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Talento argentino no Bayern

Daniel Martinez (as)7 de março de 2007

O clube bávaro anunciou seu terceiro reforço para a próxima temporada: José Ernesto Sosa, revelação do Estudiantes de la Plata e jogador da seleção argentina. DW-WORLD conversou com o craque sobre o seu novo time.

Sosa, com a camisa do Estudiantes de la Plata: craque vem para a Alemanha em junhoFoto: AP

O Bayern de Munique contratou o meia argentino José Ernesto Sosa, 21 anos, revelado pelo Estudiantes de la Plata e que também atua pela seleção argentina. Sosa virá para ocupar o lugar de Michael Ballack e defenderá o Bayern a partir de junho. Ele assinou contrato de quatro anos e deverá receber cerca de 1 milhão de euros anuais.

O argentino é o terceiro reforço de peso dos bávaros para a próxima temporada, depois das já anunciadas contratações de Jan Schlaudraff (Alemannia Aachen) e Hamit Altintop (Schalke). À DW-WORLD, Sosa falou sobre o seu novo clube e as comparações com Ballack.

DW-WORLD: Sosa, com você, a corte estará completa em Munique.

José Ernesto Sosa: Como assim?

O Bayern de Munique já tem um imperador, Franz Beckenbauer, e um príncipe, Lukas Podolski. Agora terá também um pequeno príncipe.

Não sabia. Bem, então, a corte estará completa.

A propósito: de onde vem o apelido "Pequeno Príncipe"?

Quando tinha 15 anos e comecei a treinar nas divisões inferiores do Estudiantes de la Plata, o diretor técnico e vários companheiros compartilhavam a opinião de que a minha forma de jogar era parecida com a de uma lenda do futebol uruguaio, Enzo Francescoli. Como ele era o príncipe, eu apenas poderia ser o pequeno príncipe. Acho o apelido divertido e me acostumei com ele.

Você se informou sobre o que esperam de você no Bayern de Munique?

Não, mas nos próximos dias vou me informar a fundo sobre o tudo o que estiver relacionado ao Bayern e à Bundesliga e também vou ler tudo o que cair nas minhas mãos sobre a Alemanha e Munique, que me disseram ser uma cidade muito bonita.

Mas você conhece o Bayern?

José Ernesto Sosa: elogios ao Bayern e a Michael BallackFoto: picture-alliance/dpa

Claro, quem não conhece o Bayern? É um dos clubes mais importantes do mundo, com uma excelente equipe, a qual é sempre um dos destinos favoritos dos grandes jogadores. Eu acompanhei a primeira partida [da Liga dos Campeões] contra o Real Madrid pela televisão, foi excelente.

Gostou do jogo?

O que vi me deixou uma impressão muito boa, não é fácil obter um bom resultado no Santiago Bernabeu contra o Real Madrid, e o fato de o Bayern ter conseguido marcar é uma prova de sua categoria.

Isso apesar da equipe ter sofrido durante toda a temporada com a ausência de Michael Ballack, que você terá que substituir.

Ballack é um jogador excepcional e isso é comprovado pelo vazio que ele deixou na equipe. Mas eu sou Ernesto Sosa, um outro jogador, com um estilo diferente. Também não gosto de comparações. Vou colocar a serviço do clube o melhor de mim, a minha forma de praticar futebol, a minha vontade de jogar para frente, a minha disciplina.

Quem sabe também um pouco da magia e da arte do futebol latino-americano?

Quem sabe… mas eu ainda sou jovem, tenho muitas coisas pela frente, muitas coisas para aprender e quero fazê-lo. Vou dar o melhor de mim.

Você já teve a oportunidade de conversar com Martín Demicheles, seu compatriota no Bayern de Munique?

Não, eu não o conheço pessoalmente, mas por sorte temos um amigo em comum e, por intermédio dele, me comunicou que posso contar com a sua ajuda para qualquer coisa que venha a necessitar e que estará disposto a colaborar em tudo o que for necessário. Foi um gesto bonito do Martín e vou pedir a sua ajuda quando chegar o momento.

E uma vez em Munique, talvez preparar um bom assado com ele.

Seria estupendo. Ou uma pizza caseira, que é o meu prato favorito.

Do que mais você gosta?

O que mais me diverte e me relaxa é me unir com a minha família e com os meus amigos, eu venho do interior da Argentina e vejo muito pouco as pessoas de que gosto. Por isso, o tempo que posso passar ao lado delas é muito valioso. Também gosto muito da música da minha terra natal, a cúmbia de Santa Fé, que danço com prazer sempre que posso. Infelizmente, não com a freqüência que eu gostaria.

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