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Matéria-prima

15 de julho de 2010

O aumento crescente do controle chinês sobre reservas de matérias-primas na América Latina e na África poderá criar enormes problemas para a indústria alemã, adverte diretor executivo da Confederação da Indústria Alemã.

Chineses investem em campos de gás no IrãFoto: AP / DW-Fotomontage

"Os chineses estão se convertendo cada vez mais em donos das matérias-primas do mundo", advertiu Werner Schnappauf, diretor executivo da Confederação da Indústria Alemã (BDI), em entrevista à agência alemã de notícias DPA.

"Com seu fundo estatal, a China está comprando minas em países como o Peru e o Congo, o que algum dia poderá vir a ameaçar a disponibilidade de matérias-primas para a indústria alemã", assinalou Schnappauf. Ele também expressou sua preocupação com a exploração, pelos chineses, de bauxita na Guiné e de cobre no Congo.

Werner SchnappaufFoto: dpa

Para Schnappauf, o problema do acesso aos recursos naturais deve ser discutido não só diretamente com a China, mas também no âmbito do G8, do G20 e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Domínio de matérias-primas raras

Fazendo uma clara alusão à China, Schnappauf disse que "quem pretende se beneficiar do livre comércio mundial também deve garantir o livre acesso às matérias-primas".

"Se não fizermos nada, a China terminará por decidir quem pode produzir certas mercadorias", alertou. O diretor-executivo da Confederação da Indústria Alemã teme que a situação possa tornar-se especialmente crítica no que se refere a matérias-primas valiosas, como o cobalto, o cobre, ou o lítio, empregado na fabricação de telefones celulares e em baterias para automóveis elétricos.

Na busca de uma solução ao problema, Schnappauf sugere mais investimentos alemães no oeste da China. "Isso poderia servir de alavanca, pois eles têm interesses concretos nesse sentido".

RW/dpa

Revisão: Simone Lopes

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