo visa preparar terreno para que possam ser realizadas negociações políticas de paz entre governo sírio e grupos opositores, previstas para janeiro em Astana, capital do Cazaquistão. O acordo estende para todo o país o cessar-fogo instaurado em Aleppo no início de dezembro. (28/12)
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Morre Carrie Fisher, a princesa Leia
A atriz americana Carrie Fisher, que ficou mundialmente famosa por interpretar a princesa Leia Organa na saga "Star Wars", morreu em decorrência de uma parada cardíaca sofrida em 23 de dezembro no avião em que viajava de Londres para Los Angeles. Em vida, a atriz enfrentou uma longa batalha contra a dependência em drogas e distúrbios mentais. Carrie Fisher morreu aos 60 anos de idade. (27/12)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Nearmy
Obama e Abe em visita história a Pearl Harbor
O premiê do Japão, Shinzo Abe, e o presidente dos EUA, Barack Obama, visitaram um memorial construído sobre os restos do navio de guerra afundado USS Arizona, no Havaí, e homenagearam os cerca de 2.400 americanos mortos no ataque japonês de 1941. Abe foi o primeiro premiê do Japão a visitar o santuário. Ele ofereceu suas "sinceras e eternas condolências", mas não pediu por desculpas. (27/12)
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Kaster
Valas comuns em Aleppo
Soldados russos encontraram dezenas de cadáveres de civis na cidade síria. Segundo o Ministério da Defesa em Moscou, alguns apresentam marcas de tortura e mutilações, outros receberam tiros. A descoberta macabra não é totalmente surpreendente: nas últimas semanas, organizações direitos humanos vinham registrando massacres e torturas no ex-reduto rebelde no norte da Síria. (26/12)
Foto: Reuters/O. Sanadiki
Bomba da 2ª Guerra desativada com sucesso
Cerca de 54 mil pessoas foram retiradas de Augsburg para a desativação de uma bomba de 1,8 toneladas da Segunda Guerra Mundial, na maior operação do gênero desde 1945. Os trabalhos começaram ao meio-dia, sendo concluídos com sucesso dentro das quatro horas programadas. As autoridades da cidade alemã de 287 mil habitantes consideraram que a operação causaria menos transtorno num domingo. (25/12)
Foto: picture alliance/dpa/S. Puchner
Berlim festeja o Natal
Apesar do choque recente causado pelo atentado contra uma feira natalina, que fez 12 vítimas, os berlinenses procuram retornar à normalidade. Parte desse esforço é honrar as velhas tradições de Natal, como todos os anos. Na foto, adeptos do time de futebol Union Berlin se reúnem para cantar no estádio An der Alten Försterei. (24/12)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Zinken
Morte de suspeito de atentado em Berlim
O tunisiano Anis Amri, principal suspeito pelo atentado a feira de Natal em Berlim, foi morto durante um tiroteio com policiais na cidade de Sesto San Giovanni, nos arredores de Milão, disseram autoridades italianas. O tunisiano era o homem mais procurado da Europa, e sua morte encerra uma busca que já entrava no quarto dia. O EI divulgou um vídeo, no qual Amri jura lealdade ao seu líder. (23/12)
Foto: picture-alliance/dpa/Daniele Bennati/B&V
Fim da batalha em Aleppo
O Exército sírio anunciou a retomada completa de Aleppo após o fim da evacuação de áreas da cidade que eram controladas por rebeldes. Trata-se da maior vitória do regime de Bashar al-Assad nos quase seis anos de guerra civil. O anúncio foi feito logo após a emissora de televisão estatal síria reportar a partida do último comboio que retirava civis e insurgentes do leste da cidade. (22/12)
Foto: picture-alliance/Photoshot
Polícia busca por suspeito de ataque
A polícia alemã está em busca do tunisiano Anis A., de 24 anos, o suspeito de ter avançado com um caminhão contra uma feira natalina em Berlim. O atentado matou ao menos 12 pessoas e deixou outras 48 feridas. Os investigadores chegaram ao nome de Anis A. porque ele deixou um documento no veículo usado no atentado. (21/12)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Police Handout
Homenagem às vítimas de Berlim
O Portão de Brandemburgo foi iluminado com as cores da bandeira da Alemanha em homenagens às vítimas do ataque em Berlim. Um caminhão invadiu um mercado de Natal na praça Breitscheidplatz, deixando 12 mortos e 48 feridos. (20/12)
Foto: Reuters/R. Krause
Tragédia em Berlim
