1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Biden culpa redes sociais por desinformação sobre vacinas

17 de julho de 2021

Presidente americano afirmou que Facebook e outras mídias sociais estão "matando pessoas" ao permitir a disseminação de fake news sobre a imunização contra a covid-19.

Biden conversa com repórteres
Biden fez a afirmação em entrevista coletiva na Casa BrancaFoto: Pool/ABACA/picture-alliance

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que plataformas como o Facebook e outras redes sociais estão "matando as pessoas" por permitirem a disseminação de fake news sobre as vacinas contra a covid-19.

"Eles estão matando pessoas. Olha, a única pandemia que temos é entre os não vacinados. E eles estão matando pessoas", afirmou Biden nesta sexta-feira (16/07) a repórteres na Casa Branca, após ser questionado sobre desinformação e qual seria sua mensagem para plataformas de mídia social como o Facebook.

As autoridades de saúde dos EUA alertam que o atual aumento de mortes e casos de covid-19 no país atinge quase que exclusivamente populações não vacinadas. Os casos aumentaram 70% em relação à semana anterior e os óbitos, 26%, com surtos em partes do país com baixas taxas de vacinação.

Notícias falsas sobre a imunização se proliferaram durante a pandemia nas redes sociais em plataformas como Facebook, Twitter e YouTube. Nos Estados Unidos, legisladores acusam o Facebook de não monitorar suficientemente o conteúdo prejudicial.

Facebook alega que fornece "informações confiáveis"

Em sua defesa, a empresa disse que introduziu regras sobre alegações falsas específicas sobre a covid-19 e vacinas e afirmou que fornece aos usuários informações confiáveis ​​sobre esses temas.

"Não seremos distraídos por acusações que não são apoiadas pelos fatos", disse o porta-voz do Facebook Kevin McAlister na sexta-feira. "O fato é que mais de 2 bilhões de pessoas viram informações confiáveis ​​sobre covid-19 e vacinas no Facebook, o que é mais do que em qualquer outro lugar na internet", acrescentou.

Em outro comunicado, feito anteriormente, o Facebook disse que mais de 3,3 milhões de americanos usaram a ferramenta de localização de vacinas para descobrir onde e como se imunizar. Além disso, de acordo com o Facebook, foram removidas da plataforma 18 milhões de informações incorretas sobre covid-19.

 "Os fatos mostram que o Facebook está ajudando a salvar vidas. Ponto final”, disse MCAlister.

Mais cedo, no início da sexta-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o Facebook e outras plataformas não estavam fazendo o suficiente para combater a desinformação sobre vacinas.

"Obviamente, eles deram alguns passos", afirmou Psaki em entrevista coletiva na Casa Branca, reforçando, porém, que "existem etapas adicionais" que podem ser implantadas.

Psaki disse que apenas 12 pessoas foram responsáveis ​​por quase 65% da desinformação sobre vacinas nas plataformas de mídia social. A descoberta foi relatada em maio pelo Centro de Combate ao Ódio Digital, com sede em Washington e Londres. O Facebook contestou a metodologia.

Na quinta-feira, Psaki disse que o governo Biden estava em contato regular com o Facebook e sinalizava postagens problemáticas.

O Twitter e o YouTube não responderam aos pedidos de comentários.

le (reuters, ots)

Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque