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Beethovenhaus de Bonn reúne o maior acervo sobre o músico

30 de agosto de 2008

Santo de casa não faz milagre. Em 1889, uma sociedade particular adquiriu a casa onde nascera Beethoven: o interesse da prefeitura de Bonn era nulo. Hoje, a casa abriga a maior coleção de objetos ligados ao compositor.

Jardim da casa onde o músico nasceu em Bonn
Jardim da casa onde o músico nasceu em BonnFoto: DW

À primeira vista, ninguém dá grande coisa pela casa de número 20 na Bonngasse. Porém, a fila de visitantes diante da sua entrada chama inevitavelmente a atenção. Trata-se de uma das poucas residências burguesas do século 18 preservadas na cidade, sua fachada barroca de pedra foi erigida sobre um porão abobadado do século 12 ou 13.

Em uma de suas minúsculas câmaras, no dia 17 de dezembro de 1770, veio à luz Ludwig van Beethoven. Em 1889, investidores reuniram-se numa sociedade privada, a fim de adquirir a propriedade e mantê-la como memorial ao compositor. Embora já na época a posição de Beethoven como gênio musical fosse indiscutível, a prefeitura de Bonn não demonstrara interesse em preservar esse patrimônio. Mais uma prova de que "santo de casa não faz milagre".

O último piano

O famoso 'hammerklavier' GrafFoto: picture-alliance/akg-images

Hoje, a pequena casa no centro da cidade renana abriga a maior coleção de peças ligadas à vida de Beethoven. A cada ano, milhares de melômanos de todo o mundo acorrem ao museu para admirar essas relíquias. O ex-diretor da Beethovenhaus, Michael Ladenburger, exibe com orgulho o último instrumento do "Titã da Música":

"É um assim chamado hammerflügel, que Beethoven, um ano e meio antes de sua morte, recebeu de Konrad Graf, na época o melhor construtor de pianos de Viena. Este instrumento é mantido na Casa de Beethoven desde 1889."

Ao ser comprado pela Sociedade Beethoven, parte do imóvel ainda se encontrava no mesmo estado como havia sido deixado na segunda metade do século 18. Para que se pudesse dispor das amplas salas apropriadas a um museu, a planta baixa da residência teve que ser alterada. Naturalmente foi mantido o chão de tábuas corridas – com rangidos e tudo –, assim como as vigas de madeira e sancas ornamentais do teto original.

Beethoven takeaway

O Museu Beethoven foi solenemente inaugurado em 10 de maio de 1893, como parte do 2º Festival de Música de Câmara de Bonn. Pouco após a fundação, sua direção reuniu meios suficientes para adquirir peças célebres como o último instrumento do mestre, ou os manuscritos da sonata Ao luar e da sexta sinfonia, Pastoral.

Retratos do compositorFoto: DW/Mouchtar

Seu acervo é complementado com numerosas cartas, quadros, bustos, móveis, moedas e medalhas e outros objetos do dia-a-dia de Beethoven. Porém o trabalho de colecionar, avaliar, manter e exibir as valiosas peças é contínuo. O museu iniciou recentemente uma grande ação para angariar fundos com o fim de adquirir o último grande manuscrito beethoveniano em mãos de um colecionador particular: o autógrafo das monumentais 32 variações sobre um tema de Diabelli.

Uma fonte de renda certa é a lojinha do museu, que sacia a sede de suvenires típica dos turistas: de excelentes CDs de música (em especial a "edição da casa"), pôsteres e cartões postais a canetas, miniaturas e camisetas. Em cada objeto, um pouco da aura do compositor para se levar para casa, genialidade takeaway. Onde acaba a arte e começa o kitsch? Cada um que decida por si, responde, diplomática, a vendedora da Beethovenhaus. DW (pk/av)

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