Volume de anúncios de bets no gramado durante o campeonato supera (em muito) o de outros torneios pelo mundo – com grande impacto sobre o bolso e a saúde mental de brasileiros, revela análise exclusiva.
Análise da equipe de dados da DW contou o número de anúncios de bets em amostra de vídeos de jogos do Brasileirão de 2019 a 2024
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Para Maria, que teve o nome alterado pela redação, tudo começou com um anúncio e um influenciador digital. Em seguida, ela fez uma aposta de R$ 30. Depois, vieram a vergonha, dívidas crescentes, o uso do cartão de crédito da mãe e uma batalha contra o vício que, embora tenha diminuído, ainda existe.
"Se eu estava em uma festa, estava lá jogando. Se ia a algum restaurante ou bar, o celular estava na mão. Até para tomar banho, era com o celular na mão. Embaixo do chuveiro, com o braço esticado", disse à DW a jovem de 29 anos, natural de Minas Gerais.
Ela não sabe ao certo quanto perdeu, mas sabe que foram vários milhares de reais a mais do que ela pode pagar. "As empresas de cartão de crédito ligam todos os dias", disse Maria, que prefere não divulgar seu sobrenome, pois a maior parte de seus familiares não sabe do seu problema.
Embora o vício em apostas seja uma questão cada vez mais grave em todo o mundo, dos EUA e Alemanha à China, histórias como a de Maria refletem o aumento do problema no Brasil. O país legalizou as bets online no final de 2018, mas não fez nenhum esforço para legislar contra seus malefícios ou sua publicidade até janeiro de 2025. Pesquisadores e profissionais de saúde mental identificaram um aumento nos casos de vício em bets, especialmente entre brasileiros de baixa renda.
Um indicador de como as apostas se disseminaram pelo país é que os beneficiários do Bolsa Família gastaram aproximadamente R$ 3 bilhões em jogos de azar online no mês de agosto de 2024, segundo um relatório do Banco Central do Brasil. O valor equivale a 21% de todos os benefícios pagos pelo programa no mesmo período.
Um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo em 2023 descobriu que 6% dos brasileiros afirmavam fazer apostas esportivas online (o equivalente a cerca de 9 milhões de pessoas), e que 67% delas eram "apostadores de risco" – não necessariamente pessoas viciadas, mas que apresentam comportamentos imprudentes, como apostar mais do que pode perder.
O jogo também se infiltrou no esporte favorito e obsessão nacional do país, o futebol. O mesmo estudo mostrou que as bets online, impulsionadas pelo futebol, são a segunda forma mais popular de apostas no Brasil, atrás apenas das loterias estatais.
Uma análise exclusiva da equipe de dados da DW mostra ainda que seis em cada dez painéis publicitários ao redor do campo durante o Campeonato Brasileiro de 2024 exibiam anúncios de apostas esportivas ou outros tipos de jogos de azar – número que subiu para sete em cada dez na rodada final do torneio.
Anúncios de bets inundam o futebol brasileiro
Há cinco anos, uma ampla gama de setores econômicos aparecia nos painéis publicitários do Brasileirão: bancos, postos de gasolina, companhias aéreas, empresas farmacêuticas, lojas de varejo e redes de comunicação eram quase sempre visíveis ao redor do campo.
Agora, tudo gira em torno da Superbet, Betano, PixBet ou BetNacional. Comparado a 2019, primeira temporada após a legalização das apostas, a participação de empresas de jogos de azar em anúncios ao redor do campo dobrou.
Esses números são resultado de uma análise realizada pela DW que utilizou um modelo de inteligência artificial para detectar, classificar e contar os painéis publicitários exibidos em partidas do Brasileirão de 2019 a 2024.
A investigação foi realizada utilizando vídeos com os melhores momentos de jogos disponíveis no YouTube. Mais detalhes sobre a metodologia estão disponíveis neste repositório público.
Os dados também revelam que cerca de 70% dos anúncios exibidos nas placas de propaganda ao redor do campo na rodada final do Campeonato Brasileiro de 2024 eram de empresas de bets. São 16 pontos percentuais a mais que o segundo colocado, o torneio da Colômbia, e mais que o dobro das principais ligas europeias, como a Série A da Itália e a Premier League, na Inglaterra.
Clubes ficaram dependentes desse patrocínio
Alguns países com setores de apostas esportivas estabelecidos há mais tempo começaram a implementar restrições à publicidade. Em 2021, a Espanha, por exemplo, proibiu essas empresas de exibir publicidade durante transmissões de eventos esportivos no horário nobre e impediu os clubes de assinarem contratos de patrocínio com elas.
