Durante a era Hitzfeld, o Bayern de Munique conquistou quatro títulos nacionais, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes em 2001, e duas vezes a Copa Alemanha (DFB-Pokal).

Na terça-feira (18/05), o clube demitiu o técnico de uma forma que ele não merecia. Todo o país já vinha acompanhando rumores neste sentido há semanas, mas o clube nunca deixou transparecer sua linha. O goleiro e capitão Oliver Kahn criticou o comportamento da diretoria: "Acho que teria sido mais inteligente se tivessem esclarecido as coisas com rapidez."

A despedida de um gentleman

O assunto foi conversado durante um jantar na casa de Uli Hoeness, gerente do Bayern, na segunda-feira à noite. "Nós conversamos numa atmosfera leve e tranqüila, com a boa cozinha da Baviera", confirmou Hoeness mais tarde. "Expliquei tudo ao Ottmar e ele aceitou a decisão", concluiu.

Pois é, Hitzfeld aceitou, mas por outro lado ele não tinha outra opção. Finalmente, chegaram a um acordo de indenização, cujo mínimo, especula-se, beira os 4,5 milhões de euros. Seu sucessor em Munique será Felix Magath, atual técnico do Stuttgart.Mas, como Ottmar Hitzfeld é conhecido não só na Alemanha, o dinheiro não tem grande importância.

Ele deixou um pouco de sua dignidade no banco do Bayern. Ela foi tirada de uma das pessoas mais íntegras nos negócios futebolísticos alemães. Pelo próprio clube. "Ele não merece de forma nenhuma o que está rolando aqui", criticou Kahn.

Mas a vida é assim mesmo. O contrato de Hitzfeld no Bayern será encerrado no dia 30 de junho próximo, um ano antes do término oficial.