Um caminhão avançou contra um mercado natalino em Berlim. Segundo a polícia, ao menos nove pessoas morreram e 50 ficaram feridas. O incidente ocorreu na praça Breitscheidplatz, no bairro de Charlottenburg. As autoridades partem do princípio de que se trata de um atentado terrorista. Um suspeito de ser o motorista foi capturado. (19/12)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS/O. Messinger
Drama na Síria
Vários ônibus que retiravam pessoas doentes e feridas dos vilarejos sitiados de al-Foua e Kefraya foram atacados e queimados durante o domingo. A coalizão de forças que lutam pelo governo Assad exigiu que as pessoas sejam autorizadas a deixar as duas cidades em troca de permitir a saída de rebeldes e civis de Aleppo. (18/12)
Foto: Reuters
Papa faz 80 anos
Francisco completou 80 anos e celebrou uma missa com 60 cardeais no Vaticano, cerimônia na qual descreveu a velhice como uma etapa da vida com "sede de sabedoria" e pediu que a sua seja "tranquila e fértil". (17/12)
Foto: picture alliance/dpa/L'Osservatore Romano
Cresce rejeição ao governo
O governo de Michel Temer foi avaliado como ruim ou péssimo por 46% dos entrevistados em pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ibope. Na pesquisa anterior, de setembro, 39% haviam desaprovado a gestão do peemedebista. O percentual de pessoas que consideram o governo regular é de 35%, e os que avaliaram como ótimo ou bom somam 13%. Outros 6% não sabem ou não responderam.(16/12)
Foto: Reuters/A. Machado
Retirada de civis em Aleppo
A retirada de civis e rebeldes da área oriental de Aleppo começou, após o anúncio de um novo cessar-fogo. Tanto representantes dos rebeldes como do governo confirmaram que inicialmente serão retirados feridos e doentes, depois civis e por fim os rebeldes. Uma emissora estatal síria informou que ao menos 4 mil rebeldes e suas famílias serão retirados do leste de Aleppo, além de 9 mil civis. (15/12)
Foto: picture alliance/AA/Y. Alrejjo
No escuro em solidariedade a Aleppo
As luzes da Torre Eiffel, em Paris, foram desligadas em solidariedade aos habitantes de Aleppo, na Síria. A cidade, devastada por combates e bombardeios, enfrenta uma crise humanitária. "Essa medida simbólica num monumento conhecido mundialmente visa mais uma vez alertar a comunidade internacional da necessidade de uma ação urgente", afirmou a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo. (14/12)
Foto: Getty Images/AFP/P. Lopez
Senado aprova teto dos gastos
O Senado aprovou a PEC 55, que limita os gastos federais por 20 anos. A PEC restringe o crescimento dos gastos do governo federal à inflação do ano anterior. A emenda constitucional é considerada um dos três pontos fundamentais do pacote de ajustes fiscais proposto pelo presidente Michel Temer, ao lado da reforma da previdência e das mudanças na legislação trabalhista. (13/12)
Foto: Imago/Agencia EFE
Novo premiê da Itália apresenta gabinete
Um dia depois de aceitar o cargo – indicado pelo presidente Sergio Mattarella após a renúncia de Matteo Renzi –, o novo primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, escolheu os nomes que formarão seu gabinete. O premiê manteve ministros de Renzi, como Pier Carlo Padoan, da pasta de Economia e Finanças. Angelino Alfano, antes ministro do Interior, assumirá agora o Ministério do Exterior. (12/12)
Foto: picture-alliance/dpa/G. Lami
UE normaliza relações com Cuba
Após mais de dois anos de negociações, Cuba e União Europeia (UE) assinaram seu primeiro acordo bilateral de cooperação e diálogo político. O pacto marca uma nova era de relações diplomáticas entre o bloco europeu e a ilha latino-americana. A foto acima mostra o ministro cubano do Exterior, Bruno Rodríguez, e a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, após assinatura em Bruxelas. (12/12)
Foto: picture-alliance/dpa/O. Hoslet
Popularidade de Temer despenca
Uma pesquisa do Datafolha apontou que a popularidade do presidente Michel Temer despencou desde julho. Segundo o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31% em julho. O levantamento mostrou, ainda, que a maioria da população brasileira (63%) é a favor da renúncia de Temer ainda neste ano para que seja realizada eleição direta. (11/12)
Foto: Agência Brasil/Valter Campanato
Santos recebe o Nobel da Paz
