Berlim prevê que Trump causaria sérios danos à economia
1 de outubro de 2016
Documento interno do Ministério da Economia estima retração econômica, menos vagas de trabalho e desemprego mais alto se candidato republicano implementar suas promessas de campanha, diz semanário alemão "Spiegel".
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O Ministério da Economia da Alemanha acredita que uma possível chegada de Donald Trump à Casa Branca causaria sérios danos à economia dos Estados Unidos, de acordo com um documento interno citado em reportagem da revista alemã Der Spiegel deste sábado (01/10).
O órgão estima "retração do Produto Interno Bruto (PIB), menos vagas no mercado de trabalho e desemprego mais alto" nos EUA se o candidato republicano à presidência implementar suas promessas de campanha, afirmou a revista, citando o documento.
Trump, um magnata bilionário em busca de seu primeiro cargo público, propôs cortes de impostos e disse que pretende reduzir regulamentações do governo, além de adotar uma postura mais dura na negociação de acordos comerciais.
De acordo com o candidato, seu plano produziria um crescimento econômico anual de 3,5% e criaria 25 milhões de empregos ao longo de uma década. Mas alguns economistas questionaram os pressupostos adotados pelo plano.
As promessas de Trump "não são viáveis", diz o memorando do governo alemão, segundo a reportagem da Der Spiegel. Além disso, os planos violariam a lei internacional ou americana e não seriam "base para uma política econômica realista". Um porta-voz do Ministério da Econômia não quis comentar sobre a reportagem da revista.
No mês passado, a empresa de pesquisas econômicas Oxford Economics projetou que a economia dos EUA poderia se tornar 1 trilhão de dólares menor que o esperado em 2021 caso Trump vença a corrida pela Casa Branca.
Trump enfrentará a democrata Hillary Clinton em eleição marcada para 8 de novembro.
FC/rtr/ots
As construções mais polêmicas de Donald Trump
As megapropriedades não só trouxeram riqueza para Donald Trump, mas também dores de cabeça. Veja alguns empreendimentos do multimilionário pelo mundo.
Foto: Getty Images/S. Olson
Hillary na sombra de Trump
O primeiro debate entre Hillary Clinton e Bernie Sanders, então ainda pré-candidatos do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, em outubro de 2015, aconteceu, literalmente, à sombra de Trump. Isso porque o Trump International Hotel and Tower em Las Vegas estende sua sombra sobre o Wynn Resort, onde estavam os democratas.
Foto: Getty Images/J.Raedle
Questão de gosto
A indignação em Chicago foi enorme quando se soube que Trump iria colocar seu nome em um novo prédio. O prefeito Rahm Emanuel chegou a chamar a construção de "brega e de mau gosto". Mas depois de cinco anos de processos judiciais, Trump conseguiu colocar seu nome no 16º andar em letras gigantescas.
Foto: Getty Images/S. Olson
Jogo de sorte ou de azar?
O Taj Mahal em Atlantic City, no estado de Nova Jersey, custou 1 bilhão de dólares. Só que, depois de 25 anos, em 2014 o complexo de hotel e cassino de Trump quase teve de declarar falência. Uma empresa de investimentos salvou o empreendimento, mas o nome Trump foi mantido. Já o hotel Trump Plaza em Atlantic City não teve a mesma sorte.
Foto: Getty Images/W.T.Cain
A sede em Nova York
Donald Trump se orgulha do seu centro de poder em Nova York. A Trump Tower, na Quinta Avenida, não é apenas a sede de sua campanha eleitoral: é onde o bilionário mora com a família. No prédio, também têm apartamentos o craque Cristiano Ronaldo, o ator Bruce Willis e o compositor Andrew Lloyd-Webber.
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Símbolo controverso
Só o átrio já ocupa quase seis andares e é decorado com mármore e ornamentos de ouro. Alguns consideram a Trump Tower, no número 725 da Quinta Avenida, de mau gosto. Para outros, o projeto dos arquitetos Edward Larrabee Barnes e Der Scutt é elegante e atemporal. A torre tornou-se um ímã para os aficionados de arquitetura contemporânea e apoiadores de Trump.
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Riqueza em bairro pobre
O Trump Ocean Club, na Cidade do Panamá, tem um hotel de 400 quartos e 700 apartamentos, em parte ainda vazios. O edifício mais alto da América Latina até 2012 é conhecido pela sua silhueta única. A torre fica perto de um bairro pobre, o que reduziu sua atratividade.
Foto: Getty Images/AFP/R. Arangua
Resistência escocesa
Trump pretende construir na Escócia o "melhor campo de golfe do mundo". Só que o empreendimento está ameaçado porque Michael Forbes, um simples dono de terras, se nega a vender sua propriedade, que faz fronteira com o complexo. Durante uma visita ao local em junho, Trump elogiou o resultado do Brexit, embora a Escócia queira ficar na União Europeia.
Foto: Getty Images/J.-J. Mitchell
Trump no Oriente europeu
As Trump Towers em Istambul ficam no bairro Sisli, a parte europeia da Turquia, por isso são consideradas os primeiros arranha-céus de Trump na Europa. Só que de Trump tem apenas o nome, já que o proprietário é o bilionário turco Aydin Dogan. As declarações de Trump sobre o islã geraram a rejeição de muitos muçulmanos na Turquia.
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Projetos no Brasil
Além do hotel que foi aberto no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos, Trump tem outro projeto ambicioso na Cidade Maravilhosa: cinco edifícios de 38 andares da Trump Towers Rio, na zona portuária. O que era para ser o maior complexo de escritórios em um país dos Brics, porém, ainda nem saiu do papel. As obras deveriam ter começado em 2015.