BMW pode comprar parte da Williams ou ter carro próprio
27 de outubro de 2002A decisão sobre o prosseguimento ou não da cooperação com a Williams, cujo atual contrato vence em fins de 2004, deverá ser tomada pela diretoria da BMW no inverno que se inicia dentro em pouco, assegurou o presidente da montadora, Mario Theissen, à agência de notícias esportivas SID.
Das três opções que ele citou, a menos provável é a do abandono da Fórmula-1. Afinal, a BMW vem vendendo muito mais carros, desde que começou a concorrer na categoria máxima do automobilismo mundial. A possibilidade de que a montadora desenvolva um veículo próprio para a F-1, como fez a Ferrari, é caracterizada por Theissen ainda como "especulação".
BMW dita as condições
A decisão depende com certeza do novo carro, anunciado pela Williams como "revolução e não evolução" — o FW 25, que vai fazer os primeiros testes em Valencia, na Espanha, de 26 a 30 de novembro. "A BMW tem toda a razão do mundo para estar decepcionada", admite Frank Williams, referindo-se ao atual chassi em que sua empresa instalou o possante motor BMW, de quase 900 PS e 1900 rotações. Em comparação, o FW 25 deverá representar "um salto de qualidade".
A incrementação do modelo, porém, não basta para a BMW, que estabeleceu condições precisas para renovar o contrato: completo intercâmbio de dados e a utilização conjunta das simulações por computador e do campo de provas. "Somente com uma cooperação perfeita em todos os setores, seremos capazes de bater Michael Schumacher", diz Theissen categoricamente.
Decisão vai custar milhões
O próprio presidente da Williams, Sir Frank, já admitiu a possibilidade de uma participação financeira da BMW em sua empresa. Uma incorporação a custo de milhões, segundo o modelo da Mercedes e da McLaren, é vista por muitos observadores como a possibilidade mais viável.
A hipótese do desenvolvimento de um carro próprio pela BMW também está nos planos, embora seja mais cara ainda. Afinal, a montadora de Munique quer se tornar campeã mundial, com Ralf Schumacher ou Juan Pablo Montoya, custe o que custar.