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Thomas de Maizière

2 de março de 2011

Após renúncia do ex-ministro alemão da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, por acusações de plágio em sua tese de doutorado, governo em Berlim anuncia como seu sucessor Thomas de Maizière, atual ministro do Interior.

Thomas de Maizière em coletiva de imprensaFoto: picture-alliance/dpa

A coalizão de governo em Berlim, composta por democrata-cristãos, social-cristãos e liberais, não perdeu tempo em escolher o sucessor do ministro alemão da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, que renunciou na terça-feira.

Nesta quarta-feira (02/03), a premiê Angela Merkel anunciou em Berlim que Thomas de Maizière, atual ministro do Interior e democrata-cristão como a chefe de governo, irá suceder a Guttenberg na pasta da Defesa.

O novo ministro alemão do Interior será o deputado social-cristão Hans-Peter Friedrich, líder da bancada de seu partido no Parlamento alemão. A União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU), partidos que formam a união conservadora na coalizão governamental de Berlim, disputavam as duas pastas.

Segundo o presidente da CSU, governador da Baviera Horst Seehofer, as negociações para a definição do novo ministro transcorreram sem interrupções. A decisão foi possível após a CSU ter desistido da pasta da Defesa, um dos ministérios que o partido detinha em Berlim. No total, cabem três ministérios aos social-cristãos.

Muito a fazer

Nos 16 meses que esteve à frente da pasta da Defesa em Berlim, o social-cristão Karl-Theodor zu Guttenberg iniciou uma série de mudanças. Ele conseguiu impor a suspensão do serviço militar obrigatório, deu início a uma profunda reforma nas Forças Armadas alemãs (Bundeswehr) e foi o primeiro chefe da pasta a declarar abertamente que os soldados alemães no Afeganistão se encontram em uma guerra.

Por outro lado, o sucessor político social-cristão recebe uma série de projetos em andamento, que lhe caberá concluir. As mudanças na Bundeswehr, por exemplo, ainda não passam de um arcabouço de reforma. A suspensão do serviço militar, embora seja dada como certa, encontra-se ainda em trâmite parlamentar. Os próximos passos – a reestruturação do ministério e do quadro de lideranças – ainda estão por vir.

Pontos sensíveis

Politicamente, o ponto mais sensível da reforma é o fechamento de quartéis da Bundeswehr, que deverá se iniciar em meados deste ano. O Ministério alemão da Defesa pretendia economizar 8,3 bilhões de euros até 2014. Há poucos dias, o ministro das Finanças Wolfgang Schäuble estendeu o prazo em mais um ano. Os liberais, todavia, são contra essa decisão. Em meados de março, o gabinete de governo em Berlim deverá tomar uma posição final.

A missão alemã no Afeganistão é outro importante campo de ação do ministério da Defesa. A missão se encontra em fase decisiva. Ainda neste mês, as primeiras províncias deverão ser transferidas para a responsabilidade de forças afegãs de segurança.

A região pela qual a Bundeswehr é hoje responsável deverá estar entre essas províncias. Além disso, a partir do final do ano, as Forças Armadas alemãs darão início à retirada de suas tropas do país.

CA/dpa/rtr/ap
Revisão: Augusto Valente

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