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Biden nomeia indígena para chefiar Departamento do Interior

18 de dezembro de 2020

Deb Haaland se tornará primeira nativo-americana no mais alto escalão do governo dos EUA. Com nomeação histórica, democrata cumpre promessa de priorizar diversidade em seu governo.

Deb Haaland
Democrata Deb Haaland foi eleita em 2018 representante do Novo México no Congresso americanoFoto: Reuters/B. Snyder

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (17/12) a deputada Deb Haaland como futura secretária do Interior. Ela deve se tornar a primeira indígena a chefiar uma secretaria do governo americano, caso confirmada pelo Senado.

Haaland, de 60 anos, é integrante da comunidade Laguna Pueblo e foi eleita em 2018 deputada pelo Novo México no Congresso dos EUA. Com a nomeação, Biden dá mais um passo para cumprir a promessa de nomear "o gabinete mais diverso da história" da Casa Branca.

O Departamento do Interior é uma grande agência com mais de 70 mil funcionários, responsável pela supervisão dos recursos naturais do país, incluindo parques nacionais, reservas de petróleo ou gás, assim como pelos territórios que são lar das 578 tribos reconhecidas federalmente.

Em seu trabalho no Congresso, Haaland tem se dedicado especialmente à melhoria dos serviços para as comunidades nativas, como a assistência durante a pandemia do coronavírus, que afetou muitas famílias indígenas, e aos esforços para proteger a natureza e mitigar as mudanças climáticas.

"Grande honra"

"Seria uma grande honra avançar a agenda climática Biden-Harris, ajudar a consertar as relações intergovernamentais com as tribos que o governo Trump arruinou e servir como a primeira secretária nativa americana do gabinete na história de nossa nação", afirmou Haaland em comunicado publicado no jornal The New York Times.

Em nota, Biden também confirmou sua intenção de nomear a ex-governadora de Michigan Jennifer Granholm como secretária de Energia, e Michael Regan, um afro-americano que serviu nos governos de Bill Clinton e George W. Bush, como chefe da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

"Esta equipe brilhante, inovadora e comprovada estará pronta desde o primeiro dia para enfrentar a ameaça existencial das mudanças climáticas", disse Biden.

A escolha de Biden é vista, no entanto, como uma decisão difícil, já que o faz perder uma democrata na Câmara dos Representantes, no momento em que a maioria do partido é estreita. Mas uma campanha pública em apoio à indicação de Haaland ganhou terreno, e dezenas de líderes indígenas pediram a Biden que a colocasse em seu gabinete.

Meio ambiente

A escolha histórica de Haaland foi elogiada por líderes indígenas, ativistas progressistas e figuras democratas.

Biden também nomeou Michael Regan, um importante regulador ambiental da Carolina do Norte, para chefiar a Agência de Proteção Ambiental (EPA).

Ele assumiu a secretaria de Qualidade Ambiental da Carolina do Norte em 2017 e se destacou por implementar medidas para minimizar a poluição por toxinas industriais e ajudar as comunidades de baixa renda e minorias mais afetadas pela poluição. O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, que nomeou Regan para o cargo, disse à agência Associated Press esta semana que Regan é "um construtor de consenso e um feroz protetor do meio ambiente''.

Ele vai colaborar na concretização dos ambiciosos planos para combater as mudanças climáticas de Biden, que visam promover a adoção de energia limpa e padrões mais elevados de eficiência no uso de combustíveis em automóveis e caminhões.

MD/afp/ap

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