Bayern vai às quartas, Bayer se despede
10 de março de 2005Eles conseguiram: pela primeira vez desde 2002, o Bayern de Munique chegou às quartas-de-final da Liga dos Campeões. O time do sul da Alemanha pôde até se dar ao luxo de perder a segunda partida contra o Arsenal e, mesmo assim, garantir uma vaga entre os oito melhores, por ter encerrado o jogo de ida com um placar de 3 a 1.
O estádio Highbury Park, em Londres, estava lotado: 35.463 torcedores assistiram à vitória do time local por 1 a 0. Quem marcou foi o francês Thierry Henry aos 21 minutos do segundo tempo, aproveitando uma falha do brasileiro Lúcio. A única grande chance do Bayern foi um chute de Michael Ballack, que o goleiro do Arsenal, o alemão Jens Lehmann, não teve problemas em defender.
Mas, para os jogadores do Bayern, a derrota não foi uma derrota. "Nos últimos dois anos, fomos desclassificados já nas oitavas-de-final. Agora conseguimos chegar às quartas e esse era nosso grande objetivo", conta Ballack. "Ainda estamos em três campeonatos e isso nos estimula muito". Na Bundesliga, o Bayern divide a ponta da tabela com o Schalke.
"Há uma ótima atmosfera entre nós", conta Sebastian Deisler. "A cada dia que passa, aumenta a sensação de que podemos vencer qualquer equipe na Europa." O clube ainda não sabe quem o espera no campo – o próximo adversário será definido por sorteio.
Liverpool se vingou do Leverkusen
Mas o Bayern é o único time alemão que ainda tem chances na Liga dos Campeões. O Werder Bremen e o Bayer Leverkusen se despediram nestas oitavas-de-final. O Werder saiu da corrida após ser derrotado pelo Olympique Lyon por 7 a 2 no jogo de volta, na noite de terça-feira.
Para o Leverkusen, o jogo na BayArena já estava praticamente definido antes mesmo do final do primeiro tempo. O espanhol Luis Garcia marcou logo dois para o Liverpool aos 28 e aos 32 minutos de jogo. O 3 a 0 veio aos 22 minutos do segundo tempo, com um gol do tcheco Milan Baros.
O gol de Jacek Krzynowek a dois minutos do término do tempo oficial só diminuiu a decepção do Bayer Leverkusen. Para o Liverpool, que já havia garantido um 3 a 1 no duelo de ida, essa foi a revanche ideal para a temporada de 2002 da Liga dos Campeões, quando o Leverkusen obrigou o time a fazer as malas.
Falta de jogadores foi decisiva
"Quem perde por 3 a 1 tem poucos argumentos", lamentou o técnico Klaus Augenthaler. "Tínhamos tantas esperanças, mas, de repente, veio uma grande incerteza. Teríamos tido uma chance, se tivéssemos acertado o primeiro gol."
O fator decisivo para o mau desempenho do Bayer foram, sem dúvida, os desfalques no plantel. O time teve de ir a campo sem seus dois zagueiros titulares, Juan e Roque Júnior, e sem o meia brasileiro Robson Ponte, impedido por um cartão amarelo.