Bélgica acha digitais de fugitivo dos ataques de Paris
18 de março de 2016
Rastros de um dos suspeitos dos atentados de novembro foram encontrados após operação policial em distrito de Bruxelas, no mesmo local onde houve troca de tiros no início da semana.
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Promotores públicos belgas anunciaram nesta sexta-feira (18/03) que as impressões digitais de Salah Abdeslam, o principal suspeito dos ataques terroristas de Paris, em novembro, foram encontradas durante a operação policial realizada na última terça-feira.
"Podemos confirmar que as digitais de Abdeslam foram encontradas no apartamento em Forest [distrito de Bruxelas]", informou um porta-voz da Promotoria Federal, sem fornecer maiores detalhes.
As digitais foram encontradas no mesmo local onde atiradores abriram fogo contra agentes de segurança durante um cerco policial. Um homem argelino de 35 anos, armado com um fuzil Kalashnikov, foi morto, e quatro policiais ficaram feridos.
O atirador morto na operação foi identificado como Mohamed Belkaid, que utilizava o nome de Samir Bouzid. Segundo a emissora pública belga RTBF, Bouzid era procurado pelas autoridades da Bélgica e da França desde dezembro, após evidências de que ele teria feito um transferência bancária, a partir de Bruxelas, para uma mulher que foi morta em Paris juntamente com os outros suspeitos, cinco dias após os atentados.
A RTBF, citando uma fonte não identificada, afirmou que Bouzid seria cúmplice de Abdelsam. A emissora disse ser "mais do que provável" que o terrorista de 26 anos tenha escapado durante o tiroteio
Dois suspeitos teriam fugido durante a operação policial, onde os investigadores encontraram uma bandeira da organização extremista "Estado Islâmico" e uma grande quantidade de munições.
O irmão de Abdeslam estava entre os terroristas suicidas que participaram dos ataques em Paris, que deixaram 130 mortos. Segundo informações das autoridades, o fugitivo teria transportado os criminosos até o local dos atentados. Após os ataques, a polícia francesa encontrou um cinto com explosivos, supostamente de Abdeslam, no bairro parisiense de Montrouge.
As buscas em Forest foram realizadas em conexão com as investigações dos ataques em Paris, mas, segundo informações, não tinham Abdelsam como alvo.
RC/dpa/rtr/afp
Homenagem às vítimas de Paris
Duas semanas após os atentados que deixaram 130 mortos na capital francesa, governo organiza um dia nacional de homenagens às vítimas. Bandeiras, flores e velas foram espalhadas pela cidade.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Dia nacional de homenagem
Bandeiras francesas penduradas nas janelas de um edifício próximo do Palácio dos Inválidos, em Paris. O presidente François Hollande apelou a todos os cidadãos que estampassem a bandeira tricolor em suas janelas nesta sexta-feira (27/11) para prestar homenagem às vítimas dos ataques terroristas de 13 de novembro de 2015.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Palácio dos Inválidos
Duas semanas após os ataques em Paris, o Hôtel National des Invalides (Palácio dos Inválidos) foi palco da cerimônia oficial em homenagem às vítimas. A construção foi ordenada por Luís 14 em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje é sede de museus e túmulo de personalidades ilustres como Napoleão Bonaparte e Sébastien Vauban.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Marselhesa
A homenagem começou com a chegada do presidente francês, François Hollande, enquanto a Guarda Republicana entoava a Marselhesa, o hino nacional francês. Após os ataques de 13 de novembro, a Marselhesa foi cantada por cidadãos de toda a Europa, como hino de resistência contra a ameaça do terrorismo.
Foto: Getty Images/AFP/P. Wojazer
Políticos
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ao lado de Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês entre 2007 e 2012 e líder do partido Os Republicanos. Sarkozy perdeu a última eleição para o socialista François Hollande e, ao que tudo indica, pretende disputar novamente as eleições presidenciais em 2017.
Foto: Reuters/C. Platiau
Frente Nacional
Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional (FN), também esteve presente na cerimônia. Ela, que também será candidata à presidência em 2017, foi a primeira dos líderes populistas e de extrema direita da Europa a pedir o "fim imediato de toda a admissão de imigrantes na França".
Foto: Reuters/C. Platiau
Promessa solene
Em discurso durante a cerimônia, François Hollande disse que aqueles que realizaram os ataques em Paris atuam em nome de uma "causa insana e traem o seu Deus". Hollande fez ainda a "promessa solene" de destruir o grupo "Estado Islâmico", autor dos ataques, descrevendo-o como um "exército de fanáticos".
Foto: Reuters/P. Wojazer
Feridos presentes
Mais de 2 mil pessoas acompanharam a cerimônia no Palácio dos Inválidos. Entre os convidados havia algumas das 350 pessoas que foram feridas nos ataques, parte delas em cadeiras de rodas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Flores no Bataclan
Flores e bandeiras foram colocadas na frente da casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas por terroristas. Homenagens também foram prestadas nos outros locais dos ataques: o restaurante Le Petit Cambodge, o bar Le Carrilon, a pizzaria Casa Nostra e o bar Belle Equipe.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Bandeira de roupas
Camisetas e casacos nas cores da bandeira francesa enfeitam uma sacada em em Paris. Com o estado de emergência declarado no país, não foram permitidas grandes manifestações de repúdio aos atentados, como aconteceu após os ataques de janeiro. Aos franceses foi pedido que se solidarizassem de suas próprias casas.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Memorial improvisado
Franceses se reúnem em frente a um memorial improvisado na Place de la Republique.
Foto: Getty Images/AFP/T. Samson
Patriotismo
Homem segura bandeiras francesas perto da estátua na Place de la Republique.