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Berlim e Pequim assinam onze acordos

ef1 de dezembro de 2003

Alemanha e China intensificam suas relações econômicas assinando onze acordos de uma só vez, em Pequim. Chefe de governo alemão, Schröder, quer também a suspensão do embargo de armas contra a China.

Schröder com um tradicional dragão chinês em PequimFoto: AP

A delegação que acompanha o chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, em sua visita de cinco dias à China evidencia o interesse dos alemães na potência econômica asiática: 40 dirigentes empresariais, o ministro dos Transportes, Manfred Stolpe, e sua colega da Justiça, Brigitte Zypries. A renovação do acordo de fomento e proteção de investimentos nos dois países, assinado em Pequim nesta segunda-feira, é de importância vital, uma vez que mais de 660 empresas alemãs estão engajadas na China.

O regime comunista chinês deu uma mostra de abertura de sua economia com a criação da primeira joint venture com maioria estrangeira: a empresa alemã de turismo TUI e sua parceira China Travel Service, uma das três maiores do ramo no país, inauguraram sua representação em Pequim, na presença do chefe de governo alemão. Depois da pneumonia asiática SARS, a nova empresa binacional planeja levar 100 mil turistas alemães à China nos próximos três anos.

Trem Transrapid em XangaiFoto: AP

Trem-bala

e comércio - O presidente da Siemens, Henrich von Pierer, dá por certa a construção de mais um trecho do trem-bala Transrapid na China, depois de comprovado o sucesso do primeiro trem de suspensão e tração magnética, em nível mundial, que leva ao aeroporto de Xangai. Concluída sua fase de testes, ele entrará em funcionamento em janeiro de 2004. Pierer se referiu a linhas curtas e não necessariamente à ligação de Xangai a Pequim, com seus 1250 quilômetros. Ele espera também que a China importe a tecnologia alemã de trilho convencional, como o ICE. A Volkswagen anunciou igualmente uma ampliação de suas atividades na China, onde está fazendo os seus melhores negócios no mundo nos últimos tempos.

O governo chinês conta com um aumento do volume do seu comércio com a Alemanha para 40 bilhões de dólares este ano. O crescimento nos dez primeiros meses de 2003 foi de 49%. A Alemanha é o maior parceiro comercial da China na Europa, com 40% do volume do comércio sino-europeu. Depois dos Estados Unidos, a China é o segundo parceiro comercial da Alemanha fora da Europa.

Embargo de armas

- Animado com os bons negócios na China, o chefe de governo alemão prometeu ao seu colega chinês, Wen Jiabao, se empenhar junto à União Européia pela suspensão do embargo internacional de armas contra Pequim. Depois da França, a Alemanha seria o segundo país a fazer algo contra a última sanção imposta à China após o massacre sangrento do movimento democrático na Praça da Paz Celestial, em 1989. A presidenta do Partido Verde, governista, Angela Beer, advertiu que a questão tem de ser examinada com muito cuidado, "porque na questão dos direitos humanos nem tudo está em ordem na China".

Schröder foi recebido em Pequim como "velho amigo da China" pelo chefe de Estado e do Partido Comunista, Hu Jintao. Depois da mudança de geração na cúpula chinesa, este foi o primeiro encontro do chefe de governo alemão com os líderes chineses. Na ocasião, Hu Jintao mostrou-se otimista com o papel de mediador da China no conflito internacional por causa do programa atômico da Coréia do Norte, comunista.

A presença da ministra da Justiça, Brigitte Zypries na delegação de Schröder deve-se ao acordo bilateral de cooperação, pelo qual a Alemanha presta aconselhamento em questões dos direitos humanos e implantação de regras do Estado de direito na China.

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