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Avô de Trump implorou para não ser expulso da Alemanha

21 de novembro de 2016

Após enriquecer nos EUA, o alemão Frederick Trump tentou voltar à terra natal, mas foi proibido pelo não cumprimento do serviço militar. Em carta às autoridades alemãs, ele pediu para ficar.

Kallstadt Rheinland-Pfalz
Friedrich Trump cresceu em Kallstadt, no sudoeste da Alemanha.Foto: Getty Images/T.Lohnes

Cartas antigas encontradas no centro de arquivos da cidade de Speyer, no oeste da Alemanha, revelam que o avô do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implorou às autoridades para que não fosse expulso da Alemanha.

De acordo com informações publicadas pelo tablóide alemão Bild, o pedido foi negado porque Friedrich Trump, o avô do presidente eleito americano, não cumpriu o serviço militar obrigatório na Alemanha.

Friedrich Trump nasceu na cidade de Kallstadt, localizada no estado da Renânia-Palatinado, no sudoeste da Alemanha. Lá, passou a infância e início da adolescência. Em 1885, aos 16 anos de idade, assim como milhares de alemães, decidiu tentar a vida nos Estados Unidos. 

Primeiro, trabalhou como barbeiro em Nova York e, mais tarde, estimulado pela corrida do ouro, seguiu para o velho oeste americano – onde teve um bar, um bordel e comprou uma porção de outras terras.

Nos Estados Unidos, Friedrich alterou seu nome para Frederick. Alguns anos mais tarde, já enriquecido, retornou à terra natal, Kallstadt, onde casou-se com a filha de um vizinho, chamada Elisabeth Christ. Em seguida, o casal mudou-se para Nova York.

Apesar da vida próspera, Friedrich e, principalmente, sua mulher sentiam falta da Alemanha. Pouco tempo depois de mudarem, tentaram retornar a Kallstadt, mas foram mandados de volta para os Estados Unidos, em 1905. O motivo, segundo reportagem do jornal Bild, é que Friedrich não cumpriu o serviço militar obrigatório no país.

Com medo de ser deportado, Friedrich chegou a escrever uma carta a Leopoldo, príncipe regente da Baviera. No documento, encontrado no arquivo da cidade de Speyer, o avô de Trump implora para ficar no país.

Os documentos mostram que o príncipe não se deixou levar pelos inúmeros adjetivos usados por Friedrich para descrevê-lo na carta, como "amado”, "nobre”, "sábio” e "justo”. O pedido do avô de Trump foi negado, e o casal teve de voltar aos Estados Unidos.

Durante a campanha presidencial, Trump defendeu diversas bandeiras polêmicas e anti-imigratórias. Poucos dias após ser eleito, anunciou que uma de suas primeiras ações como presidente seria deportar até 3 milhões de estrangeiros ilegais que tenham ficha criminal.

NT/dpa

 

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