Zagueiro alemão sofre contusão muscular na coxa esquerda e está fora da temporada pelo Bayern de Munique. Tempo estimado de recuperação impede sua participação na preparação da seleção alemã para a Copa do Mundo.
Anúncio
O treinador da seleção alemã de futebol, Joachim Löw, esteve presente na Allianz Arena, em Munique, na noite de quarta-feira (25/04), e acompanhou a derrota do Bayern de Munique por 2 a 1 para o Real Madrid pelas semifinais da Liga dos Campeões.
Löw aproveitou para observar vários prováveis convocados de possíveis adversários na Copa do Mundo, mas também para acompanhar de perto o desempenho dos jogadores alemães – principalmente Toni Kroos, pelo Real Madrid, Thomas Müller e os defensores Mats Hummels, Joshua Kimmich, Jérôme Boateng e Niklas Süle, pelos bávaros.
E Löw certamente deixou a Allianz Arena preocupado. Embora o lateral-direito titular da Nationalelf tenha aberto o placar aos 28 minutos de jogos, Löw presenciou um Bayern de Munique carente de variações e que não conseguiu impor uma dominância em casa contra um adversário que pouco fez ofensivamente. Para piorar, Boateng se lesionou ainda no primeiro-tempo, está fora da temporada e corre o risco de perder o Mundial na Rússia.
Ao lado de Hummels, Boateng forma a indiscutível dupla titular na defesa central da Nationalelf e no Bayern de Munique. Ambos foram campeões mundiais em 2014, no Brasil. Ambos têm qualidade com a bola nos pés, principalmente com passes longos e lançamentos. Ambos participam ativamente na criação de jogadas e têm a liberdade e a personalidade para subidas ao campo de ataque.
E justamente numa dessas subidas, aos 33 minutos do primeiro tempo, Boateng levou a mão à coxa esquerda e caiu no gramado. Ele saiu de campo visivelmente com dificuldade para caminhar. Vale lembrar que Boateng tem lutado com lesões – no ombro, no joelho e musculares – nas últimas duas temporadas.
Quatro a seis semanas fora
Nesta quinta-feira (26/04), o Bayern de Munique divulgou o diagnóstico: Boateng sofreu uma lesão estrutural dos músculos adutores na coxa esquerda. O tempo de recuperação varia entre quatro e seis semanas – o último amistoso da Alemanha antes do Mundial é em 8 de junho, contra a Arábia Saudita.
Seu substituto no Bayern de Munique é também seu substituto na seleção alemã. Süle entrou e não sentiu a pressão de sua primeira semifinal de Liga dos Campeões, nem por ter que marcar Cristiano Ronaldo ou outras estrelas merengues. Ao menos um ponto positivo para Löw. No entanto, embora Süle seja uma atleta veloz, principalmente nos primeiros metros, ele é bem mais conservador na abertura de jogo e, certamente, não tem a mobilidade e a qualidade de passe de Boateng.
Uma dor de cabeça extra para Löw. Uma dor de cabeça com a qual ele certamente não contava e que pode fazer com que reveja a estruturação do sistema defensivo da Nationalelf. Em alguns amistosos, Löw testou a formação com três defensores ou com volantes de formação na linha de quatro – Emre Can e Christoph Kramer, por exemplo.
Por mais que Boateng não consiga participar de maior parte da preparação para o Mundial, ele pode fazer parte dos 23 convocados. Löw tem um histórico de valorizar seus jogadores de confiança e levá-los mesmo que tenham tido pouco tempo de recuperação – Sami Khedira e Manuel Neuer são dois exemplos, ambos foram titulares na Copa do Mundo no Brasil.
Neuer, por sinal, foi assunto numa curta entrevista dada por Löw antes da partida à emissora alemã ZDF. As informações são de que o goleiro consegue treinar sem limitações ou dores e o tom – Löw não sacramentou – indicou que Neuer estará entre os convocados e será o titular da Alemanha no Mundial na Rússia.
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
Os 10 maiores jogadores de futebol da Alemanha
Com quatro títulos mundiais e três Eurocopas, a Alemanha é uma das nações mais fortes do futebol. Muitos craques vestiram a camisa da "Nationalelf". Relacionamos os 10 mais importantes da história. Concorda com a lista?
Foto: picture alliance/dpa/W. Baum
#10: O matador dos gols bonitos
Jürgen Klinsmann não conquistou tantos títulos na carreira, mas foi talvez o atacante mais completo do futebol alemão. Seu arranque era fenomenal, marcava belos gols com ambas as pernas e subia de cabeça como poucos. Em três Copas do Mundo, balançou 11 vezes as redes. Foi campeão mundial em 1990 e europeu, como capitão, em 1996.
