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Moda

DW (sv)13 de novembro de 2008

Desde a queda do Muro, Berlim vive um boom de criatividade. Hoje, a cidade é um centro de moda comparável a Paris, Londres ou Milão. Marcas exclusivas, estilistas e designers provocam o deleite dos antenados.

C.Neeon: grife berlinense em ascensãoFoto: picture-alliance / Tagesspiegel

À primeira vista, a Alte Schönhauser, localizada no bairro Mitte, de Berlim, parece uma rua qualquer num bairro residencial. No entanto, é ali que pulsa a cena da moda na cidade. Quem olha com mais atenção, vai descobrindo uma verdadeira "fila" de lojas de jovens designers.

Esta área, próxima ao complexo Hackesche Höfe, se tornou extremamente conhecida nos últimos anos: Berlim passou a ser considerada um dos mais importantes centros europeus de moda, capaz de competir com Paris, Milão ou Londres. E o que é melhor: os preços continuam razoavelmente acessíveis. Ou pelo menos bem abaixo dos patamares das outras capitais européias da moda.

Revival depois da queda do Muro

"A cena berlinense de moda tem uma longa tradição, tendo sido já muito enigmática e cheia de glamour nos anos 20 do último século", diz Nadine Barth, jornalista especializada em moda e autora de diversos livros sobre o assunto.

No entanto, essa cultura da moda foi destruída durante o nazismo e a Segunda Guerra. Durante os anos de divisão da cidade, não houve tampouco atenção para isso. O revival da moda só veio a acontecer com a reunificação do país. "A queda do Muro de Berlim provocou uma expansão das artes na cidade, fazendo com que surgisse uma nova cena de moda", diz Barth.

Michael Michalsky, um dos grandes estilistas da moda alemã, mudou-se no ano passado para Berlim, onde tem um ateliê e várias lojas que vendem suas coleções. "No momento não há outra cidade tão interessante para a moda quanto Berlim. A cidade não é somente o coração da nova Europa, mas também um indicador de tendências, o que é muito importante", diz Michalsky.

Escolas de estilismo

Vivienne WestwoodFoto: picture-alliance/dpa

A explosão do mundo da moda foi rapidamente reconhecida pelas escolas de artes e universidades da cidade, que criaram recentemente uma série de programas e cursos afins. A britânica Vivienne Westwood, por exemplo, deu aulas por vários anos na Universidade das Artes e a escola de moda e estilismo ESMOD tem se afirmado internacionalmente.

Um dos melhores exemplos é o caso de Sisi Wasabi, marca berlinense de casual street aliada a elementos emprestados de tradições alemãs. Para Zerlina von dem Busche, dona da grife, Berlim não é somente um lugar para trabalhar. "A cidade inspira de forma tremenda por estar em constante mutação", diz a estilista.

Novos nomes

Este boom criativo dos últimos anos deixou alguns nomes consagrados, que hoje fazem o mundo da moda da cidade. Eventos como a Berlin Fashion Week atraem milhares de pessoas que trabalham na indústria da moda, fazendo com que a cidade não seja somente um lugar onde a moda é produzida, mas onde se compra e se vende muita roupa.

E para os turistas não é difícil descobrir na cidade os "nichos da moda". Também no bairro Mitte, as Galerias Lafayette – braço elegante da loja de departamento parisiense –, com várias lojas de jovens designers, não passam despercebidas. Muito menos os Hackesche Höfe, onde o visitante antenado encontra um tipo de mercadoria absolutamente único.

"Essa área é o Triângulo das Bermudas da moda", diz Barth ao se referir à região formada pelas ruas Alte Schönhauser, Mulack e Rosenthaler. A área próxima ao complexo Hackesche Höfe é o ponto de partida ideal para a "rota da moda" em Berlim. Bem atrás do cinema está a Berlinerklamotten, que vende roupas de mais de 140 designers espalhados por um enorme saguão, por preços relativamente moderados.

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