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Berlim aprova participação de soldados em missão contra o EI

14 de setembro de 2016

Gabinete do governo alemão encaminha ao Parlamento proposta de envolvimento do país em operação da Otan. Objetivo é combater o contrabando de armas promovido pelo "Estado Islâmico" no Mediterrâneo.

Soldado alemão no Mediterrâneo
Foto: picture-alliance/dpa/G. Breloer

O gabinete do governo da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, aprovou nesta quarta-feira (14/09) a participação de até 650 soldados da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) numa nova missão da Otan no Mar Mediterrâneo. O objetivo é combater o tráfico de armas promovido pela organização extremista "Estado Islâmico" (EI) na região.

A chamada operação Sea Guardian (Guardião do Mar), criada pelos países-membros da Otan em julho, visa monitorar a região e ampliar o conhecimento sobre a situação no Mediterrâneo. Os soldados poderão realizar verificações em embarcações – com o consentimento do país de origem das mesmas – suspeitas de associação a grupos terroristas, além de combater o tráfico de pessoas.

A decisão de Berlim é parte da recente reorientação da política militar do país, que visa aumentar o papel de suas forças na Europa e na Otan. A ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, pretende melhorar os equipamentos e aumentar o efetivo da Bundeswehr após anos de reduções.

O gabinete do governo encaminhou a decisão ao Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) para aprovação. Em carta aos líderes partidários no Parlamento, a ministra da Defesa, juntamente com o ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, afirma que há um "potencial perigoso para atividades ilegais como o tráfico de armas e pessoas" no Mediterrâneo, possibilitado pela falta de controle governamental em países como a Líbia.

Se aprovado pelo Bundestag, o envolvimento do país na operação será iniciado em outubro deste ano e durar até o fim de 2017. O custo da missão deverá ser de 2,6 milhões de euros neste ano e 10,5 milhões de euros no ano que vem.

Segundo o Ministério da Defesa alemão, devem ser empregados na operação apenas navios alemães que já foram deslocados para outras ações no Mediterrâneo. Embarcações alemãs também participam da operação Sophia, da União Europeia (UE), que visa combater o contrabando de armas e o tráfico de pessoas na costa da Líbia.

RC/rtr/afp

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