Foto: picture-alliance / dpa/dpaweb
#9: O polivalente
Capitão nas Copas de 2010 e 2014, além da Eurocopa de 2012, Philipp Lahm personifica as principais qualidades de um jogador alemão: disciplina tática, dedicação e excepcional condição física. Lahm atuou em ambas as laterais e no meio-campo defensivo – e sempre no mais alto nível técnico. Ele simboliza o renascimento e a nova mentalidade do futebol alemão.
Foto: Imago
#8: O capitão dos vices
Considerado um dos melhores jogadores da década de 80, Karl-Heinz Rummenigge conquistou todos os títulos possíveis com o Bayern de Munique. Com a seleção alemã, porém, não teve a mesma sorte. Até ganhou a Eurocopa de 1980 e foi eleito melhor jogador do torneio, mas perdeu as finais das Copa de 1982 e 1986 – ambas como capitão. Rummenigge marcou 45 gols em 95 partidas pela Alemanha.
Foto: Getty Images/Bongarts
#7: O maior artilheiro em Copas
Como deixar de fora o maior artilheiro em Copas? Nascido na Polônia, Miroslav Klose não se destacava por sua habilidade ou gols bonitos – ele era um daqueles centroavantes clássicos com excepcional posicionamento na grande área. Assim marcou 16 gols em Copas e lidera a artilharia da seleção alemã com 71 gols em 137 partidas. Impressionante: em quatro Copas, nunca terminou abaixo da 3ª colocação.
Foto: Reuters
#6: O craque sem títulos
Pode-se dizer que Uwe Seeler é o Zico da Alemanha. Grandioso jogador, carismático, leal e símbolo de uma geração excepcional, mas que não conseguiu conquistar um Mundial. Seeler foi capitão da Alemanha nas Copas de 1966 – quando perdeu a polêmica final para os ingleses – e 1970. O ex-atacante do Hamburgo foi também o primeiro esportista a receber o Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/Heidtmann
#5: O milagreiro de Berna
Helmut Rahn é considerado o autor do gol mais importante do futebol alemão – aquele que devolveu a autoestima depois da Segunda Guerra. Na final da Copa de 1954, frente a Hungria, Rahn anotou o gol do título, aos 39 minutos do 2º tempo, celebrado com a narração épica de Herbert Zimmermann que não parava de gritar "gol". A história de Rahn e daquele Mundial é contada no filme "O milagre de Berna".
Foto: AP
#4: O recordista
Lotthar Matthäus é recordista de partidas disputadas (150) e como capitão (75) pela seleção alemã. Conquistou a Eurocopa de 1980 e a Copa de 1990, além de dois vices nos Mundiais de 1982 e 1986. Somando ainda os de 1994 e 1998, Matthäus é o único jogador de linha a participar de cinco Copas. Matthäus foi o primeiro a ser eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, levando a Bola de Ouro em 1991.
Foto: AP
#3: O "Bomber da Nação"
Impressionantes 68 gols em 62 partidas pela Alemanha; artilheiro da Copa de 1970; 14 gols em Mundiais; máximo goleador em 18 competições distintas – a lista de recordes de Gerd Müller, o "Bomber da Nação", é extensa. Seus impressionantes 85 gols na temporada de 1971/1972 foram superados somente por Lionel Messi, em 2012. Müller marcou o gol decisivo do título mundial de 1974 da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/P.Robinson
#2: O gênio da chuva
Fritz Walter foi o primeiro grande craque – que alçou a Alemanha ao patamar das grandes nações do futebol. Meia cerebral, ele capitaneou a Alemanha contra a máquina húngara de Ferenc Puskas na Copa de 1954. Naquela final choveu – chamado na Alemanha de o "Clima Fritz Walter". Por ter contraído malária na Segunda Guerra, ele tinha dificuldades de jogar no calor e, portanto, preferia atuar na chuva.
Foto: picture alliance / dpa
#1: O Kaiser
Somente Mário Jorge Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer conquistaram a Copa do Mundo como jogador e treinador. Beckenbauer liderou a geração que venceu a Eurocopa de 1972 e o Mundial de 1974 e treinou a Alemanha na Copa de 1990. Beckenbauer é sinônimo da posição de líbero, e sua liderança, inteligência tática e inconfundível elegância em campo lhe deram o apelido de Kaiser, o imperador alemão.