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Barcelona sedia principal evento mundial de tecnologia móvel

27 de fevereiro de 2012

Aguardada com ansiedade pelos aficionados da telefonia móvel, o Mobile World Congress traz as principais tendências para aparelhos smartphones, além de novos aplicativos.

Foto: picture-alliance/dpa

Desta segunda-feira (27/02) até a próxima quinta-feira reúnem-se em Barcelona os principais nomes da indústria da tecnologia móvel no mundo. Não apenas os fabricantes de telefones celulares terão presença garantida no Mobile World Congress, mas também desenvolvedores de softwares, que deverão apresentar seus novos aplicativos para smartphones.

Já as operadoras de telefonia móvel devem se mostrar um tanto quanto cautelosas. Se por um lado elas devem confirmar o investimento de bilhões na melhora das redes, cada vez mais rápidas, por outro, seus negócios têm se mostrado cambaleantes.

Elas conseguem exercer cada vez menos influência sobre serviços usados pelos clientes em seus celulares, pois eles escolhem o que querem baixar das lojas de aplicativos online. Google e Apple faturam bem com esse serviço, e as operadoras se veem reduzidas ao papel de meras transportadoras de dados.

As intensas disputas travadas nos bastidores, porém, pouco interessam aos usuários. "Vamos ver vários smartphones, alguns novos tablets e, claro, diversos novos aplicativos", conta Lutz Labs, redator da revista especializada alemã c't.

A Associação alemã de Empresas de Tecnologia da Informação, Telecomunicação e Novas Mídias (Bitkom) calcula que este ano a venda de smartphones no país deve chegar a 16 milhões de unidades – superando, assim, a de celulares convencionais.

Novos processadores

"Entre os aparelhos high-end [de alta qualidade] vamos ver os primeiros modelos com processadores quad-core, que são bem mais rápidos do que estes que temos atualmente", explica Labs.

Os displays virão maiores, os aparelhos mais finos e, provavelmente, os smartphones apresentarão novas tecnologias. Um exemplo é a tecnologia NFC (Near Field Communication, que permite troca de informações apenas com a aproximação de dois dispositivos eletrônicos compatíveis), com a qual será possível a realização de pagamentos sem toque no aparelho.

Feira reúne 1,4 mil expositores em BarcelonaFoto: picture-alliance/dpa

Os computadores invadem os aparelhos celulares – uma tendência que não tem mais volta e que em breve alcançará os países em desenvolvimento. Com empresas como a ZTE ou a Huawei, fabricantes chineses pressionam o mercado e cobrem o seguimento barato dos smartphones.

Com novos componentes e novos processadores, já é possível produzir smartphones por menos de 100 dólares, e ambas as empresas anunciaram pouco antes da feira em Barcelona bilhões em negócios com produtores de chips como Qualcomm e Broadcom. Isso estabelecerá uma ofensiva que vai permitir a continuidade de uma revolução no mercado de tecnologia móvel.

Novos aplicativos

"Interessantes mesmo serão os novos aplicativos", acredita Lutz Labs, já que a organização sem fins lucrativos Mozilla, responsável pelo navegador gratuito Firefox e pelo programa de e-mails Thunderbird, deverá apresentar sua própria loja virtual para venda de aplicativos. Os programas deverão funcionar não apenas em um único sistema operacional, mas sim em vários.

"Espera-se um sucesso por aí, pois a Mozilla tem um nome muito bom. Com certeza muitos desenvolvedores vão participar", afirma Labs.

Com os novos aplicativos, o uso móvel da internet deve ganhar um grande impulso. O faturamento com serviços de dados móveis na Alemanha deve crescer 10% este ano, chegando a 8,2 bilhões de euros, segundo estimativa da Bitkom. Na telefonia móvel alemã foram transmitidos mais de 100 milhões de gigabytes em 2011 – valor que deve chegar este ano a 170 milhões.

As operadoras de telefonia na Alemanha devem investir algo entre oito e dez bilhões de euros em nova infraestrutura. Os recursos serão aplicados, entre outras áreas, para atender os requisitos da Agência Federal de Redes da Alemanha. Ela exige que as últimas manchas vazias no país, onde ainda não há uso da banda larga, desapareçam.

Autor: Rolf Wenkel (msb)
Revisão: Carlos Albuquerque

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