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Berlusconi é absolvido em caso de prostituição de menores

11 de março de 2015

Suprema Corte italiana decreta que ex-primeiro-ministro não sabia a idade de jovem dançarina, em escândalo conhecido como "Rubygate". Decisão libera o magnata para retomar carreira política.

Foto: imago/Insidefoto

A Suprema Corte da Itália confirmou, nesta terça-feira (10/03), a absolvição do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi das acusações de que ele teria pagado para ter relações sexuais com uma dançarina menor de idade e depois abusado de seu cargo político para encobrir o caso. O escândalo ficou conhecido como "Rubygate", devido ao nome artístico da dançarina.

Depois de nove horas de deliberações, os juízes proferiram o veredicto, que deu fim a uma saga de disputas judiciais centradas no magnata das telecomunicações e suas infames festas sexuais, chamadas de "bunga bunga". Os juízes alegaram que Berlusconi não sabia que a dançarina era menor de idade.

Além disso, o ex-premiê era acusado de abuso de poder, pois ele fez uso de seu cargo político ao fazer um telefonema a uma comissária de Milão para pedir que Ruby, que fora detida por roubo, fosse posta em liberdade. Berlusconi manteve a sua posição de que só tentou ajudar a jovem, pois achava que ela era uma sobrinha do então presidente egípcio, Hosni Mubarak.

Berlusconi, que já cumpriu uma pena de um ano de serviço comunitário por fraude fiscal no "caso Mediaset", fora condenado em primeira instância a sete anos de prisão no "caso Ruby", em junho de 2013. A condenação o proibia de voltar a exercer cargos públicos.

O Tribunal de Milão, na época, o considerou culpado por manter relações sexuais com a jovem marroquina Karima El Marough, que usava o nome artístico Ruby, quando esta ainda não tinha completado 18 anos.

No entanto, em julho de 2014, um tribunal de apelação absolveu Berlusconi de todas as acusações. E agora, a Suprema Corte confirmou a absolvição. A decisão libera o ex-chefe de governo para retomar a sua carreira política.

PV/afp/dpa

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