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Biden defende ação internacional na Síria

2 de fevereiro de 2013

No segundo dia da Conferência sobre Segurança de Munique, vice-presidente dos EUA diz que presidente sírio não tem condições de governar. E renova oferta ao Irã de "negociação direta" sobre política nuclear do país.

Foto: picture-alliance/dpa

Durante a Conferência sobre Segurança de Munique, neste sábado (2/02), o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, assegurou a perpetuação de uma estreita parceria entre os Estados Unidos e a Europa. Segundo ele, os europeus continuam sendo os aliados mais próximos dos norte-americanos. O presidente Barack Obama, acrescentou Biden, acredita que a Europa e os EUA devem enfrentar juntos as ameaças que surgirem.

O vice-presidente falou mencionou ainda sua oferta de "negociações diretas" com o Irã em relação à política nuclear do país asiático. Entretando, reforçou, o importante é que Teerã leve isso realmente a sério. O ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, fez um apelo oficial para que o Irã "aproveite a oportunidade" e inicie um diálogo. Westerwelle definiu como um sinal errôneo por parte de Teerã o anúncio de que o país pretende acelerar o enriquecimento de urânio.

Ação da comunidade internacional

A Conferência sobre Segurança realizada na cidade alemã de Munique concentrou-se, contudo, no tema Síria. Biden defendeu uma ação da comunidade internacional no país. Segundo ele, o presidente sírio, Bashar al-Assad, não tem direito algum de se manter no poder, não estando em condições de governar.

A Síria já havia sido o assunto principal no início da conferência. O enviado especial das Nações Unidas à Síria, Lakhdar Brahimi, não se mostrou muito seguro de que será possível chegar a uma solução rápida para os conflitos.

Brahimi conclamou os países-membros do Conselho de Segurança da ONU a buscarem um acordo sobre a situação no país. "Precisamos com urgência de uma ação internacional e essa ação tem que vir do Conselho de Segurança", afirmou Brahimi.

Divergências no Conselho de Segurança

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU não estão coesos com relação à situação na Síria. Os EUA, o Reino Unido e a França defendem que Bashar al-Assad perdeu toda a legitimidade de permanecer no cargo após ter ordenado missão militar contra civis. A Rússia, que fornece armas ao governo sírio, e a China alertam, por outro lado, para uma suposta "interferência" de fora no país.

Líder oposicionista Al-Chatib pede maior atuação internacional frente aos conflitos na SíriaFoto: Reuters

O líder da oposição síria, Ahmed Moaz al-Chatib, conclamou a comunidade internacional a intervir na guerra civil que acontece no país. "Vivemos aqui uma verdadeira tragédia", disse Al-Chatib durante a conferência em Munique.

Segundo ele, "há uma brutalidade incrível neste regime", que viola mulheres e tortura crianças. Até mesmo crianças de cinco anos são torturadas até a morte, completou o líder oposicionista. Ele acusou a comunidade internacional de não saber lidar com o massacre que ocorre na Síria.

Westerwelle garantiu à oposição síria mais apoio. A chamada Coalizão Nacional ganhou maior capacidade de negociaciação e caminha para um consenso real, disse o ministro alemão depois de se reunir com Al-Chatib e Brahimi. Quanto mais rápido e de forma mais clara isso acontecer, acredita, mais confiabilidade a coalizão terá aos olhos da população como alternativa ao regime Assad.

SV/rtrd/afpd/dpa
Revisão: Mariana Santos

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