A Procuradoria Federal belga abriu uma investigação neste domingo (07/08) sobre "tentativa de assassinato terrorista" após um ataque contra duas policiais em Charleroi, ao sul na capital Bruxelas.
Neste sábado, um homem armado com um facão feriu as agentes em frente a uma delegacia, depois de gritar as palavras "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe). Uma terceira policial disparou contra o agressor, que morreu no hospital. Uma das vítimas teve graves ferimentos na cabeça.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, afirmou que a decisão foi tomada levando em conta "as declarações do autor no momento do ataque". O alerta por ameaça terrorista será mantido no nível 3, numa escala de 4, mas a polícia irá adotar medidas de segurança reforçadas.
"Mantemos a mente fria e permanecemos em alerta. Enfrentamos uma nova situação nos últimos meses na Europa. E não só é uma situação exclusivamente belga, mas europeia", declarou Michel. "A Polícia local de Charleroi fez o que tinha que fazer e sem dúvida evitou desta forma uma tragédia que poderia ter sido muito pior."
"Não existe risco zero"
Segundo a mídia belga, o agressor era de origem argelina e não tinha passagem pela polícia. O primeiro-ministro ressaltou que o governo acompanha de perto a ameaça terrorista, mas ponderou que o "risco zero não existe". "Não podemos nos limitar a Bruxelas."
A Bélgica está em alerta desde que homens-bomba atacaram o aeroporto internacional de Bruxelas e uma estação de metrô próxima aos prédios da União Europeia na capital, em 22 de março deste ano. Os atentados, que deixaram 32 mortos, foram reivindicados pelo "Estado Islâmico" (EI).
O país lançou seu primeiro ataque contra o EI no Iraque no fim de 2014, como parte dos esforços da coalizão internacional liderada pelos EUA, e neste ano se juntou a uma operação semelhante contra o grupo na Síria.
KG/efe/afp
No dia seguinte aos atentados terroristas de 22 de Março, a capital belga presta homenagens às mais de 30 vítimas, com flores, velas e um minuto de silêncio. Cidades como Paris e Berlim também manifestam solidariedade.
Foto: Getty Images/C. FurlongA Place de la Bourse é um tradicional ponto de encontro de Bruxelas. Esta vista aérea dá uma ideia melhor da multidão reunida para homenagear as vítimas do terrorismo na capital belga.
Foto: Getty Images/AFP/K. TribouillardPessoas observam um minuto de silêncio no largo da Place De La Bourse, a Praça da Bolsa, no centro de Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 22 de março de 2016.
Foto: Getty Images/C. FurlongDiversas autoridades europeias participaram das homenagens na capital belga. Na foto, à frente, aparecem o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o rei Filipe da Bélgica, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a rainha Matilde da Bélgica e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Foto: Reuters/F. LenoirFlores foram depositadas diante da estátua Manneken Pis, uma das principais atrações turísticas da capital belga.
Foto: Reuters/V. KesslerLogo depois dos ataques, as pessoas começaram a se reunir em homenagem às vítimas na capital belga.
Foto: Reuters/C. PlatiauLogo cedo já havia muitas flores e velas neste memorial improvisado diante do antigo prédio da bolsa de valores, na Place de la Bourse.
Foto: picture-alliance/empicsO memorial improvisado na Place de la Bourse foi tomando forma ao longo da noite depois dos atentados terroristas.
Foto: Getty Images/C. FurlongA expressão de solidariedade "Je suis Bruxelles" (eu sou Bruxelas) ganhou força depois dos ataques na capital belga. Trata-se de uma referência à frase "Je suis Charlie", usada após o atentado ao jornal "Charlie Hebdo", em Paris, em 2015.
Foto: Getty Images/C. FurlongEm diversas cidades, monumentos foram iluminados em solidariedade às vítimas dos atentados terroristas em Bruxelas. Em Berlim, o Portão de Brandemburgo exibia as cores da bandeira belga.
Foto: Reuters/F. BenschNa capital francesa, atingida por ataques terroristas há apenas quatro meses, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da Bélgica.
Foto: Reuters/P. Wojazer