BCE prorroga programa de estímulo até dezembro de 2017
8 de dezembro de 2016
Volume mensal de aquisições, no entanto, será reduzido para 60 bilhões de euros a partir de abril. Programa faz parte do esforço do BCE para reativar a atividade econômica e combater a ameaça de deflação.
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O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (08/12) que vai ampliar seu programa de compra de títulos de dívida pública e corporativa até dezembro de 2017, nove meses além do inicialmente previsto. O volume mensal de aquisições, no entanto, será reduzido de 80 bilhões para 60 bilhões de euros a partir de abril.
O programa faz parte do esforço do BCE para reativar a atividade econômica na zona do euro e combater a ameaça de deflação. A meta do BCE é manter a inflação na zona do euro em torno de 2% ao ano. Em novembro, ela foi de 0,6%, muito abaixo do esperado.
A decisão de reduzir o valor das compras foi recebida com surpresa, já que os investidores esperavam uma ampliação de apenas seis meses e contavam com a manutenção do valor de 80 bilhões de euros.
Com a medida, o BCE injetará mais 579 bilhões de euros na economia do bloco, além do esforço já existente de 1,74 trilhão de euros. O BCE acrescentou que poderá aumentar o volume mensal de aquisições caso necessário e que não há um prazo final do programa.
IP/ap/efe/dpa
As etapas da produção do euro
Em 2017, entram em circulação as novas notas de 50 euros, mais difíceis de falsificar. As cédulas passam por um longo e complicado processo, envolvendo avançada tecnologia, antes de serem distribuídas.
Foto: Giesecke & Devrient
Dinheiro de algodão
O algodão é o material básico das notas. É mais durável do que o papel convencional e mais resistente, caso as cédulas caiam, por acidente, na lavadora de roupas. Na produção do papel das cédulas, são usadas fibras curtas, rejeitadas na indústria têxtil.
Foto: tobias kromke/Fotolia
Mistura secreta
O algodão passa por um processo de branqueamento, é lavado e transformado em uma massa de papel. A composição exata da pasta é mantida em segredo. Esta máquina processa a massa, transformando-a em tiras longas de papel. Elas, então, recebem algumas das muitas características de segurança das notas, como marcas d'água e fios de segurança.
Foto: Giesecke & Devrient
Itens de segurança
As notas de euro contêm mais de dez itens de segurança, para dificultar a vida dos falsificadores. Uma delas são aplicações de filmes especiais, como as realizadas na gráfica privada alemã Giesecke & Devrient.
Foto: Giesecke & Devrient
O artista por trás na nota
Reinhold Gerstetter é responsável pelo desenho das notas de euro. O designer gráfico alemão já desenhava os rostos impressos nas últimas notas de marco alemão. As cédulas de euro trazem, em cada valor, a representação de uma época europeia. A de cinco euros mostra um arco da antiguidade; as outras, imagens representando os períodos romântico, gótico, renascentista, barroco e a era industrial.
Foto: Getty Images/AFP
Um número para cada nota
Outra etapa importante é a da numeração. Cada cédula recebe um número único. Este permite com que seja determinado exatamente o lugar da impressão. Mais de uma dezena de gráficas de alta segurança produzem as notas na Europa.
Foto: Giesecke & Devrient
Concorrência reduz custos
Antes, os Estados automaticamente empregavam sua gráfica estatal. Atualmente, o Bundesbank, o banco central da Alemanha, promove licitações entre empresas de toda a Europa. Isso garante menores custos. No ano passado, a gráfica privada alemã Giesecke & Devrient, sediada em Munique, dispensou 700 funcionários. Ela produz a custos menores em suas filiais em Leipzig e na Malásia.
Foto: Giesecke & Devrient
O custo de uma nota de 500
Empacotados, os maços de notas são enviados aos bancos centrais. Os custos de produção variam entre 7 e 16 centavos de euro – quanto maior o valor nominal, maior é o custo da produção da cédula, pois as notas são maiores e recebem recursos adicionais de segurança.
Foto: Giesecke & Devrient
Recorde de cédulas falsas
Apesar do complexo processo de impressão, criminosos ainda conseguem colocar anualmente centenas de milhares de notas falsas em circulação. Desde a introdução da moeda única europeia, em 2002, nunca tantas falsificações foram encontradas como no ano passado. O Banco Central Europeu contabilizou quase 900 mil cédulas falsas em todo o mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe
Nova série não terá a de 500
As novas notas de euro devem ser à prova de falsificações. A série começou em 2013, com a nota de cinco euros; em 2014 veio a de 10 e, em 2015, a de 20 euros. A de 50 euros deve entrar em circulação na primavera europeia de 2017. As novas de 100 e 200 devem ser lançadas com um ano de intervalo entre si. Uma nova nota de 500 euros, inicialmente prevista para 2019, provavelmente não será produzida.