Apesar de Brasil não ter longas na competição principal, país tem chance de levar prêmios em mostras paralelas com três estreias mundiais e um curta. Cineasta Anna Muylaert volta a Berlim com "Mãe só há uma".
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Os organizadores da 66ª edição do Festival de Cinema de Berlim divulgaram nesta quinta-feira (21/01) a lista completa das produções selecionadas para a Panorama, mostra paralela à competição principal. Entre os 51 filmes de 33 países que serão exibidos nessa seção, três deles são do Brasil e comemoram estreia mundial na capital alemã.
A Berlinale apresentará o novo longa de Anna Muylaert, diretora do premiado Que horas ela volta?. Em Mãe só há uma, a cineasta conta a história de um menino que descobre ter sido roubado na maternidade. O filme traz no elenco Matheus Natchergaele, Luciana Paes e Naomi Nero.
A Panorama exibe ainda os brasileiros Antes o tempo não acabava, dos cineastas Sérgio Andrade e Fábio Baldo, e o documentário Curumim, de Marcos Prado. O longa de ficção mostra os conflitos vividos por um jovem indígena em Manaus, envolvendo os embates entre a cultura tradicional e a vida urbana. Já Curumim retrata a trajetória do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, que foi executado na Indonésia em 2015 por tráfico de drogas.
Apesar de não ter nenhuma produção selecionada para a competição principal, a mostra paralela pode trazer prêmios e prestígio ao cinema brasileiro. Em 2015, Que horas ela volta? foi agraciado com o prêmio do público de melhor longa-metragem de ficção da Panorama.
Em 2014, Hoje eu quero voltar sozinho, do diretor Daniel Ribeiro, foi premiado pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci) como o melhor filme da mesma mostra.
Além da participação na Panorama, o cinema brasileiro tem chances de ganhar prêmios na Berlinale Shorts, categoria de curtas-metragem do festival. O documentário Das águas que passam, de Diego Zon, foi selecionado para a competição. O filme retrata o pescador Zé de Sabino. A produção foi gravada na foz do Rio Doce em março de 2015, antes da tragédia ambiental que devastou a região.
O Brasil também tem filmes selecionados para a mostra Forum. Nesta seção o país é representado por Muito Romântico, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn, Ruína, de Gabraz Sanna, e ainda pela exposição A Mina dos Vagalumes, de Raphäel Grisey.
A 66ª edição do Festival de Berlim acontecerá de 11 e 21 de fevereiro de 2016. O filme Ave, César!, dos irmãos Coen abrirá a Berlinale. A comédia retrata o fim da Era de Ouro de Hollywood e tem no elenco estrelas como George Clooney, Scarlett Johansson e Tilda Swinton.
CN/ots
Dez razões para amar Berlim
A capital alemã é muitas coisas: sede do governo, metrópole cultural, centro de vida noturna. Mas, acima de tudo, ela é eletrizante, uma cidade em constante mutação. Talvez, por isso, os turistas gostem tanto dela.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Vista do alto
A torre "Fernsehturm", com seus 368 metros de alturam é a estrutura mais alta da Alemanha. Em um dia claro, a plataforma de observação oferece visibilidade de até 40 quilômetros. Acima da plataforma, fica o restaurante giratório, que realiza uma rotação a cada 30 minutos.
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Um lugar feliz
Em 1989, quando o Muro de Berlim caiu, artistas de todo o mundo pintaram sobre a barricada de concreto cinza. A East Side Gallery é até hoje a mais longa galeria ao ar livre do mundo. A arte criada espontaneamente ainda reflete a alegria que se espalhou por toda a Berlim com a queda do Muro.
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Museus e galerias
Rodeada pelo rio Spree, a Ilha dos Museus foi nomeada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1999. Lá, é possível admirar tesouros artístico de todo o mundo, como um busto da rainha egípcia Nefertiti e o Altar de Pérgamo, construído entre 160 e 180 a.C. em homenagem a Zeus, o reio do Olimpo. Berlim tem ainda outros 175 museus e cerca de 300 galerias de arte.
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Diversidade cultural
Cosmopolita, ricamente colorida e com um entusiasmo pela vida — assim Berlim apresenta-se durante o festival Carnaval das Culturas. Cerca de 180 nacionalidades chamam a cidade de casa. E todo o mês de maio eles — recém-chegados e berlinenses estabelecidos — celebram o que é, provavelmente, a melhor festa de rua da cidade.
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Em constante mutação
Desde a Reunificação, em 1990, os guindastes não param: a Potsdamer Platz foi reconstruída, o Reichstag (prédio do Parlamento alemão) ganhou uma cúpula e o quarteirão do governo foi construído. O Palácio de Berlim, que deverá ser concluído em 2019, está lentamente tomando forma. Ninguém sabe ainda, porém, se o novo - e muito atrasado - aeroporto de Schönefeld estará aberto até lá.
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Tapete vermelho
Em fevereiro, Berlim estende o tapete vermelho para receber estrelas do cinema. Desde 1951, o Festival Internacional de Cinema de Berlim, conhecido como Berlinale, é um dos principais do mundo. Estrelas do cinema amam a cidade, mesmo em outras épocas do ano, como Arnold Schwarzenegger e Emilia Clarke, que estiveram na capital para a estreia do mais recente "Exterminador do Futuro".
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Memória preservada
O Memorial do Holocausto, composto por 2.711 placas de concreto para lembrar os seis milhões de judeus europeus mortos pela Alemanha nazista, é o memorial mais visitado de Berlim. Outros monumentos incluem os dedicados às Forças Aliadas que libertaram a cidade no final da Segunda Guerra Mundial, aos que morreram tentando escapar pelo muro e aos herois da força aérea de Berlim.
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Parques e jardins
Há mais de 2.500 parques em Berlim, mas o "New York Times" nomeou, recentemente, o pequeno "Prinzessinnengarten" como um dos mais belos espaços verdes da cidade. Esse antigo terreno baldio no bairro de Kreuzberg foi transformado em um jardim orgânico, em que mais de 500 tipos de vegetais são cultivados por centenas de voluntários locais.
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Vida noturna
A vida noturna de Berlim, conhecida como uma das mais excitantes do mundo, oferece diversão para todos os gostos, do indie rock ao hip hop e house. Alguns dos melhores DJs do mundo tocam em clubes como Berghain e Watergate. Muitas pessoas vão a Berlim só para isso — elas chegam à cidade na sexta-feira à noite e passam o fim de semana inteiro na balada antes de voltarem para casa.
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Capital canina
Cerca de 100 mil cães vivem na cidade, fazendo de Berlim a capital canina da Alemanha. Mas quando os berlinenses dizem que "ladram, mas não mordem", eles estão se referindo a eles próprios. Os moradores são conhecidos por não serem muito simpáticos: "Berliner Schnauze", o termo em alemão para focinho, é usado para caracterizar a rispidez no trato considerada típica do berlinense.