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Banco inglês avalia efeitos da saída do Reino Unido da UE

23 de maio de 2015

Instituição confirma que analisa possíveis riscos da saída do Reino Unido do bloco europeu. Informações sobre o estudo, a princípio sigiloso, foram enviadas acidentalmente ao jornal "The Guardian", que revelou a ação.

Foto: Getty Images

Por meio de um comunicado em seu site, o Banco da Inglaterra confirmou na sexta-feira (22/05) que analisa os possíveis riscos da saída do Reino Unido da União Europeia. O estudo, que a princípio deveria ser mantido em segredo, foi citado em um e-mail enviado acidentalmente a um editor do jornal The Guardian, que noticiou sobre a ação.

"Hoje, a informação sobre o trabalho confidencial do banco sobre as potenciais implicações de um referendo nacional sobre a adesão do Reino Unido à União Europeia foi direcionada ao domínio público", afirmou a declaração divulgada na noite de sexta-feira.

Para o banco, não é surpresa que a instituição realize esse tipo de pesquisa sobre uma política governamental. Para a instituição, o estudo dessas questões "é uma das responsabilidades do banco". As avaliações da instituição, porém, podem vir a influenciar bastante o debate público sobre uma possível saída do Reino Unido da UE.

O estudo não é surpreendente, já que o primeiro-ministro, David Cameron, pretende realizar, no mais tardar em 2017, um referendo para decidir se o Reino Unido deve deixar o bloco europeu. Recentemente, foi anunciado que a consulta popular poderia ser realizada já no próximo ano.

Antes disso, Cameron pretende alcançar uma reforma da UE e renegociar acordos com o bloco. Isso lança, naturalmente, uma série de questionamentos "econômicos e financeiros", afirmou o banco. No comunicado, a instituição explicou vai liberar detalhes da pesquisa "no momento oportuno".

Com maioria absoluta, o Partido Conservador, do primeiro-ministro Cameron, venceu as eleições parlamentares em 07 de maio último. De acordo com Cameron, ele próprio defende a permanência na UE, contanto que consiga impor reformas em Bruxelas.

Nesta sexta-feira, Cameron iniciou uma campanha junto aos chefes de Estado do bloco europeu durante cúpula da UE em Riga e deverá se encontrar, na próxima semana, com a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

CA/FC/afp/rt

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