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, recebeu na prefeitura de Oslo o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para acabar com os mais de 50 anos de guerra civil no país. Em seu discurso, Santos disse que recebe o prestigioso prêmio em nome dos cerca de 50 milhões de colombianos "que finalmente veem o fim de um pesadelo" que só trouxe "dor, miséria e atraso". (10/12)
Foto: Reuters/NTB Scanpix
Doping na Rússia, "conspiração institucional"
Mais de mil atletas russos de 30 modalidades diferentes se envolveram ou se beneficiaram de práticas de doping patrocinadas pelo governo da Rússia entre 2011 e 2015, revelou a segunda e última parte do relatório McLaren, elaborado a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada). O documento independente diz que os testes forenses são "conclusivos" e revela uma "conspiração institucional". (09/12)
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Jin-man
FT inclui Dilma entre mulheres do ano
A ex-presidente Dilma Rousseff, que teve seu mandato cassado em agosto, foi eleita uma das mulheres do ano pelo jornal britânico "Financial Times". A petista concedeu uma entrevista exclusiva ao veículo, em que fala sobre a vida pós-impeachment, critica o sexismo na política e diz que a PEC do teto de gastos é suicídio. Sobre sua sucessão, opina: "Governo de velhos brancos ricos". (08/12)
Trump, personalidade do ano na "Time"
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, foi escolhido pela revista "Time" como a personalidade do ano. Ao anunciar a escolha, a publicação semanal americana citou a convulsão na política do país provocada pela campanha eleitoral e subsequente vitória do magnata. Em entrevista concedida logo após o anúncio, Trump se mostrou contente com a notícia. "É uma grande honra, significa muito." (07/12)
Foto: Time Magazine
Merkel é reeleita presidente da CDU
Duas semanas após anunciar que concorrerá a um quarto mandato como chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel foi reeleita presidente da União Democrata Cristã (CDU) com 89,5% dos 944 votos válidos. Apesar da ampla maioria, o resultado é inferior aos 96,7% alcançados dois anos atrás. Após mencionar véu islâmico e crise migratória em discurso, líder foi aplaudida por mais de dez minutos. (06/12)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Vennenbernd
Renan afastado da presidência do Senado
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Renan Calheiros da presidência do Senado. A decisão, tomada em caráter liminar, segue um pedido feito pela Rede Sustentabilidade. O partido entende que, por ser réu no Supremo, o peemedebista não pode estar na linha de sucessão da Presidência da República. Ele é mantido, porém, no cargo de senador. (05/12)
Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom
Brasileiros protestam contra a corrupção
Em cidades de todo o país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, manifestantes vestidos de verde e amarelo defenderam a Operação Lava Jato e protestaram contra a desfiguração do pacote de medidas anticorrupção pela Câmara dos Deputados. Cartazes e gritos exaltaram o juiz federal Sérgio Moro e pediram a saída do presidente do Senado, Renan Calheiros. (04/12)
Foto: Reuters/P. Olivares
Velório coletivo
Milhares de torcedores se despediram de seus ídolos da Chapecoense na Arena Condá, em Chapecó. Após serem transportados por aviões da FAB, os corpos de 50 vítimas do desastre aéreo na Colômbia chegaram ao estádio do clube, onde foram recebidos com aplausos. Apos hesitar, o presidente Michel Temer participou da cerimônia, mas não discursou. (03/12)
Foto: Reuters/D. Vara
Mais trabalho, menos dinheiro
Em 2015, as mulheres brasileiras trabalham, em média, cinco horas a mais por semana que os homens, segundo uma pesquisa do IBGE. Enquanto a jornada semanal das mulheres é, em média, de 55,1 horas, a dos homens fica em torno de 50,5 horas. Além de trabalhar mais, as mulheres também ganham menos. De acordo com o levantamento, a renda das mulheres equivalia a 76% da dos homens em 2015. (02/12)
Foto: picture-alliance/ dpa
Hollande desiste de tentar reeleição
O presidente da França, François Hollande, anunciou que não vai concorrer à reeleição no pleito de abril e maio de 2017. A manobra surpreendente abre caminho para um candidato alternativo da esquerda. "Estou ciente hoje do risco de seguir um caminho no qual eu não alcançaria apoio suficiente, então decidi não ser candidato na próxima eleição", disse o socialista em anúncio televisivo. (01/12)