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Autoridades declaram estado de emergência em Ferguson

11 de agosto de 2015

Após dia de manifestações em homenagem ao jovem negro Michael Brown, morto por um policial branco, terminar em violência, medida é adotada devido aos "potenciais danos a pessoas e propriedades".

Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS.com

Autoridades declararam estado de emergência em Ferguson, no estado americano do Missouri, nesta segunda-feira (10/08). Trata-se de uma tentativa de conter a violência que emergiu durante manifestações na noite anterior, em memória de Michael Brown, jovem negro morto há um ano por um policial branco.

O estado de emergência foi declarado no subúrbio de St. Louis e nas áreas ao redor em meio a relações tensas entre moradores e a polícia. Neste domingo, policiais atiraram e feriram gravemente um jovem de 18 anos num tiroteio que encerrou um dia de manifestações pacíficas. O jovem, Tyrone Harris, foi acusado pela Promotoria de atirar contra um veículo e impedir a aplicação da lei.

O chefe do Condado de St. Louis disse ter declarado estado de emergência após o tumulto da noite anterior e devido aos "potenciais danos a pessoas e propriedades". "Os recentes atos de violência não vão ser tolerados numa comunidade que lutou incansavelmente durante o último ano para se tornar mais forte", disse.

Nesta segunda-feira, ativistas convocaram um dia de desobediência civil no Missouri, e cerca de 50 manifestantes foram detidos após escalarem uma barricada fora do tribunal do condado durante um protesto pacífico. Grupos de direitos humanos saíram às ruas gritando "Vidas negras importam".

Ao longo deste domingo, várias passeatas pacíficas e minutos de silêncio marcaram o primeiro aniversário da morte de Brown. Durante uma das últimas homenagens, dois grupos teriam começado a atirar um contra o outro, até que um atirador disparou num estacionamento e foi confrontado por quatro policiais.

Segundo a polícia, o suspeito, Harris, disparou, então, contra a viatura e foi gravemente ferido durante a perseguição e troca de tiros. Os atiradores "eram criminosos; não eram manifestantes", disse Jon Belmar, chefe de polícia do Condado de St. Louis. O pai de Harris, que está no hospital em estado grave, disse que ele não portava uma arma e que estava correndo pela própria vida.

Desde a morte de Brown, no dia 9 de agosto de 2014, os protestos contra a discriminação policial contra os negros se estenderam da pequena Ferguson para mais de 170 cidades de todo o país, com especial intensidade em Nova York, Washington e Los Angeles.

Brown levou vários tiros de um policial branco quando estava desarmado. Um grande júri decidiu, no entanto, que não havia provas suficientes para condenar o policial.

LPF/rtr/dpa/afp/ap/efe

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