Bataclan vai reabrir com show de Sting um ano após ataque
5 de novembro de 2016
Cantor britânico anuncia apresentação na famosa casa de espetáculos em Paris, alvo de ataque terrorista que matou 90 pessoas em 2015. Reabertura será no dia 12 de novembro, véspera do aniversário de um ano do atentado.
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A casa de shows Bataclan, em Paris, voltará a abrir as portas no próximo dia 12 de novembro, um dia antes de completar um ano o ataque terrorista que deixou 90 mortos no local, anunciou nesta sexta-feira (04/11) o cantor britânico Sting, responsável pelo show de reabertura da casa.
"Ao reabrir o Bataclan temos duas importantes tarefas. Primeiro, recordar e homenagear aqueles que perderam suas vidas no ataque de um ano atrás e, segundo, celebrar a vida e a música representadas por essa histórica casa de shows", disse Sting, em nota divulgada em seu site oficial. "Esperamos respeitar a memória e o espírito daqueles que se foram. Nós não nos esqueceremos deles."
De acordo com o cantor, que é ex-vocalista da banda The Police, os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira, 8 de novembro. A renda arrecadada será doada para as organizações Life For Paris e 13 Novembre: Fraternité Verité, que apoiam vítimas dos ataques na capital francesa.
Jérôme Langlet, presidente da Lagardere Unlimited Live Entertainment, proprietária do Bataclan, disse que o estabelecimento passou por reformas após o atentado, mas grande parte permanece igual. "É o mesmo Bataclan. Optamos por mudar tudo sem alterar nada – mudamos para que não reste nada da noite de terror absoluto, sem alterar a alma e a história do Bataclan", afirmou ele a jornalistas.
Segundo a emissora BFM TV, uma cerimônia em homenagem às vítimas será realizada no dia 13 de novembro, aniversário de um ano do atentado, com a presença de sobreviventes e de integrantes da banda Eagles of Death Metal, que tocava na casa de shows no momento do ataque.
Durante a cerimônia, uma placa será inaugurada em frente ao Bataclan, que permanecerá fechado durante a noite, informou a prefeitura de Paris, citada por agências de notícias internacionais.
A famosa casa de shows parisiense, com capacidade para 1.400 pessoas, conta com 24 concertos programados para os próximos meses, incluindo a banda brasileira Sepultura, em 26 de fevereiro.
O atentado ao Bataclan fez parte de um ataque coordenado em Paris, em 13 de novembro de 2015, que deixou um total de 130 mortos, a maior parte na casa de espetáculos, e mais de 350 feridos.
EK/afp/rtr/ap/efe/ots
Homenagem às vítimas de Paris
Duas semanas após os atentados que deixaram 130 mortos na capital francesa, governo organiza um dia nacional de homenagens às vítimas. Bandeiras, flores e velas foram espalhadas pela cidade.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Dia nacional de homenagem
Bandeiras francesas penduradas nas janelas de um edifício próximo do Palácio dos Inválidos, em Paris. O presidente François Hollande apelou a todos os cidadãos que estampassem a bandeira tricolor em suas janelas nesta sexta-feira (27/11) para prestar homenagem às vítimas dos ataques terroristas de 13 de novembro de 2015.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Palácio dos Inválidos
Duas semanas após os ataques em Paris, o Hôtel National des Invalides (Palácio dos Inválidos) foi palco da cerimônia oficial em homenagem às vítimas. A construção foi ordenada por Luís 14 em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje é sede de museus e túmulo de personalidades ilustres como Napoleão Bonaparte e Sébastien Vauban.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Marselhesa
A homenagem começou com a chegada do presidente francês, François Hollande, enquanto a Guarda Republicana entoava a Marselhesa, o hino nacional francês. Após os ataques de 13 de novembro, a Marselhesa foi cantada por cidadãos de toda a Europa, como hino de resistência contra a ameaça do terrorismo.
Foto: Getty Images/AFP/P. Wojazer
Políticos
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ao lado de Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês entre 2007 e 2012 e líder do partido Os Republicanos. Sarkozy perdeu a última eleição para o socialista François Hollande e, ao que tudo indica, pretende disputar novamente as eleições presidenciais em 2017.
Foto: Reuters/C. Platiau
Frente Nacional
Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional (FN), também esteve presente na cerimônia. Ela, que também será candidata à presidência em 2017, foi a primeira dos líderes populistas e de extrema direita da Europa a pedir o "fim imediato de toda a admissão de imigrantes na França".
Foto: Reuters/C. Platiau
Promessa solene
Em discurso durante a cerimônia, François Hollande disse que aqueles que realizaram os ataques em Paris atuam em nome de uma "causa insana e traem o seu Deus". Hollande fez ainda a "promessa solene" de destruir o grupo "Estado Islâmico", autor dos ataques, descrevendo-o como um "exército de fanáticos".
Foto: Reuters/P. Wojazer
Feridos presentes
Mais de 2 mil pessoas acompanharam a cerimônia no Palácio dos Inválidos. Entre os convidados havia algumas das 350 pessoas que foram feridas nos ataques, parte delas em cadeiras de rodas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Flores no Bataclan
Flores e bandeiras foram colocadas na frente da casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas por terroristas. Homenagens também foram prestadas nos outros locais dos ataques: o restaurante Le Petit Cambodge, o bar Le Carrilon, a pizzaria Casa Nostra e o bar Belle Equipe.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Bandeira de roupas
Camisetas e casacos nas cores da bandeira francesa enfeitam uma sacada em em Paris. Com o estado de emergência declarado no país, não foram permitidas grandes manifestações de repúdio aos atentados, como aconteceu após os ataques de janeiro. Aos franceses foi pedido que se solidarizassem de suas próprias casas.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Memorial improvisado
Franceses se reúnem em frente a um memorial improvisado na Place de la Republique.
Foto: Getty Images/AFP/T. Samson
Patriotismo
Homem segura bandeiras francesas perto da estátua na Place de la Republique.