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De dia e de noite

8 de julho de 2010

Impulse Solar quebra paradigmas ao voar com energia produzida exclusivamente por células fotovoltaicas. Escuridão da noite não é mais uma barreira para o avião solar.

Solar Impulse voou 26 horas, dia e noiteFoto: AP

Uma máquina pequena, leve e revolucionária: é assim que o Solar Impulse deverá entrar para a história. Nesta quinta-feira (08/07) um avião movido a energia solar completou, pela primeira vez, um voo noturno.

Foram 26 horas no ar: a aeronave partiu de Payerne, na Suíça, sobrevoou a região de fronteira entre o país e a França, e pousou no mesmo local da decolagem.

Bertrand Piccard, suíço que desenvolveu o veículo, comemorou: "Nós não tínhamos realmente nenhuma credibilidade, até hoje. O que fizemos hoje no ar é um exemplo do que deveria ser feito no solo."

Avião é equipado com 12 mil células fotovoltaicasFoto: dpa

Energia do sol

As asas do Solar Impulse são equipadas com 12 mil células fotovoltaicas. A energia produzida pela luz do sol é armazenada em baterias que alimentam os quatro motores elétricos do avião.

Segundo revelou Piccard, a aeronave manteve-se no ar sem problemas na escuridão da noite. E ainda: quando o dia amanheceu, o Solar Impulse tinha energia armazenada para mais três horas de voo.

O avião pesa 1.600 quilos, o equivalente a um carro de porte médio. A máquina de fibra de carbono teve uma velocidade média de 23 nós e alcançou a máxima altitude de 8 mil 564 metros acima do nível do mar.

O piloto de teste André Borschberg afirmou não ter enfrentado dificuldades. "O voo foi muito zen. Foi muito tranqüilo, e nesse tempo você tem tempo pra pensar e se concentrar", disse nesta quinta-feira numa coletiva de imprensa.

Bertrand Piccard: uma família de aventureirosFoto: Breitling

Desafios transatlântico

Antes do marco atual, a aeronave já havia feito outros dois testes, também bem-sucedidos. Bertrand Piccard, agora, se prepara para um novo desafio: fazer um voo transatlântico a bordo da nave solar. Mas isso deve acontecer somente a partir de 2013.

O aventureiro suíço teve exemplo em casa: seu pai, Jacques Piccard, era engenheiro e pesquisava veículos subaquáticos, e seu avô, Auguste Piccard, atingiu a máxima altitude a bordo de um balão.

O Solar Impulse custou aproximadamente 75 milhões de euros, e contou com o patrocínio de empresas como Solvay, do ramo químico, Omega e Altran, além do Deutsche Bank.

NP/afp/apn/dpa
Revisão: Augusto Valente

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