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Biotecnologia branca em curso de expansão

Gernot Jaeger / rr27 de fevereiro de 2005

Ao contrário da biotecnologia verde, a variante branca é menos conhecida – e menos controversa. Ela é vista como um mercado internacional em crescimento, no qual as empresas alemãs também querem atuar.

Fabricação de produtos para lavar roupas é um exemplo de aplicação da biotecnologiaFoto: dpa

A biotecnologia branca já não é mais coisa do futuro: milhões de pessoas compram diariamente produtos que contêm biotecnologia. Por exemplo, nos produtos para lavar roupas, são enzimas que os tornam mais eficientes. Eles não precisam de tanta água e funcionam com temperaturas mais baixas, poupando água e energia.

Para Fritz Brickwedde, da Fundação Federal do Meio Ambiente, esse é um bom exemplo: "Vemos três objetivos que podem se concretizar paralelamente à biotecnologia branca. O primeiro é a contenção de recursos escassos. O segundo é a diminuição da exploração ambiental e o terceiro, uma maior eficiência da produção".

Condições políticas

As expectativas são altas. Estudos prevêem que, em poucos anos, até um quinto do faturamento químico mundial advirá de produtos contendo tecnologia bioquímica. Isso significa um mercado de mais de 300 bilhões de euros.

Na opinião de Jürgen Hambrecht, presidente da Federação das Indústrias Químicas, a Alemanha deveria continuar na liderança do setor. "A indústria química alemã quer continuar pertencendo à vanguarda da biotecnologia branca, afinal hoje ocupamos essa posição. Agora, se isso vai ser possível, depende de como as condições políticas se desenvolverão."

Ele se refere à biotecnologia verde, ou seja, à plantação de vegetais geneticamente manipulados. "Trata-se de um triângulo mágico: engenharia genética verde, matérias-primas renováveis e biotecnologia branca. Quem não vê isso, tampouco favorecerá o desenvolvimento dessa tecnologia", explica Hambrecht.

Fuga para o exterior

A indústria vê na atual legislação alemã sobre a engenharia genética uma limitação. Hambrecht quer que vegetais geneticamente manipulados possam ser plantados com maior facilidade. Só assim se pode garantir o desenvolvimento da biotecnologia branca.

Sua crítica dirige-se diretamente ao ministro alemão da Economia, Wolfgang Clement, que responde: "No que diz respeito à nossa legislação, ela é na minha opinião criticável. E nós a discutimos criticamente. Acho que estamos no meio de um processo e que não só podemos, como devemos chegar a mudanças na lei de engenharia genética".

Se dependesse de Clement, a industria química encontraria portas abertas. Mas o ministro não pode responder pelo governo e muito menos pelo parceiro de coalizão, o Partido Verde. Especialmente os verdes são contra a plantação de vegetais geneticamente manipulados.

A próxima revisão da lei está prevista para daqui a dois anos e a indústria química aguarda com ansiedade. Se não houver mudanças, Jürgen Hambrecht prevê maus tempos para a pesquisa e o desenvolvimento alemães na área da biotecnologia. Nesse caso, não se poderia conter o deslocamento do setor para o exterior.

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