BASF lucrou € 818 milhões no primeiro trimestre
30 de abril de 2002Depois de uma queda de faturamento e lucro no primeiro trimestre de 2002, o grupo químico alemão BASF dá sinais de recuperação. "As encomendas estão aumentando", disse o diretor-executivo da empresa, Jürgen Strube, nesta terça-feira (30), na 50ª assembléia geral dos acionistas, em Mannheim. Nos três primeiros meses deste ano, todos os segmentos do grupo apresentaram saldos positivos.
A receita total caiu 11,3% para € 8,2 bilhões, mas o lucro líquido no período diminuiu menos que o esperado pelos analistas: 15% para € 818 milhões. O lucro bruto (sem desconto de impostos) foi de € 838 milhões. No quarto trimestre de 2001, a BASF ainda operado no vermelho.
Para o segundo trimestre de 2002, a empresa espera um resultado semelhante ao dos primeiros meses do ano. As ações da BASF na Bolsa de Valores de Frankfurt subiram 4% nesta terça-feira e assumiram a liderança das cotações no índice DAX.
Reestruturação e corte de pessoal
Strube não fez qualquer previsão concreta de crescimento para este ano. No ano passado, a BASF faturou € 32,5 bilhões e obteve um lucro bruto de € 6,7 bilhões. Sem os recursos obtidos com a venda da divisão farmacêutica, o conglomerado teria tido prejuízo.
Strube começa a colher os frutos da reestruturação da BASF, com uma redução de custos de € 250 milhões. As despesas previstas para 2002 são de € 700 milhões. As medidas de contenção de custos também incluíram 942 demissões desde o início do ano. A BASF tem atualmente 91.600 funcionários.
A divisão de petróleo e gás foi a que mais lucrou no primeiro trimestre (€ 280 milhões), resultado que, no entanto, foi 25% inferior ao do mesmo período do ano passado.
O segundo setor mais forte foi o de inseticidas, cujo lucro aumentou 3% para € 230 milhões. Na área de química, tanto o faturamento quanto o saldo operacional melhoraram, principalmente com o aumento da demanda de petroquímicos nos Estados Unidos e na Europa.
O grupo BASF, composto por 114 empresas, atua em 39 nações, incluindo todos os países da América do Sul, à exceção das Guianas e Suriname. No Brasil, tem fábricas e/ou filais na Bahia, Minais Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.