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Esporte

NYT: Autoridades antidoping russas admitem "conspiração"

28 de dezembro de 2016

Diretora-geral da agência antidoping russa e outros entrevistados reconhecem "conspiração institucional", mas rejeitam que o esquema de doping foi patrocinado pelo Estado, segundo publicação do "New York Times".

Placa com o dizer "controle antidoping" em russo e em inglês, em Sochi, nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Jin-man

Autoridades antidoping da Rússia admitiram pela primeira vez que o país organizou um maciço esquema para dopar vários atletas olímpicos ao longo dos anos, informou o diário americano New York Times, nesta terça-feira (27/12).

"Foi uma conspiração institucional", disse Anna Antseliovich, diretora-geral interina da agência antidoping russa. No entanto, Antseliovich e outros entrevistados rejeitaram que o esquema de doping foi "patrocinado pelo Estado", afirmando ao New York Times que altos funcionários do governo russo não estavam envolvidos.

Em um novo relatório para a Agência Mundial Antidoping (Wada), divulgado neste mês, o investigador Richard McLaren afirmou que mais de mil atletas russos em aproximadamente 30 modalidades esportivas participaram de um plano traçado por funcionários do Ministério dos Esportes da Rússia para usar substâncias proibidas nos Jogos Olímpicos de Invernos de 2014, em Sochi, nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e em outros grandes eventos esportivos.

O ministro dos Esportes russo, Vitaly Mutko, disse à agência russa de notícias Tass em 9 de dezembro, quando o novo relatório foi publicado, que as reivindicações de uma "conspiração institucional" não tinham sido provadas.

A revelação do esquema e o primeiro relatório de Mclaren – elaborado a pedido da Wada – provocaram uma série de sanções ao esporte russo. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, 111 atletas russos foram proibidos de participar devido ao escândalo. Em seguida, o Comitê Paralímpico Internacional (CPI), vetou a delegação inteira da Rússia nos Jogos Paralímpicos.

Segundo o New York Times, a mudança de tom das autoridades russas pode estar relacionada ao fato de a Rússia desejar se reconciliar com os órgãos reguladores, que estipularam que Moscou aceite o resultados das investigações antes de ser liberada novamente para fazer testes antidoping e sediar competições esportivas.

PV/afp/ots

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