1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Convenção da ONU

1 de agosto de 2010

Neste domingo entra em vigor uma convenção da ONU contra bombas de fragmentação, assinada por mais de 100 países. Deles, quase 40 já ratificaram o documento. Brasil, China e EUA estão entre os que não assinaram o acordo.

Bombas de fragmentação alemãs. Berlim quer destruir estoques até 2015Foto: AP

Entrou em vigor neste domingo (1/8) uma convenção internacional proibindo bombas de fragmentação. Além da Alemanha, 36 Estados já ratificaram o documento. Outros 70 assinaram a convenção. Grandes produtores de bombas, como Brasil, EUA, China, Rússia e Índia, não assinaram o documento.

"Este é um marco no sentido de uma proibição mundial destas armas desumanas e um sinal inequívoco de que o progresso em matéria de desarmamento é possível", disse neste domingo em Berlim o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.

Este sucesso serve, segundo o político alemão, de incentivo para que "em outras áreas também sejam feitos esforços consistentes para o progresso do desarmamento". Westerwelle apelou aos países que até agora não assinaram o documento para que "venham a aderir o mais rápido possível à proibição de bombas de fragmentação".

Papa pede que todos os Estados assinem acordo

O papa Bento 16 lembrou as vítimas que já sofreram e continuam a sofrer “graves danos físicos e morais” devido às bombas de fragmentação. O pontífice apelou, de sua residência de verão, em Castelgandolfo, para que todos os Estados assinem a convenção.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, se disse satisfeito com a rápida ratificação da convenção. Desde a elaboração do documento, pouco mais de dois anos se passaram, o que, segundo ele, mostrou o "poder da cooperação entre governos, sociedade civil e Nações Unidas para mudar atitudes e políticas em relação a uma ameaça para a humanidade".

Muitas bombas explodem anos após fim do conflito

Bombas de fragmentação são consideradas particularmente traiçoeiras. Frequentemente, não explodem na hora e permanecem escondidas durante anos, até que uma criança ou um trabalhador do campo pise sobre ela. Assim, a guerra continua, mesmo depois de seu fim formal, e muitas vezes por décadas.

Artefatos são, em maioria, lançados por caçasFoto: picture-alliance/ dpa


Pela convenção, os países se comprometem a proibir o uso, desenvolvimento, produção, armazenamento e transporte das bombas de fragmentação. Esses armamentos são, na maioria das vezes, lançados de aviões. Após o impacto no chão, as bombas se abrem, liberando centenas de pequenos projéteis, que se espalham sobre uma área do tamanho de vários campos de futebol.

Segundo ONG, 98% das vítimas são civis

Essas munições já foram usadas em mais de 20 países. Um lugar particularmente afetado foi o Laos. No país, foram lançadas mais de 400 mil bombas de fragmentação durante a Guerra do Vietnã.

Segundo estimativas da organização Handicap International, 98% dos atingidos por bombas de fragmentação são civis. Através da Convenção das Nações Unidas sobre Bombas de Fragmentação, os países se comprometem também a ajudar as vítimas, fornecendo assistência médica e psicológica.

A convenção obriga os Estados, além disso, a destruírem seus estoques de bombas de fragmentação dentro dos próximos oito anos. Espanha e Áustria já cumpriram essa cláusula. A Alemanha quer destruir completamente seus estoques até 2015.

Autor: MD/dpa/ap
Revisão: Roselaine Wandscheer

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque