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Berlinale

10 de fevereiro de 2010

Além de exibição especial da versão restaurada de "Metrópolis", de Fritz Lang, Berlinale traz retrospectiva com filmes marcantes. Em dez dias de programação, 400 filmes poderão ser vistos em Berlim.

Festival de Berlim tem 10 dias de programação intensaFoto: Filmfestspiele Berlin

A Potsdamer Platz é o centro do mundo cinematográfico nos próximos dez dias: 8 mil lugares em 28 salas de projeção estão à espera do público da Berlinale, que começa nesta quinta-feira (11/02). E uma programação extra marca essa edição do festival, que completa seis décadas este ano.

No segundo dia de festival, 12 de fevereiro, parte da festa será a céu aberto: a versão original restaurada do filme mudo Metrópolis, do diretor alemão Fritz Lang, será projetada ao ar livre, nas imediações do Portão de Brandemburgo.

"Numa era em que já se começa a assistir filmes no relógio de pulso, queremos mostrar que a magia do cinema ainda implica uma certa magnitude", destaca o diretor da Berlinale, Dieter Kosslick. O evento no Portão de Brandeburgo também terá uma cortina especial de 300 metros quadrados, confeccionada com películas recicladas pela designer Christina Kim.

Vinte filmes participam da mostra competitivaFoto: AP

Em busca do Urso de Ouro

Ao todo, o festival vai exibir 400 filmes nas salas de cinema, mas apenas vinte concorrem ao Urso de Ouro e de Prata. Entre eles estão The Ghostwriter, de Roman Polanski, uma adaptação do bestseller de Robert Harris. The Killer inside me, do diretor Michael Winterbottom, conta a história de um policial psicopata no Texas. Em Caterpillar, o diretor japonês Koji Wakamatsu retrata os retornados da Segunda Guerra, com seus graves problemas psíquicos.

"Começamos com um belo filme da China (Tuan Yan / Apart Together). É uma produção bastante simbólica para o nosso aniversário, em um ano em que também se comemoram os 20 anos da reunificação alemã. O filme narra a separação de pessoas por motivos políticos e sua posterior reunificação, por assim dizer. Será uma noite bonita, tenho certeza", comenta Kosslick.

Entre os filmes que participam da competição, também há produções alemãs. Benjamin Heisenberg apresenta Der Räuber (O ladrão), um retrato dinâmico de um corredor de maratona e ladrão de banco. Em Jud Süss – Mann ohne Gewissen (Jüd Süss – Um homem sem escrúpulos), Oskar Roehler conta como o ator vienense Ferdinand Marian (1902-1946) foi instrumentalizado pela propaganda nazista, só atinando para isso tarde demais. E Burhan Qurbani realizou, com Shahada, um filme sobre três muçulmanos que vivem na Alemanha.

"Nesta Berlinale, queremos lembrar que o festival sempre foi um reflexo da cidade de Berlim, representando uma parte da comunicação entre leste e oeste – como já disse Benigni. E Berlim é a única cidade onde não se fala em 'norte e sul' mas sim em 'leste e oeste'", comenta Kosslick.

Potsdamer PlatzFoto: AP

Famosos e retrospectiva

Os organizadores do festival aguardam a presença de personalidades do meio cinematográfica, como Marin Scorsese, Pierce Brosnan, Ingrid Caven, Jackie Chan, Gerard Depardieu, Leonardo DiCaprio, Amanda Peet e Ben Stiller. O artista britânico Bansky também está sendo esperado – o expoente do mundo do graffiti concorre na Berlinale com o documentário de Exit Through the Gift.

Esta edição do festival apresenta uma retrospectiva com os títulos marcantes exibidos nos últimos 60 anos de Berlinale. A missão de revisitar a história do festival de Berlim ficou a critério do crítico de cinema David Thomsen.

Autor(a): Conny Paul (np)
Revisão: Simone Lopes

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