Diabos Vermelhos se recuperam de derrota na estreia, dominam irlandeses e conseguem encaixar letais contra-ataques. Aproveitando falhas defensivas, Romelu Lukaku e Axel Witsel marcam os gols da vitória por 3 a 0.
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Apesar do contundente resultado por 3 a 0 frente contra a Irlanda neste sábado (18/06), em Bordeaux, a Bélgica voltou a apresentar um futebol desorganizado e sem criatividade na Eurocopa. Vice-líder no ranking da Fifa atrás da Argentina, os Diabos Vermelhos possuem grandes talentos individuais mas não conseguem agir como equipe, tendo conquistado a vitória graças a erros graves da Irlanda e lampejos de suas estrelas no segundo tempo.
Pressionada pela derrota na estreia para a Itália e momentaneamente na lanterna do Grupo E, a Bélgica efetuou três mudanças no time titular: entraram Thomas Meunier, na lateral direita, e Mousa Dembélé e Yannick Ferreira-Carrasco, no meio-campo. Deixaram o onze inicial Laurent Ciman, Marouane Fellaini e Radja Nainggolan.
As alterações não surtiram o efeito desejado pelo treinador belga Marc Wilmots. A seleção belga voltou a apresentar um futebol lento, sem a criatividade e a movimentação necessária para sair da forte marcação irlandesa. Com Kevin De Bruyne mais centralizado – ele costuma atuar aberto pela direita – as melhores chances saíram dos pés de Hazard e Ferreira-Carrasco.
Aos 21 minutos, o meio do Chelsea aproveitou uma bola solta na grande área, mas isolou por cima do travessão do goleiro Darren Randolph. Quatro minutos depois, Ferreira-Carrasco chegou a balançar as redes, mas o gol foi corretamente anulado por impedimento. No fim do primeiro tempo, Wes Hoolahan evita em cima da linha o primeiro gol belga no torneio, após finalização de Toby Alderweireld.
No primeiro lance em que a Bélgica teve mais espaços no torneio, De Bruyne puxou o contra-ataque pela direita e rolou para Romelu Lukaku, que finalizou de fora da grande área no canto direito de Randolph. Essas são as jogadas fortes da Bélgica. Jogadores como De Bruyne, Lukaku e Eden Hazard precisam de espaço para progredir em velocidade e, assim, pegar a defesa adversária desorganizada. É assim que eles estão acostumados na Premier League inglesa, onde atua a maioria das estrelas belgas.
A Irlanda se viu obrigada a procurar mais as jogadas ofensivas e, consequentemente, deixou mais espaços em sua retaguarda. A seleção belga soube aproveitar as brechas e, finalmente, mostrou a qualidade técnica em seu elenco.
Aos 15 minutos, Meunier levantou na área, e o volante Axel Witsel, livre, cabeceou sem chances para Randolph. Dez minutos depois, após boa roubada de bola de Meunier, Hazard puxou mais um mortal contra-ataque e, em superioridade numérica, Lukaku só teve o trabalho de empurrar as redes.
A Bélgica se recuperou da derrota na estreia mostrando momentos de futebol que a levaram a ser considerada uma das favoritas da Eurocopa 2016. Na última partida pelo Grupo E, contra a Suécia na próxima quarta-feira, os Diabos Vermelhos tentarão garantir a classificação às oitavas de final do torneio.
Ficha técnica
Bélgica 3 x 0 Irlanda
Local: Stade de Bordeaux, Bordeaux
Arbitragem: Cüneyt Cakir (Turquia) auxiliado por seus compatriotas Bahattin Duran e Tarik Ongun.
Gols: Romelu Lukaku (2'/2T e 25'/2T), Axel Witsel (15'/2T)
Cartões amarelos: Jeff Hendrick (42'/1T), Thomas Vermaelen (4'/2T)
Bélgica: Thibaut Courtois; Thomas Meunier, Toby Alderweireld, Thomas Vermaelen e Jan Vertonghen; Axel Witsel e Mousa Dembélé (Radja Nainggolan 12'/2T); Yannick Ferreira-Carrasco (Dries Mertens 19'/2T), Kevin De Bruyne e Eden Hazard; Romelu Lukaku (Christian Benteke 36'/2T). Técnico: Marc Wilmots.