Os clubes da primeira divisão inglesa não poderão mais exibir logotipos de bets na frente de suas camisas a partir da temporada 2026/27, embora os anúncios ao redor do campo continuem.
No Brasil, todos os 20 clubes da primeira divisão exibem atualmente pelo menos um patrocinador de jogos de azar em seus uniformes, e 90% deles os exibem na frente e no centro, de acordo com o portal Globo Esporte.
A extensão da dependência dos clubes brasileiros da indústria de jogos de azar ficou clara quando um projeto de lei foi proposto para reduzir drasticamente essa publicidade, em maio de 2025.
Uma declaração conjunta assinada por mais de 50 clubes, incluindo os que atualmente disputam a Copa do Mundo de Clubes da Fifa (Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo), afirmou que o projeto de lei resultaria em uma perda combinada de R$ 1,6 bilhão por ano. "Tal limitação, caso não ajustada, terá como consequência o colapso financeiro de todo o ecossistema do esporte e, em especial, do futebol brasileiro", alertou a nota, ao mesmo tempo em que reconhecia a necessidade de alguma regulamentação.
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"É como se algo estivesse cutucando sua cabeça"
Os impactos da publicidade tanto sobre apostadores como não apostadores são claros para o professor de psicologia Jamie Torrance, pesquisador na Universidade de Swansea, no Reino Unido. Ele disse à DW que o fato de as empresas de apostas gastarem bilhões em publicidade em todo o mundo, tanto no esporte como em outras áreas, prova o quanto elas acreditam na eficácia dessa estratégia.
"Incorporar essas marcas a um jogo com o qual as pessoas se importam, no qual elas investem emocionalmente, é um paradigma clássico de condicionamento. As pessoas têm esses laços emocionais com o esporte, e as empresas de apostas também querem que elas tenham esses laços emocionais com suas marcas de apostas", diz. O mesmo vale para influenciadores e celebridades – uma tática de marketing que não se limita ao âmbito esportivo.
Clubes como o Botafogo estão exibindo patrocínio de bets na Copa do Mundo de Clubes da Fifa, que está sendo disputada nos EUAFoto: Pablo Porciuncula/AFP/Getty Images
Maria disse que isso certamente funcionou com ela. Suas apostas se concentravam no Jogo do Tigrinho, uma máquina caça-níquel virtual promovida por personalidades de redes sociais que ela seguia. Embora ela não o tenha descoberto por meio do futebol, as principais empresas que aparecem em anúncios e uniformes também oferecem o mesmo jogo.
"[Um influenciador] postou um mero jogo , e entrei por curiosidade. O primeiro jogo foi 30 reais, um depósito em vão. Aí pensei: 'Não, isso aqui é tolice, é burrada'", disse. "Alguns meses se passaram, e uma amiga veio me falar: 'Ah, mas eu tô jogando e tô tendo um retorno muito bom'. Aí eu fui pesquisar sobre e foi aquele inferno no Instagram, né? Sempre vendo postagens, sempre vendo as pessoas divulgando. Aí ali começou..."
Depois que o vício se instalou, ela não conseguia escapar dos estímulos para jogar. "Quando você vê um vídeo ou a pessoa postando algum ganho, aquilo martela na cabeça: 'E se eu colocar um valor? E se eu tentar mais uma vez?'"
Anos sem supervisão levaram a uma crise de saúde pública
Maria diz que começou a perceber a dimensão do seu problema com o jogo quando encontrou um grupo de apoio online liderado pelo psicólogo Rafael Ávila e sua Associação de Proteção e Apoio ao Jogador.
Ávila oferece um serviço gratuito para centenas de jogadores viciados. Ele disse à DW que, fora das grandes cidades, quase não há ajuda para pessoas na situação de Maria. Ele acredita que a falta de uma regulação séria quando o jogo foi legalizado provocou uma crise. "O governo não está investindo o montante necessário para resolver o problema. Agora eles estão tentando resolver, mas isso deveria ter acontecido há seis anos", disse.
A situação só mudou no início de 2025, quando uma nova norma entrou em vigor. No entanto, a regulamentação atual se concentra principalmente na tributação e no registro adequado das empresas de jogos de azar junto às autoridades brasileiras. Os anúncios permaneceram praticamente inalterados, exceto pelo fato de que as empresas agora precisam exibir avisos sobre o jogo responsável, assim como fazem as bebidas alcoólicas, e não podem promover o jogo como uma fonte de renda.
Congresso debate regulamentação mais rígida
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, que representa 75% das empresas de apostas no Brasil, disse à DW que as mudanças recentes já estão surtindo efeito. "A regulamentação, em vigor desde janeiro de 2025, marcou um novo começo para o setor, com regras claras que oferecem mecanismos adequados para a promoção do jogo responsável", afirmou em nota.
