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Bélgica prende 12 pessoas em operação antiterrorismo

18 de junho de 2016

Autoridades afirmam que "intervenção imediata" era necessária. Especula-se que eventos em Bruxelas durante partida da seleção do país na Eurocopa, disputada na França, pudessem ser alvo de atentados.

Policial belga
Foto: Reuters/F. Lenoir

A polícia belga fez batidas em dezenas de residências e prendeu 12 suspeitos numa grande operação antiterrorismo na madrugada deste sábado (18/06), em meio a alertas de segurança durante a Eurocopa, disputada na vizinha França. Segundo as autoridades, a possibilidade de um atentado iminente fez uma "intervenção imediata" ser necessária.

"Em conexão com uma investigação criminal envolvendo terrorismo, 40 pessoas foram interrogadas. Doze delas foram presas", disse o Ministério Público Federal em comunicado, acrescentando que um juiz vai decidir sobre a continuidade das prisões.

As batidas foram realizadas em 16 municípios, a maioria deles nos arredores de Bruxelas. Não foram encontrados armamentos ou explosivos, segundo as autoridades.

Festas estavam planejas pelo país para assistir a transmissão ao vivo da partida da seleção belga contra a Irlanda pela Eurocopa, na tarde deste sábado. De acordo com veículos de imprensa, tais eventos em Bruxelas, assim como shopping centers e estações de trem, poderiam ter sido alvo de ataques. Autoridades não confirmaram tal hipótese.

Alerta elevado

Após os atentados ao metrô e ao aeroporto de Bruxelas, que deixaram 32 mortos no último dia 22 de março, a Bélgica mantém o segundo nível mais alto de alerta terrorista. "Ainda não acabou. Continuamos sob o alerta de terrorismo número 3, o que significa que algo ainda está acontecendo", disse o ministro do Interior, Jan Jambon, à rede VRT. "Tivemos uma ação muito bem sucedida na noite passada."

O Ministério Público Federal não estabeleceu uma relação das batidas com os ataques de 22 de março, embora um oitavo suspeito tenha sido preso como parte da investigação dos atentados nesta sexta-feira. O homem belga, identificado como Youssef E.A., trabalhava no aeroporto e foi acusado de "participação nas atividades de um grupo terrorista, assassinatos terroristas e tentativas de assassinatos terroristas".

Também nesta sexta-feira, quatro ministros do país, incluindo Jambon e o premiê, Charles Michel, tiveram sua segurança reforçada devido a ameaças que não foram especificadas.

Na última quarta-feira, a polícia belga foi alertada de que um grupo de combatentes do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) havia deixado a Síria recentemente com destino a Europa, com planos de executar ataques na Bélgica e na França, segundo autoridades.

LPF/ap/rtr

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