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Lavagem de dinheiro

22 de setembro de 2010

Justiça italiana congela 23 milhões de euros do Banco do Vaticano por suspeita de lavagem de dinheiro. Presidente da instituição afirma que "erro de procedimento" está sendo usado para atacar a Santa Sé.

Vaticano sob suspeita de lavagem de dinheiroFoto: AP

O Banco do Vaticano, conhecido oficialmente como Instituição para as Obras Religiosas (IOR), está sendo investigado sob suspeita de lavagem de dinheiro pela Justiça italiana.

Duas recentes operações financeiras realizadas pelo banco foram consideradas suspeitas pela Justiça: uma transferência de 20 milhões de euros para o instituto de crédito J.P. Morgan, em Frankfurt, e outra de 3 milhões de euros para um banco italiano.

A Promotoria Pública em Roma apreendeu os 23 milhões de euros e abriu inquérito contra o presidente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, e o secretário-geral, Paolo Cipriano. Eles são suspeitos de violar a legislação da União Europeia sobre lavagem de dinheiro.

"Erro de procedimento"

Ettore Gotti Tedeschi, presidente do IOR desde 2009, negou as acusações. “Um erro de procedimento está sendo usado para atacar a instituição, o seu presidente e o Vaticano como um todo”, rebateu Tedeschi em entrevista ao jornal de economia italiano Il Sole 24 Ore nesta quarta-feira (22/09).

Ainda segundo Tedeschi, a operação em questão foi uma transação normal, e se tratou de uma transferência entre uma conta do Banco do Vaticano para uma outra conta. Tedeschi acresceu que nos últimos dez meses a instituição fez adaptações em seus procedimentos internos para adequá-los aos padrões internacionais de transparência.

Apoio do Vaticano

O Vaticano manifestou apoio ao presidente da IOR e disse estar “espantado e admirado” com a investigação da Justiça e da polícia financeira. Ainda segundo o Vaticano, todas as informações necessárias sobre as transações monetárias do banco podem ser vistas no Banca d´Italia (Banco Central italiano).

Este não é o primeiro caso do tipo contra a instituição financeira da Santa Sé. No ano passado, a IOR já ocupou as manchetes de jornais devido à falta de transparência de operações. A imprensa italiana lançou suspeita sobre as relações bancárias entre a IOR e o banco UniCredit.

A Instituição para as Obras Religiosas e responsável pela administração dos fundos do Vaticano e de outras instituições religiosas do mundo todo, como organizações de caridade e ordens religiosas.

NP/dpa/rts/kna
Revisão: Carlos Albuquerque

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