O Congresso brasileiro, no entanto, está discutindo uma regulamentação mais rígida sobre anúncios, contestada pelos clubes, para proibir anúncios de bets durante as transmissões dos jogos. A participação de pessoas famosas, como atletas profissionais e artistas, também seria proibida.
O projeto de lei já foi aprovado pelo Senado. Para entrar em vigor, precisa ser ainda aprovado pela Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente. Seu conteúdo ainda pode sofrer alterações durante a tramitação, e o texto aprovado no Senado já era uma versão diluída da proposta original, que previa a proibição total de qualquer tipo de propaganda de jogos de azar.
Para Maria e inúmeras outras pessoas como ela, isso será muito pouco e chegará muito tarde. Por meio de seu trabalho com Ávila e outros viciados, e de sua estratégia de não manter dinheiro disponível online, ela conseguiu ficar sem apostar por cerca de um mês. Mas ela já havia chegado a esse ponto antes e teve uma recaída. Algo que começou como uma diversão sem grande importância tomou conta de sua vida.
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Onda de calor sufocante dispara alertas no sul da Europa
Países como Portugal, Espanha, Itália e França são afetados por uma onda de calor com temperaturas de mais de 40 graus Celsius que se dirige para o norte, chegando também à Alemanha. A ministra francesa da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, descreveu o caso como um "fenômeno sem precedentes" no país. Na Turquia, 50 mil pessoas foram evacuadas devido a incêndios florestais. (30/06)
Foto: CARLOS COSTA/AFP/Getty Images
Bolsonaro participa de ato em sua defesa na Avenida Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi neste domingo à Avenida Paulista, em São Paulo, em ato no qual se defendeu da acusação de tentativa de golpe, pela qual responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal. A ONG Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common estimaram o público em 12,4 mil pessoas. (29/06)
Foto: Jean Carniel/REUTERS
Parada LGBTQ+ de Budapeste reúne multidão apesar de veto
Milhares de defensores dos direitos LGBTQ+ na Hungria desafiaram uma lei recém-aprovada pelo governo de Viktor Orbán e foram às ruas de Budapeste neste sábado para uma parada repleta de símbolos do movimento, como bandeiras do arco-íris, e de celebração da diversidade sexual. Os organizadores estimaram que havia de 180 mil a 200 mil participantes. (28/06)
Foto: Rudolf Karancsi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA limita poder de juízes federais para bloquear Trump
Em vitória para Donald Trump, tribunal restringe capacidade de juízes de instâncias inferiores de barrar políticas potencialmente inconstitucionais, ao julgar um caso envolvendo o direito à cidadania por nascimento. Decisão altera o equilíbrio de poder entre o Judiciário e a Presidência. (27/06)
Foto: Allison Bailey/NurPhoto/picture alliance
"Demos um tapa na cara da América", afirma líder do Irã
Em seu primeiro pronunciamento desde o cessar-fogo que pôs fim a 12 dias de guerra contra Israel, Khamenei contrariou a narrativa utilizada por Washington e Tel Aviv e disse que seu país saiu vitorioso após o conflito contra Israel e os EUA. Ministro iraniano do Exterior contradiz Trump e nega planos de voltar a negociar com os Estados Unidos. (26/06)
Foto: ROPI/picture alliance
Corpo de Juliana Marins é resgatado na Indonésia
Equipes de resgate recuperaram o corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta no vulcão Monte Rinjani. O resgate foi feito por meio de cordas e içamento. A brasileira caiu em uma área de difícil acesso na sexta-feira (20/06) e foi encontrada sem vida na terça, após tentativas frustradas de alcançá-la. (25/06)
Foto: BASARNAS/AP Photo/picture alliance
Irã e Israel aceitam cessar-fogo proposto por Trump
Nas primeiras horas da trégua, países se acusaram mutuamente de violá-la. O presidente americano Donald Trump reagiu com irritação: "Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas Israel tem de se acalmar", disse. A advertência parece ter surtido efeito: Israel cancelou um ataque mais amplo contra Teerã e ordenou a volta de seus aviões. (24/06)
Foto: Chip Somodevilla/Getty Images
Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
Foto: Stringer/Anadolu/picture alliance
EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP/dpa/picture alliance
Ucrânia destrói aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones
Na véspera de uma nova rodada de negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram sua ofensiva militar e protagonizaram ataques sem precedentes. Enquanto, Kiev destruiu 41 aviões militares na Sibéria, ofensiva de maior alcance no território russo em três anos de guerra, Moscou lançou número recorde de drones contra território ucraniano. (1º/06)