Segundo instituição alemã, demora em conseguir autorização de Teerã para saída das obras impossibilitou realização de mostra. Obras contemporâneas ocidentais apareceriam lado a lado com peças de artistas iranianos.
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Uma exposição de arte em Berlim, programada para ser uma sensação cultural, foi cancelada por as autoridades do Irã não terem liberado a tempo as obras para saírem do país. A Fundação Patrimônio Cultural Prussiano (SPK, na sigla em alemão) informou nesta terça-feira (27/12) que a exibição A Coleção Teerã – Museu de Arte Contemporânea de Teerã em Berlim, agendada para abrir neste mês, não vai mais ocorrer.
A fundação alemã, que administra os museus públicos de Berlim, rescindiu o contrato para a exposição, firmado com o Museu de Arte Contemporânea de Teerã, pois não "poderia aceitar mais atrasos" no calendário de exibições da instituição. Segundo o presidente da SPK, Hermann Parzinger, Teerã ainda não havia liberado as obras para saírem do país, embora a primeira data para abertura da exposição fosse no início deste mês.
Originalmente, o evento deveria ser aberto no dia 4 de dezembro. A SPK decidiu cancelar a mostra após perceber que também não seria possível uma inauguração em janeiro. A exposição exibiria cerca de 60 peças obras do acervo do museu iraniano, de artistas contemporâneas americanos e europeus como Jackson Pollock, Mark Rothko e Francis Bacon, juntamente com trabalhos de artistas iranianos.
O acervo do museu Museu de Arte Contemporânea de Teerã é tido como um dos maiores fora dos EUA e da Europa. A instituição possui também peças importantes de Claude Monet, Wassily Kandinsky, Pablo Picasso e Andy Warhol. Principal atração do projeto seria a coleção da viúva do último xá do Irã, Farah Diba Pahlavi, grande parte de cujas obras desaparecera nos depósitos do museu após a Revolução Iraniana de 1979.
MD/afp/epd
A arte e o conceito de beleza
Exposição em Homburg, no oeste da Alemanha, reúne obras de 18 artistas, entre eles, a brasileira Adriana Woll. Mostra tematiza diferentes formas de beleza, das artes plásticas ao corpo feminino.
Foto: Christel Haag
O ideal de beleza
O trabalho de Nika Kleiman, da Rússia, é um dos destaques da mostra "Schönheit" (Beleza), em cartaz na galeria m beck na cidade alemã de Homburg. Kleiman foca nos ideais de beleza da sociedade, coloca em pauta a beleza natural do corpo feminino e a mudança dos padrões de beleza ao longo dos séculos.
Foto: N. Kleiman
O relevo da esponja
O artista alemão Michael Köllner escolheu representar a beleza por meio da esponja, “que desaparece na natureza como se não tivesse uma função importante”. Ele procura focar na metamorfose das esponjas, que fora do habitat natural, mostram a sua beleza filtrando luz, e não água.
Foto: Michael Köllner
O planeta azul
A intenção do fotógrafo alemão Claus Friedrich Rudolph é desafiar o espectador a criar conexões entre os protagonistas, perceber o visível como invisível e, após isso, recriar um novo título para a obra e dar um novo sentido à fotografia.
Foto: Claus Friedrich Rudolph
31 mamilos
A instalação da brasileira Adriana Woll provoca a discussão sobre algo que ainda é um tabu em muitos países: os seios. Para a artista, é a parte mais feminina do corpo da mulher e pode ter um sentido erótico, maternal, ou até político.
Foto: A. Woll
Meu primeiro silicone
Esse é o título da obra da artista brasileira Adriana Woll. Seja pequeno ou grande, os seios estão muito ligados a como a mulher vê o próprio corpo. Para atingir um ideal de beleza imposto pela sociedade, muitas mulheres recorrem à cirurgia plástica.
Foto: A. Woll
A arte tem que ser bonita?
“Com certeza não, mas também não faz mal que seja”, afirma a alemã Petra Heck. A intenção da artista com a obra “Los lassen” é passar uma energia positiva para o espectador usando cores vibrantes de forma harmoniosa.
Foto: Petra Heck
A beleza indiscutível de Paris
Com “Rue Le Verrier“, o artista austríaco Alf Lengauer quer chamar a atenção para a beleza da música e de Paris. Para o pintor, beleza é algo que se encontra todo dia e é muito diversificada.
Foto: Alf Lengauer
A rotação da natureza
“Qual forma e cor são bonitas na minha visão?”, essa foi a pergunta do pintor Michael Frangen ao se preparar para a exposição. Para ele, em cada momento a beleza tem uma forma subjetiva diferente.
Foto: Michael Frangen
Beleza é tranquilidade
A alemã Natalja Crowell foca no trabalho em aquarela e busca que as pinturas transpassem a sensação de calma interior da artista para o espectador.
Foto: N. Crowell
As fantasias
Para explicar o que entende como beleza, a artista espanhola Diana Gier cita Oscar Wilde: “A beleza é o símbolo dos símbolos. A beleza a tudo revela, porque a nada exprime.”
Foto: Diana Gier
Beleza à primeira vista
Jacklyn Gratzfeld, americana radicada na Alemanha, trabalha basicamente com pintura a óleo. Para ela, em um primeiro momento, são os olhos que decidem o que é belo. E com o tempo, esse algo pode se tornar mais ou menos belo.
Foto: Jacklyn Gratzfeld
A beleza adormecida
A pintora Renate Hoyer escolheu fazer um perfil para retratar a beleza que, para ela, tem várias facetas e está ligada a um amor profundo, uma parceria harmoniosa, uma amizade compreensiva ou um bom livro.
Foto: Renate Hoyer
A beleza de um oásis
A artista suíça Sandra Dürr apresenta uma arte intuitiva que, para ela, deve “realçar a beleza com sensibilidade”.
Foto: Sandra Dürr
Flores brilhantes
A artista alemã Claudia Birkheuer interpreta o resultado do quadro como "uma obra de Deus". Este ano, a artista foi uma das nomeadas para o prêmio “Palm Art Award 2016”.
Foto: Claudia Birkheuer
Olho no abstrato
A americana Dawn Poli expressou o significado de beleza inspirando-se nas inúmeras viagens que fez com a a família. O objetivo dela é transformar em arte as experiências que teve em cada país.
Foto: Christel Haag
Vida preciosa
Para Christel Haag, a beleza e o planeta Terra são coisas inseparáveis. Em sua pintura, ela mostra o fascínio da diversidade de luzes em determinados dias e estações do ano. A mostra "Schönheit" fica em cartaz em Homburg até o dia 28 de junho de 2016.