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Banco Mundial: justiça é chave do desenvolvimento

tk / lk24 de agosto de 2002

Somente por meio de uma distribuição mais equilibrada dos direitos e dos bens será possível alcançar o desenvolvimento sustentável, afirma o Banco Mundial em seu mais recente Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial.

Nos próximos 50 anos, a economia mundial poderá quadruplicar-se, e a pobreza, reduzir-se consideravelmente, desde que os governos adotem agora medidas contra a dramática deterioração do meio ambiente e a injustiça social. Esta é a mensagem do Banco Mundial aos participantes da Conferência de Cúpula sobre o Desenvolvimento Sustentável, que se realizará em Johanesburgo de 26 de agosto a 4 de setembro.

Justiça na distribuição dos bens e confiança

Se continuarem imperando os atuais desequilíbrios, será impossível alcançar um desenvolvimento sustentável, afirma Ian Johnson, vice-presidente do Banco Mundial. Ele acentua que seria preciso acabar, em primeiro lugar, com a desigualdade na distribuição das rendas: atualmente, 20% da população mundial concentra 80% da riqueza.

O desequilíbrio na distribuição dos bens e estratégias políticas equivocadas conduziram, nas últimas décadas, à exploração desmedida da natureza e, em conseqüência, a catástrofes ecológicas; ao crescimento da pobreza e à fome; a guerras civis e migrações em grande escala. Daí a importância de se estabelecer confiança entre os seres humanos, o que tem ao mesmo tempo valor social e econômico, visto que sem confiança não se concretizam negócios.

O segundo nível para alcançar o equilíbrio é a administração justa da economia, das condições ambientais e dos fatores sociais. Somente assim será possível construir um mundo justo e seguro para as futuras gerações, ressalta Johnson.

Tarefa coletiva

O relatório do Banco Mundial exorta todos a dar sua contribuição: os países em desenvolvimento, por meio do fomento à democracia, à transparência e à maior participação da sociedade nos processos de decisão; os países ricos, por meio de maior ajuda financeira, do perdão de parte das dívidas das nações mais pobres, da abertura de seus mercados para os produtos desses países, do fornecimento de medicamentos e tecnologias a preços acessíveis.

Johanesburgo propicia a oportunidade de se chegar a acordos a respeito das questões cruciais, ou seja, como estabelecer instituições, criar mercados e definir políticas e visões para alcançar estas metas de forma efetiva e justa.

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