A comunidade internacional exigiu a libertação dos reféns israelenses nas mãos da milícia libanesa. Segundo o governo alemão, trata-se de uma "escalada irresponsável". A União Européia instou os envolvidos no conflito a suspenderem a violência.

O especialista em Oriente Médio Volker Perthes teme uma escalada de violência na região, após a invasão do sul do Líbano pelo Exército de Israel. O diretor da Fundação Ciência e Política (SWP), sediada em Berlim, apelou à comunidade mundial para que chame à ordem palestinos e israelenses. Também à Síria é preciso se fornecer uma perspectiva para a pacificação com Israel, declarou Perthes ao jornal Westdeutsche Allgemeine Zeitung.

No momento, a comunidade mundial se ocupa muito com o Irã, deixando o Oriente Médio propriamente dito meio à margem, criticou o analista. Ele especula que a meta da operação militar seja punir a população libanesa, para que esta rompa os laços de lealdade com o grupo radical Hisbolá.

O diretor do instituto alemão de segurança e política internacionais não acredita, contudo, que o plano vingue. Para ele, o Hisbolá e, em segundo plano, a Síria, desejam utilizar o seqüestro dos dois soldados israelenses para reforçar seu papel no Oriente Médio. A Síria insiste que Israel mereceu os ataques.

A milícia hisbolá prendera os dois homens após um combate, o que foi pretexto para o Exército israelense penetrar no sul do Líbano. Há duas semanas, radicais palestinos haviam seqüestrado um outro soldado israelense na Faixa de Gaza, igualmente desencadeando uma maciça investida militar de Israel. O destino dos seqüestrados é incerto.