Irlanda: Darren Randolph; Seamus Coleman, John O'Shea, Ciaran Clark e Stephen Ward; Jeff Hendrick, Glenn Whelan, James McCarthy (James McClean 17'/2T), Robbie Brady; Wes Hoolahan (Aiden McGeady 27'/2T); Shane Long (Robbie Keane 34'/2T). Técnico: Martin O'Neill.
Onze termos de futebol em alemão
Aprenda a falar alemão como um campeão mundial. É hora de aprimorar seu vocabulário futebolístico. Confira aqui 11 palavras que vão lhe ajudar a acompanhar o esporte na Alemanha.
Foto: picture-alliance/GES-Sportfoto
"Schiri"
Esta é a forma abreviada de "Schiedsrichter" e se refere à pessoa com mais poder em campo: o juiz. A equipe de árbitros é responsável pelo jogo. São eles quem decide a validade de um gol ou que punição um jogador merece após cometer uma falta. Assim como "Schiri", muitas abreviações em alemão derivam das primeiras letras de cada sílaba de uma palavra longa.
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"Fallrückzieher"
É a famosa "bicicleta". O jogador se inclina para atrás, apoiando-se numa perna e, em seguida, chuta a bola acima do nível da cabeça com a outra, com seu corpo já no ar como se estivesse pedalando. Devido à complexidade e desempenho incomuns, esta é uma das jogadas mais célebres do futebol, cuja criação é atribuída ao brasileiro Leônidas da Silva.
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"Abseits"
É uma das palavras mais gritadas pela defesa de um time ao trio de arbitragem durante o jogo: "abseits" é o termo em alemão para "impedimento". Um jogador está impedido quando, no momento em que a bola é lançada, há apenas um adversário entre ele e a linha de fundo. Em caso de "abseits", o juiz concede um tiro livre indireto para o time adversário.
"Flanke"
"Flanke" pode ser traduzido como "cruzamento". É quando o jogador vai à lateral e lança a bola em direção à área, geralmente pelo alto, na esperança de encontrar um atacante. É aquele recurso visto muito nos minutos finais de um jogo, na busca desesperada por um gol. Mas também ferramenta preciosa para algumas equipes, sobretudo as que possuem bons cabeceadores.
Foto: Imago
"Schwalbe"
Literalmente, a palavra significa "andorinha", mas não se deixe enganar por esse suave nome de pássaro. No futebol, "schwalbe" é simulação, um mergulho deliberado feito por um jogador, procurando cavar um pênalti ou uma falta, mesmo sem ter sido atingido. Alemães não gostam muito de simulação, e jogadores que praticam isso com frequência são chamados de "schwalbenkönig" ou "rei das andorinhas".
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"Finte"
"Finte" é aquilo que os brasileiros dominam como poucos. Como a própria palavra alemã sugere, é a "finta" ou o mais popular "drible". Devido a sua técnica e habilidade, driblando mais do que a média dos alemães, o atacante Mario Götze ganhou o apelido de "Götzinho" quando surgiu para o futebol.
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"Notbremse"
Literalmente, essa palavra significa "freio de emergência". No futebol, no entanto, um "notbremse" acontece quando um jogador provoca uma falta de maneira proposital, para evitar um gol da equipe adversária. É uma estratégia de risco: não raro o jogador é punido com cartão amarelo e, se houver clara chance de gol, com o vermelho.
Foto: picture alliance/Pressefoto Ulmer/M. Ulmer
"Elfmeter"
Toda equipe vibra quando um juiz marca um "Elfmeter", já que se trata de uma oportunidade clara de balançar as redes. O pênalti tem esse nome em alemão – "onze metros" – devido à distância entre a bola e a linha de fundo na hora da cobrança.
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"Zuckerpass"
É, como em português, o "passe açucarado", aquele que geralmente deixa o companheiro na cara do gol ou em chances claras de balançar as redes.
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"Tor"
Em alemão, "Tor" também quer dizer "portão". No futebol, é aquela palavra que os alemães gritaram sete vezes no dia 8 de julho de 2014 - e que os brasileiros não aguentavam mais ouvir. Já um "Eigentor", literalmente "gol próprio", é um infeliz gol contra.
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"Goldenes Tor"
"Goldenes Tor" ou "gol dourado" é um termo em alemão para definir o único gol marcado numa partida. Isso não deve ser confundido com o "gol de ouro", uma regra antes utilizada no futebol, e não mais permitida pela Fifa, para definir o vencedor na prorrogação de uma partida.